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quarta-feira, 30 de junho de 2010

BIBLIOTECA - UMA JANELA DE HOJE PARA O PASSADO E O FUTURO

                                  HOJE UM DE JULHO É 0 DIA DAS BIBLIOTECAS


Porque há dias escrevi:

"MAS LOUVE-SE O LIVRO E A MAGIA QUE ELE CONTÉM, A PALAVRA QUE ELE NOS TRAZ, AQUELE SENTIMENTO DE PARTILHA E CUMPLICIDADE QUE NOS TRANSMITE QUANDO O FOLHEAMOS. TRANSMITIR ÀS NOVAS GERAÇÕES O VALOR DO LIVRO É UMA RESPONSABILIDADE QUE NOS CABE.

VIVA O LIVRO, O LEITOR E O AUTOR, GÉNIO CRIADOR DE ESCRITOS QUE NOS TRANSMITEM CONHECIMENTO, NOS FAZEM SONHAR E POR VEZES VOAR NUM INFINITO MÁGICO.”

Encontrei a BIBLIOTECA e perguntei:

- QUEM ÉS TU BIBLIOTECA??

- Eu sou a guardiã do passado, do presente e do futuro …

Tenho no meu seio, as Memórias dos Homens, o seu imaginário criador da esgrima da palavra, em prosa e poesia.

Guardo dicionários de todas as línguas, enciclopédias e livros temáticos das ciências e artes.

Sou um elo da transmissão do SABER e da CULTURA, alimento regenerador e formador de gerações. O meu conteúdo é o “adubo” que fortalece o HOMEM face aos “ditadores de vão de escada” e de todos aqueles que fomentam a ignorância , tendo em vista a dominação e usurpação da LIBERDADE dos povos.

A CULTURA E O SABER SÃO SINÓNIMO DE LIBERDADE.

- Sabes, disse-me a BIBLIOTECA, agora tenho a minha irmã digital que chega a todos os cantos do MUNDO e me tem ajudado neste “trabalho” incessante, de séculos, que vai resistindo aos que aqui e ali, em diferentes épocas mandaram destruir algumas “células” do meu corpo.

Mas nós resistiremos e em cada canto do PLANETA AZUL HÁ E HAVERÁ SEMPRE UMA BIBLIOTECA QUE ESPERA POR TI !!!

ARFER

terça-feira, 22 de junho de 2010

UM ABRAÇO SOLIDÁRIO AOS "LEVANTADOS DO CHÃO"


"Conheces o nome que deram, não conheces o nome que tens".  "Livro das Evidências" in "Todos os Nomes"

                                                                                                                                                                                    


Há na memória um rio onde navegam
Os barcos da infância, em arcadas
De ramos inquietos que despregam
Sobre as águas as folhas recurvadas.

Há um bater de remos compassado
No silêncio da lisa madrugada, 
Ondas brancas se afastam para o lado
Com o rumor da seda amarrotada.

Há um nascer do sol no sítio exacto,
À hora que mais conta duma vida,
Um acordar dos olhos e do tacto,
Um ansiar de sede inextinguida.

Há um retrato de água e de quebranto
Que do fundo rompeu desta memória,
E tudo quanto é rio abre no canto
Que conta do retrato a velha história.

JOSÉ SARAMAGO
"De "POEMAS POSSÍVEIS", Editorial CAMINHO, 1981.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

JOSÉ SARAMAGO, O HOMEM, O ESCRITOR....



MORREU JOSÉ SARAMAGO
Mas ficará sempre entre nós
O comunista convicto, HOMEM do POVO
Que desde sempre lutou
Para ver o seu Portugal, um país novo.
Gostava de CAMÕES e dos poetas da Liberdade,
Amado por muitos, ostracizado por alguns
Nunca baixou a guarda na defesa da Verdade.

Aqueles que desdenharam o seu valor, apresentam, hoje, sentidos pêsames vazios de sentimento.
O HOMEM DA “Jangada de Pedra” que uniu os povos das margens do grande Oceano, respirou hoje pela última vez e, decerto, a sua última vontade foi a de seguirmos o seu ideal.
O MUNDO FICOU MAIS POBRE.
Em vez de ADEUS, um ATÉ JÁ !!!

ARFER

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PARA TI O QUE É A CULTURA ?




PARA TI O QUE É A CULTURA ?Perguntei aos meus amigos
As respostas foram vagas
E cada uma diferente.
Afinal cultura é tudo.
Ela faz parte da gente.

De uns versos de António Aleixo (poeta popular)
“ …. Sou simplesmente um produto
Do meio em que fui criado …”
Então penso que:

Se os “produtos” são diferentes,
As culturas também são
Pela soma das diferenças
Se processa a evolução.

E é da troca de saberes
Do ler, ouvir e contar
Que o homem fica mais culto
E propenso para criar.

crenças, conceitos e hábitos
simbologia e tradição
São dinâmicos e não estáticos.

ARFERPara incentivo à vossa opinião, transcrevo, um pequeno extracto de um texto meu, quanto ao conceito de cultura:

“Todos os povos ou grupos étnicos representam culturas próprias identificadoras da sua existência, sendo a língua o elo fundamental dessa unidade cultural.
Não há Cultura o civilização superior, há sim diversidade cultural, sendo imperativos iguais direitos para culturas diferentes.
A identidade cultural de um povo é reflexo da sua relação com o Mundo, a Natureza, o seu passado, a sua relação com outros povos e outras culturas e do acumular conhecimento, ao longo da sua história. Não ignorando as suas raízes, a interculturalidade no seu relacionamento com outras realidades culturais, promotoras do desenvolvimento e criadoras da sua riqueza patrimonial.
As Crenças, os Saberes, os hábitos e estilos, as Artes, os conceitos de natureza, sociedade e humanidade e até artes e ofícios, são definidores do conceito de Cultura, como modo de vida.
… O direito à diferença e a materialização, individual ou colectiva, de expressões culturais é elemento fundamental de promoção de uma Cultura de PAZ, daí que reconhecer e valorizar as diferenças culturais é abrir caminho para a coexistência harmoniosa da Humanidade.
Cultura é tradição mas também evolução, evolução que tende a eliminar as más práticas tradicionais. Não há Culturas superiores ou inferiores, são simplesmente diferentes que, com o tempo se vão adoptando, permutando e reajustando às novas realidades.
A LIBERDADE é sinónimo de criatividade cultural e potenciadora da divulgação do SABER e do conhecimento, o que torna um POVO mais atento à defesa do seu património cultural, material ou imaterial.
Tal como as relações humanas, pela sua complexidade, definir Cultura, sendo um tema aparentemente fácil, torna-se difícil, porque Ela é vida, são sentimentos, modo de estar do HOMEM como criador e produtor cultural.

ARFER

domingo, 6 de junho de 2010

MARCHAS DITAS POPULARES

FOLCLORE REINVENTADO, A SABER.


MARCHAS POPULARES OU INVENÇÃO DO FOLCLORE CITADINO

Todos os anos faço lembrar que:

As Festas Populares eram manifestações culturais que espelhavam a identidade de quem as produzia.

Os Arraiais eram comuns nas aldeias, vilas ou bairros da cidade, estavam associados ao SOLSTÍCIO de Verão, de origem Pagã. Era tradição queimar as coisas velhas, e daí a origem das fogueiras juninas.

Nos casos específicos dos bairros da cidade de LISBOA, as festividades populares não fogem à regra e têm, nas mais variadas representações, a sua identidade, no FADO, nas CEGADAS (representações teatrais de rua), nas rodas e cantares à volta da fogueira, 0nde, também, a simbologia do bairro estava presente.

A partir de fins do Sec. XVIII surge o culto do Santo António, que o Clero e o governo da cidade elegeram como patrono popular, passando S. Vicente a mero símbolo da cidade.

Apesar do contacto e interligação com outras culturas e outros hábitos, as “marcas” bairristas vão sendo representadas nas festas tradicionais da cidade onde o culto de Santo António prevaleceu. As marchas “ditas”populares que sucederam às marchas “Aux Flambeaux”, popularmente chamadas de “Fulambó”que percorriam as ruas do bairro e dos bairros adjacentes, em grandes filas, acompanhadas das bandas filarmónicas do bairro ou das designadas “troupes”( estas sim, as marcadamente de raiz popular).

Assim, as marchas populares, deixaram de o ser, ainda que aparentemente o sejam. A partir do Mês de Junho de 1932 passaram a ser um produto de folclore urbano, com obediência a regras e princípios, devidamente regulamentados e com a encenação adequada aos propósitos regimentais, como que um complemento da “CASA PORTUGUESA” de Raul Lino, é mais uma peça do puzle inserida no projecto de folclorização do Estado Novo Português.

É na sequência das comemorações do 28 de Maio, em 1932, que o “Notícias Ilustrado”no seu número especial sobre a efeméride, anuncia o 1º concurso das marchas. Um espectáculo capaz de mobilizar a atenção dos Lisboetas. No dia 12 de Junho de 1932 a sala do “Capitólio”enchia. Um êxito popular, segundo a imprensa da época.

O director do “Noticias Ilustrado”era, nem mais nem menos, José Leitão de Barros, também realizador de cinema, promotor cultural e muito ligado a ANTÓNIO FERRO o responsável pela política de PROPAGANDA do Regime, criador do Secretariado da Propaganda Nacional. A “ideia-proposta”de Leitão de Barros vai no sentido de satisfazer a vontade de Campos Figueira, director do Parque Mayer, no sentido de criar em Junho desse ano (1932) um espectáculo capaz de mobilizar a atenção dos lisboetas, pensado, dito e feito, caiu como sopa no mel. Foram convidadas a participar as colectividades de cada bairro, sendo que a produção estaria a cargo do Parque Mayer .

A propaganda de promoção foi intensa e a mobilização popular aconteceu.

Este projecto, apresentado como que fazendo parte da tradição, era o ideal, numa altura em que bem mais importante que veicular ideias, importava, isso sim, distrair o POVO, em cumprimento da Cartilha Cultural de ANTÓNIO FERRO.

Pouco importará se as marchas que se apresentaram no palco do “Capitólio”, em 12 de Junho, foram as do Alto do Pina, de Campo de Ourique, Bairro Alto ou Alfama, o que conta foi o sucesso popular que teve e principalmente porque foi um veículo de apoio à propaganda do regime Salazarista.

O concurso das marchas populares regressou, em força, no ano de 1934, concorreram então 12 Bairros. O Município de Lisboa chamou a si a organização e integrou-as no que designou por Festas da Cidade.

Se em 1934 as marchas celebraram o 10 de Junho (como Dia da Raça); em 1940 assinalaram os Descobrimentos Portugueses; de 1941 a 1946 não desfilaram, foi o tempo da 2ª Guerra Mundial; em 1947 comemorou-se a conquista de Lisboa aos Mouros por D. Afonso Henriques e em 1973 o tema foi o Grande Desfile Popular do Mundo Lusíada.

A cidade acabou por se apropriar das marchas como símbolo de uma identidade perdida, entre o rural (Ex. m. de Benfica) mas quanto à celebração das festas e dos santos populares constitui uma novidade, acabando até por potenciar a tradição dos arraiais e dos bailes populares

.As CEGADAS, essas, foram politicamente extintas e a representação transferida para os palcos, onde o controle da censura era mais eficaz.

Desta forma, tento fazer lembrar que as “Marchas (ditas) Populares”foram uma encenação criada com objectivos concretos, tal como muito do folclore rural que foi criado (a partir dos anos 30) e que hoje representam um espectáculo que, conjuntamente com outros, fazem parte do programa das festas da cidade. Não são uma tradição cultural, mas um espectáculo em que através de simbologia própria manifesta o propósito de nos mostrar algo que tem a ver com o Bairro que representam.

ARFER 2002

quarta-feira, 2 de junho de 2010

TODOS OS DIAS SÃO O DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

ONTEM FOI O DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

Em 1946 nasceu a UNICEF e, em 1950, a Federação Democrática Internacional das Mullheres propôs, na ONU, que se criasse um dia dedicado às crianças de todo o Mundo.

Este dia foi comemorado pela 1ª vez em 1 de Junho de 1950.

Então os estados membros da ONU, reconheceram às crianças de todo o Mundo, os seguintes direitos: - Afecto, Compreensão, Amor e Alimentação adequada;

- Cuidados Médicos e Educação Gratuita;

- Protecção contra todas as formas de exploração;

- Crescer num Clima de Paz e Fraternidade Universal.

Estes direitos só passaram a documento escrito e aprovado em 1959. Em 20 de Novembro desse ano a Assembleia Geral da ONU aprova a “Declaração dos Direitos da Criança”, que a serem cumpridos, todos os meninos e meninas deste Planeta Azul, seriam felizes.

Porque a “Declaração” não bastasse para se fazer cumprir, na ONU foi, em 1989, aprovada a “Convenção sobre os Direitos da Criança”, documento com um conjunto de Leis para protecção daqueles que serão os homens e mulheres de amanhã.

ESTA CONVENÇÃO TORNOU-SE LEI INTERNACIONAL EM 1990 !!!!!

Agora saiamos do cor de rosa e tentemos saber quantas crianças estão fora desta LEI, dita Internacional.

Mas acautelem-se, porque a LEI INTERNACIONAL DA HIPOCRISIA ESTÁ EM VIGOR, COM CARÁCTER PERMANENTE
ARFER


HÁ !!!!

Há meninos, sem pai nem mãe, ao abandono.
Produtos da Guerra, da Fome e da Hipocrisia.
Tratados como cães rafeiros, sem um dono,
São a triste realidade e não fruto da minha fantasia.


Há meninos vendidos, comprados e usados.
Há meninos que nunca brincaram ou foram à escola.
Há meninos que trabalham, são explorados e pedem esmola.


Mas em cada menino haverá sempre uma criança,
Que se tornará Homem “Cavaleiro da Esperança”
Mensageiro de Amor, de Paz e de Luta.
Que acabará de vez com os filhos da TAL.

ARFER