HÁ 303 ANOS –a 13 DE MAIO – NASCEU;
83 anos depois, a 11 de MAIO, ficou para a HISTÒRIA.
Sebastião
José de Carvalho e Melo
Filiação
Infância e
Juventude
Os Amores
O Político / O
Governante / A Nobreza ociosa
e a Igreja Caduca.
Despedimento
sem justa e a reabilitação.
1.Filiação
Nasceu
em Lisboa, no dia 13 de Maio de 1699 (ainda a senhora de Fátima estava em
hibernação) uma linda e rosada criança, que seria baptizada, a 6 de Junho do
mesmo ano, na freguesia da Mercês. Ser-lhe-ia dado o nome pomposo de Sebastião José e de apelido, Carvalho do pai (capitão de cavalaria e
fidalgo da casa real - Manuel de Carvalho
Ataíde e Melo da sua mãe Dona
Teresa Luísa de Mendonça e Melo, filha do Senhor João de Almeida Melo, dono dos
Morgados dos Olivais e Souto Rei.
2. Infância e Juventude
O menino
cresceu, estudioso mas rebelde.
Criança forte
de físico e de mente.
Acabou por ser
aluno na Universidade de Coimbra, onde frequentou o 1º ano jurídico, mas o seu
espírito rebelde de quem gosta de decidir e ao estar sujeito, largou a “Escola”
e optou pela vida militar, assentou praça como cadete.
Porém, mais
uma vez, porque inteligente e senhor de seu nariz, ser mandado por quem
(carenciado de inteligência e inovação) não era com ele, pediu a demissão e
para alem de se dedicar ao Estudo da Historia, da Política, e da Legislação,
entregou-se à vida ociosa da capital, das tertúlias, das farras e dos namoros
breves e escaldantes. É liquido que era figura no grupo dos Capotes Brancos, bando da fidalgos
aventureiros que perturbavam as noites suaves, tranquilas e amenas da capital
do Império (uma espécie de Tedy Boys da época).
Enérgico, Belo
e decidido (um Pão) era requerido pelas damas (não seria o sedativo come tudo,
mas o Sebastião o desejado).
3. Os Amores
E assim uma
dama da corte, componente do séquito da Rainha D. Maria Ana de Áustria, de nome
D. Teresa de Noronha e Bourbon,
senhora bela e linda, viúva, dez anos mais velha do que ele, que tinha sido
casada com um primo de nome António Mendonça Furtado (pelo curto período de
quatro anos 1714-1718), apaixonou-se por ele, de forma que aconteceu o
inevitável, contrariando a família.
Os pais (da
grande nobreza, ociosa e rica) só a pedido da rainha aceitaram conceder a mão
os pés e o resto, ao futuro Marquês, e assim, aquela paixão deu em casamento.
Em segundas núpcias a D. Teresa casou-se com o Sebastião em 16 de Janeiro de
1723, ela com 34 anos e ele com 24, foram viver para uma quinta, que o ainda
não Marquês, possuía em Soure, onde continuou os seus estudos.
Uma “cunha” do
Cardeal Mota, ministro e valido de D. João V (o Barrasco), vale a Sebastião
José a nomeação de sócio da Academia real da História Portuguesa, isto em 1733,
tendo este a incumbência de escrever a história de alguns dos reis, deste pais
onde imperava a ignorância e o analfabetismo.
Nunca acabou este trabalho, que para ele provavelmente seria redutor, como mais tarde veio a provar.
Nunca acabou este trabalho, que para ele provavelmente seria redutor, como mais tarde veio a provar.
Saltando no
tempo, a 27.03.1739, dezasseis anos depois de ter casado, morreu o seu primeiro
grande amor - D. Teresa de Noronha, estava em Londres (falarei adiante da sua
prestação como embaixador (a) ). Grande
desgosto sofreu com a morte da sua querida esposa, que lhe legou todos os seus
bens.
Já em Viena,
apaixonou-se de novo por uma linda, doce e rica dama, Dona Leonor Ernestina Eva Wolfganga Josefa com
que se casou em 18 de Dezembro de 1745.
Também este
casamento foi difícil. Sebastião homem apaixonado e lutador, sempre teve de
“lutar” contra as vontades dos progenitores das suas amadas.
De facto a
Ernestina, filha do Conde de Daunn do Sacro-Romano Império (marechal- general)
Henrique Ricardo Lourenço e de Dona Violante Josefa condessa de Bromond, em
Bayusberg, não queriam de forma alguma que um rico homem casasse com a filha,
preferiam um homem rico, independentemente ou não de ser vazio de saber.
Porém e mais
uma vez, D. Maria Ana de Áustria, Rainha de Portugal, intercedeu e o seu
querido Sebastião lá se casou de novo.
O futuro
Marquês, mais uma vez se deu nota de que amores, fáceis no sentir mas difíceis
no conseguir era com ele.
As bodas
realizaram-se no ano de 1745 e poço tempo depois, a conselho do seu famoso
médico Van Swietem regressa à Pátria amada, trazendo a sua querida.
4. O Político / O Governante / A Nobreza e a Igreja Caducas
Em 1939 é
enviado para Londres como ministro plenipotenciário (uma espécie de embaixador
com plenos poderes), e aí sim, a sua invulgar capacidade e prodigiosa
inteligência, era revelação que tal D. Sebastião “o desejado” não sairia da
Bruma, mas tinha nascido na freguesia das Mercês em Lisboa.
Começa por
“arrancar” do Duque de Lencastre, o reconhecimento da reciprocidade de direitos
para os negociantes portugueses, o direito de reprimir os capitães de navios
ingleses que em terra e águas portuguesas cometessem excessos.
A pedido de D.
João V, enviou para Portugal uma preciosa colecção de Bíblias Hebraicas, e tudo
quanto se havia escrito sobre leis, ritos, costumes e politica em quantas
línguas havia, que chegariam a Lisboa em 1743.
A
inteligência, argúcia e modo hábil como conduziu as negociações para que fora
mandatado, levou a que fosse nomeado para a hercúlea tarefa de mediador na
discórdia entre as cortes de Viena de Áustria e de Roma e mais uma vez saiu
coroado de êxito. O imperador Francisco I e o Papa Bento XIV a apertaram as
imperiais e “santas” mãos.
Voltou para
Lisboa, ainda ante do desfalecimento e posterior falecimento de D. João V, em
31 de Julho de 1750.
Subiu ao trono
de D. José I (e único) e logo a rainha sua mãe, agora muito amiga da condessa
de Daunn (sua Dama de Honor), aconselhou o seu filho-rei, a nomear Sebastião “
o Salvador” Secretário de Estado da Guerra e
Estrangeiros.
Passado pouco
tempo (10 de gosto de 1750) ardia o Hospital de Todos os Santos (obra de outro
grande da Historia Portuguesa, D. João II ). Não sendo um pretexto, mas uma
realidade, de novo a energia e a capacidade de Sebastião José se manifesta, no
reerguer do Hospital. Não tardou que a sua inteligência superior se tornasse
tão manifesta, quanto a sua capacidade de iniciativa e audácia.
Tornou-se o
mais forte e influente, ministro do reino.
Era um
reformador e fã de Richilieu, como ele queria consolidar o poder do rei e o
regime do estado, com o objectivo de colocar Portugal no topo da civilização
europeia, ainda que para isso fosse necessário usar quaisquer meios, incluindo
o direito repressivo, de forma a ultrapassar as barreiras que lhe seriam,
decerto, impostas pela nobreza ociosa e caduca e a Igreja retrógrada, aliada
desta.
Entre 1751 e
1755, tudo fez para regular as actividade económicas. Apesar da “aliada”
Inglaterra protestar contra as medidas de Sebastião, este manteve-as, chegando
a mandar prender oficiais ingleses que levavam ouro amoedado a bordo, que
também foi apreendido.
Fundava por
decreto a Companhia do Grão Pará e Maranhão, privilegiada no comércio com o
Brasil e reagiu de tal forma energicamente aos que se lhe opunham, que muitos
dos que o enfrentavam, nesta medida, foram presos.
Estava
Sebastião Carvalho empenhado em transformar Portugal, quando pela 9.00h da
manhã do dia de todos os Santos (sendo sempre Todos os Santos, primeiro o
Hospital agora o Dia), um violento Terramoto atinge todo o Sul da Península
Ibérica, seguido de um Maremoto, que inunda os destroços da Baixa da Cidade.
Nas zonas mais altas lavram incêndios. Lisboa fica em ruínas.
A 2 de Novembro de 1755- Já o enérgico alfacinha,
nado e baptizado na freguesia das Mercês , mobiliza o exército e a policia,
manda tratar da “saúde” 1 da bandidagem que pilhava na cidade
destroçada e trata de iniciar o processo
de reconstrução de Lisboa.
Eugénio dos Santos e Manuel da Maia, traçam a
planta da nova cidade.
Alguns
historiadores sugerem que a raiz do grande poder de Sebastião de Carvalho foi o
Terramoto. Porém, não fosse ele o “o
Desejado” que da bruma não saiu, o homem capaz, sobredotado e fiel a quem lhe
concedia o poder, decerto que lhe não era dispensada a cega confiança de D.
José. Para ele era insuportável uma casta de nobres agindo por conta própria e
ainda pior do que isto, uma Ordem religiosa “omnipotente” como a Companhia de
Jesus, vivendo e agindo à margem da autoridade do Estado.
O rei seguia
todos os conselhos do Ministro, o ódio e a inveja da nobreza caduca
acentuava-se.
Em 1756 era
fundada a Aula de Comércio 2 A Companhia de
pesca da Baleia nas costas do Brasil, a do Atum nas costas do Algarve e a
Companhia do Alto Douro, contrariando o livre comércio e os interesses dos
ingleses e de grandes proprietários, o que viria a gerar um motim em 23 de
Fevereiro de 1757. Sebastião considerou-o uma rebelião contra o poder de El Rei
seu amo.
Nomeou então o
Desembargador D. José Mascarenhas Pacheco Pereira Coelho de Melo. Foram
condenados à morte 21 homens e 9 mulheres e a várias penas 155 homens e 33
mulheres.
1-manda
levantar 100 Forcas bem altas, cada uma com o seu cadáver, e ao que parece
surtiu efeito.
2-Uma
espécie de Instituto comercial.
Quebrou, com este exemplo, todas as
resistências municipais ao seu projecto de modernização e enérgica
administração.
Visava (tal como D. João II) e por isso
reprimiu o orgulho da Nobreza exploradora e ociosa, como mais tarde se empenhou
em liquidar o “Polvo” (Máfia nobre ou burguesa) que se acoitava na super
poderosa sombra da Companhia de Jesus, que acabou por ser expulsa do reino em
barcos da Marinha Real.
A tentativa de assassinato do Rei, em 13
de Setembro de 1768, quando este voltava ao Palácio da Ajuda, provavelmente de
uma ronda amorosa. O ataque deu-se com tiros de bacamarte perto da Quinta do
Melo. O rei safou-se, não por milagre da nossa Senhora de Fátima, mas porque um
dos bacamartes se encravou e o cocheiro voltou para trás em vez de seguir para
o paço real.
O Rei não deixou de ficar com algumas
feridas que apesar de não haver antibióticos, não chegaram a infectar.
Na sequência deste acto, Sebastião cuidou
do rei, e “encontrou” de imediato os principais suspeitos. O duque de Aveiro,
inimigo fidagal dele próprio e de seu
Amo, e seus sequazes: - Os Távoras, inimigos declarados, ainda porque a mulher
do Marquês Luís Bernardo era uma querida, devota e favorita de El Rei D. José.
Procurados, presos e interrogados os
inimigos e seus aliados, (Duque de Aveiro, Alornas, Autoguias e Távoras),
passam a ilustres hóspedes dos Fortes à
Beira Tejo, sendo condenados os mais responsáveis com pena de morte e executados
em 13 de Janeiro de 1759.
Agora a 2ª parte. Os Jesuítas, que
através da confissão reinavam as consciências, controlando a educação e o
ensino como travo da perpétua imobilidade e um permanente obstáculo a todas as
tentativas de reforma, regeneração e modernização.
Em todos os países se sentia a forte
influência da Companhia de Jesus,
mas nas colónias de Portugal,
principalmente no Brasil estes seguidores de Inácio de Loiola 3 eram, quase na sua totalidade, uma praga
doentia.
Já nos primórdios do governo de Sebastião
José já os tinha mandado combater, a Sul sob o comando do governador do Rei de
Janeiro Gomes Freire de Andrade e no Amazonas Francisco Xavier de Mendonça.
Irritado, mandou o Marquês que os governadores-gerais das colónias inquirissem
e lhe dessem a saber os costumes e actos dos jesuítas.
O resultado foi pior do que imaginara.
Os vícios a relaxação dos costumes, foi a
sardinha que fez cair o burro, já demasiado carregado com :
-A influência perniciosa e retrógrada na
educação, contrariando o progresso que se pretendia;
-A mãozinha Jesuítica que aprovou a
revolta do Porto e apoiou a resistência à fundação da Companhia de Grão-Pará.
-E ainda, segundo os relatórios dos
governadores a profunda corrupção existente na Companhia que defendia interesses
próprios.
- Não contando com as “afirmações”
Jesuíticas de que o Terramoto tinha sido castigo divino, face à governação do
Marquês.
E assim a “ guerra ” surda, passou a “guerra” aberta.
Sebastião José consegue do Papa Bento XIV
a nomeação de um visitador, que recaiu no Cardeal Patriarca de Lisboa. Consegue
também a suspensão dos jesuítas nos actos de pregação e confissão em todas as
dioceses portuguesas, expulsando até do Paço, todos os confessores Jesuítas que
ali havia.
Morreu Bento XIV e a Ordem dos Capas
Negras reage ao ataque do Marquês e
dirige ao Novo Papa Clemente XIII reclamando da acção do Cardeal visitador
nomeado (eram eles que jusuíticamente puxavam os cordelinhos das marionetas e
agora estavam a tirar-lhes os fios.).
O Conde contra atacou, pediu ao Papa
licença para processar todos os que colaboraram na tentativa de assassinato do
rei e em outros actos de lesa majestade. O Papa concedeu, mas solicitou ao Rei
que não o expulsasse os jesuítas dos seus domínios. O Conde esqueceu-se de tal pedido
e por decreto de 3 de Setembro de 1759, o brigue “S. Nicolau” saiu com o
carregamento de Jesuítas para Itália.
O já Conde de Oeiras (Decreto de 15 de
Julho de 1759), não suporta o comportamento do apostólico representante do
papado em Lisboa e manda-o embora de Portugal, fazendo regressar a Lisboa o
embaixador em Roma, Francisco de Almada.
Confrontação com o Papa, era manifesto
que a sua inteligência superior não ligava com mentes redutoras.
O Conde de Oeiras acreditava
convictamente que era na Jenisteca que transmitia um espírito de fanatismo e
que a subserviência às vontades de Roma tinham conduzido Portugal a um Estado
Decadente. Se o Beatério continuasse a snifar, metendo o nariz na politica por
influencias beatas e manipulando os devotos em varias áreas de interesse
social, o reino continuaria “ metendo agua”, até se afundar.
Voltando à expulsão do Núncio Cardeal
Acciaioli, foi acompanhado ate a fronteira de Espanha por 30 dragões (o FCP não
existia).
Quanto à Inquisição (a data santa) o
Conde de Oeiras ainda lhes concedeu o prazer da execução de um C??? de Fé, a
vitima foi, o Padre Malagrida e pouco tempo depois o Inquisidor geral (o irmão
bastardo do Rei4 ) juntamente com ou m seu irmão seu irmão
(menino de Palhavã), vão a banhos desterrados para as matas do Buçaco e por lá
ficaram ate que lhes deles se esquecessem.
4 Um dos muitos de D .João
V
A nobreza e o clero ficaram
definitivamente subjugados pelo poder real.
Seguindo o exemplo de Portugal, a Françça,
a Espanha e Nápoles expulsando os Jesuítas e Clemente XIII morreu aterrado (o que vem a ser isto? E
pimba caiu de lado) .
De novo saiu fumo branco e sucedeu-lhe
Clemente XIV e em 1773 este, recém eleito, aceitou a medida proposta, pelo
Marquês de Pombal (por decreto de 16.09.1769). Os Jesuítas foram
definitivamente expulsos do reino, que significou a renovação moral que Seia
deixando embalar na letargia e no fatalismo do castigo divino.
Por estes factos o Marquês tornar-se-ia
admirado e figura de grande influência em toda a Europa.
Confrontou-se com a Espanha e a França
quando o queriam obrigar a sair da neutralidade, na guerra dos sete anos, com
os ingleses.
Se queriam guerra, não hesitou, mandou
vir o Conde de Liphe, um dos mais conceituados oficiais de Frederico da Prússia,
e encarregou-o da organização do exército e regulamentar a sua disciplina.
Fomentou a construção de novos navios que
fortaleceram a nossa marinha, mercante e militar. Apoiou o favorecimento e
apoio ao comércio e à agricultura.
Porém é a Industria que lhes merece
maiores cuidados e como o prova a protecção que dá à Fabrica das Sedas, em
Lisboa, às fábricas de Lanifícios da Covilhã, Fundão e Portalegre ou à Industria
Vidreira da Marinha Grande e outras.
Aboliu a distinção entre cristãos velhos
e novos, e suprimio a escravatura em Portugal Continental.
Mas foi censurado, vejam só por mandar
prender no forte da Junqueira o Bispo de Coimbra, um pobre velhote de nome D.
Frei Miguel da Anunciação que era um dos chefes do partido reaccionário que
protegia uma seita de fanáticos religiosos. Um velhinho não devia ser tratado
assim.
Mas uma das maiores obras do Marquês foi
o impulso que deu à instrução popular. O decreto de 6 de Novembro de 1772
organizava a instrução primária do modo mais completo para o seu tempo.
Estabelecia o princípio do concurso, apoiava o ensino particular. Criava o
Ensino Secundário (viajem dos actuais liceus), convidava as ordens religiosas a
abrir escolas nos seus conventos (mas nada de Jesuitices). Favorecem o ensino superior
criando o Colégio dos Nobres e tratou de reformar a Universidade de Coimbra,
reforma que delegou no reitor nomeado por si, Bispo de Coimbra D. Francisco
Lemos.
Deu-se uma verdadeira revolução no ensino
universitário, para o lixo os legados jesuíticos, e pôr em pratica os processos
mais audaciosos da nova ciência. Foram nomeados sábios, alguns deles
estrangeiros de nomeada.
Para alem das escolas das Escolas e
Universidades nasceu também um Observatório Astronómico, um Jardim Botânico, um
laboratório de Física e Química, um dispensário Farmacêutico, um Teatro
Anatómico e um Museu de Historia Natural. Promove a 1ª Exposição Industrial, em
Oeiras (talvez a 1ª da Europa e do Mundo). Elevou Aveiro à categoria de cidade,
que deixara de ser no reinado do funesto rei D. João III.
De tal modo foi reconhecida a acção do
Marquês que o dia 23 de Outubro de 1772.
A cerimónia de abertura da Universidade
foi a maior homenagem que lhe prestaram. Viam-no como mais como soberano do que
ministro, de quem tinha a consciência de ter prestado ao país e à civilização o
mais elevado e importante de todos os serviços.
A fundação da Imprensa Nacional completa
a obra do Marquês no que se relaciona com o movimento intelectual. Pela sua
acção Portugal tinha saído das trevas da ignorância e do atraso em que
mergulhara.
Antes de 1755 Lisboa era das cidades mais
beatas que se conheciam. Missas por tudo quanto era caso e todas pagas
antecipadamente. Contra a ditadura clerical da Igreja que influenciava ricos e
pobres, só a dita dura do Marquês que fez crescer o país. A frase “enterrar os
mortos e cuidar dos vivos” é reveladora da sua energia e sentido prático.
De toda a Europa “chovem” elogios. Era
causa de admiração quem, neste pequeno reino à beira mar, conseguiu “plantar”
837 Escolas primárias e secundárias e reformar o Ensino, colocando-o ao nível
do que melhor havia no Mundo.
Foi de facto um ditador despótico para a
nobreza ociosa e caduca, para “religiosos” retrógados, para burgueses e gente
do povo amigas do obscurantismo. A dita dura de Sebastião José de Carvalho e
Melo, Conde de Oeiras e Marquês de Pombal (por mérito), é daquelas que preparam
o futuro e abrem as portas ao conhecimento e à liberdade. Porém ENGANOU-SE.
DESPEDIMENTO SEM JUSTA CAUSA:
D. JOSÉ morre a 24 de Fevereiro de 1777.
Dona Maria, sua filha, herdeira do trono,
para quem o Marquês era inimigo, manipulada pela nobreza invejosa e mesquinha e
seus confessores, que há muito preparavam a vingança sórdida, decidiu como que
numa peça em 3 Actos, despedir SEM JUSTA CAUSA, quem tantos e bons serviços
prestara a Sua Majestade seu pai.
- 1º Acto, manda avisar o Marquês de que
não se ocupasse do funeral de El Rei;
- 2º Acto, manda libertar todos os presos
que tinham sido oposição ao seu pai;
-3º Acto, Sem alegar justa causa, sem
qualquer nota de culpa (a não ser o ódio que lhe movia as entranhas) e sem
permitir contraditório ou recurso, demite o Marquês das suas funções,
retira-lhe todos os privilégios e somente lhe concede o direito de receber o
ordenado de 1º ministro e a renda de uma comenda.
Final – Manda retirar o medalhão da
estátua equestre de seu pai e no seu lugar coloca o Brasão de Lisboa (um navio
de velas cheias). O marquês, no seu
retiro de Pombal, para onde tinha sido degredado, ouvia dos seus amigos a frase que corria Lisboa inteira
:- “Agora é que Portugal vai à vela”
A MORTE
Depois de vexames, acusações falsas,
ofensas várias, interrogatórios vis, humilhantes e recursos, teve o perdão
real.
Condená-lo não podia, porque ao fazê-lo
puniria também a memória de seu pai e REI D. JOSÈ I.
Desgostoso e humilhado o MARQUÊS (D.
Sebastião “o Salvador”) morre na noite de 11 de Maio de 1782.
As exéquias solenes foram celebradas na
Igreja do Convento de Santo António, em Pombal, pelo Bispo de Coimbra D.
Francisco de Lemos, seu amigo fiel. Foi
o monge Benedictino Frei Joaquim de Santa Clara
(notável orador) que rezou a oração fúnebre.
A REABILITAÇÂO
Num acto de justiça, por decreto de 1833,
a imagem de bronze do Grande Estadista, Marquês de Pombal, foi recolocada no
pedestal da estátua do Rei D, José I.
No preambulo do decreto constava...”..Que
o Marquês de Pombal fora o português que mais honrou a sua Nação no século
passado……que homens por capricho…com ingratidão incrível fizeram desaparecer a
sua imagem do centro da cidade que ele
reergueu das cinzas e a transformou numa das mais belas capitais do mundo.”
Este decreto foi rubricado pelo Ministro
Cândido José Xavier.
ARFER
Bibliografias :
“Romance
Histórico” de António de Campos Júnior;
O Marquez de
Pombal” de Teófilo Braga;
Textos de
Pinheiro Chagas.
Portugal neste momento necessitava de um Marquês de Pombal no Norte,outro no Centro e outro no Sul.
ResponderEliminarAbarço.
Um abraço ----e Um BOM FIM DE SEMANA .. SE FOR EM CONSTANCIA, TANTO MELHOR.
EliminarARFER
Olá adorei suas lindas poesias,são belos.
ResponderEliminarVoltarei mais vezes beijinhos.
Feliz por ter gostado, mas o doce sabor das palavras que usa ... são elas mesmo um poema.
EliminarVolte sempre !!
Um abraço fraterno
ARFER
Fico feliz por ter gostado ... fica o desejo de muita sa+ude e felicidade para si.
ResponderEliminarUm abraço fraterno
ARFER
Adorei este artigo sobre of Marques de Pombal!
ResponderEliminarUm grande abraco da Tailandia
Jorge