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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

N A T A L


Nada melhor do que ter


AMOR, PÃO e AMIZADE


Também é bom não esquecer


Aqueles que neste MUNDO


Lutam pela igualdade.






Sendo assim, que este NATAL


Nos sirva de reflexão


Sobre a tristeza que assola


As muitas casas sem PÃO


E os meninos sem ESCOLA.


SES:


Se acham bem o que digo


Se certos e do meu lado


Levem a quem não consigo


O que vai neste “RECADO”


Se ao nascer há IGUALDADE


Se na morte é tal e qual,


Porque é que durante a vida


Não há “espírito” de NATAL.


ARFER





PALAVRAS SÃO PALAVRAS

AS PALAVRAS (Parte I )


As palavras são tantas


As sílabas muitas mais,


Esdrúxulas, agudas e graves,


Consoantes e vogais,


Verbos e adjectivos


E pronomes pessoais.


Há na escrita que tu fazes


Pronomes e substantivos


Que evocam factos reais


Com ditos demonstrativos


Sejam veros ou banais.


Na forma de as “esgrimir”


Quanto a sonhos e emoções


Dás conta do teu sentir.


Ditas em prosa ou poesia


Plenas de tantas razões


Podem ser :


Estímulo de esperanças,


De mensagens de AMOR,


De louvor à LIBERDADE,


Do reavivar de lembranças


Dos tempos da mocidade.


ARFER

AS PALAVRAS (PARTE II )


Com as palavras “brincamos”

E desnudamos “verdades”

Com elas também lutamos

Por justiça e LIBERDADE.

Sendo assim, por esta frase:

“Nas festas do equinócio,

Muito mal vai o NEGÓCIO!”

E a culpa será de quem?

- Do Silva, do Coelho ou do Gaspar?

Eu sei !!! Não digo a nimguém!

Têm é que adivinhar!



E se então do “Rei Gaspar”

Ninguém quer ouvir falar

Se o que traz é “mirra”,

Estando nós já mirrados

E não o digo por birra

Se até estamos penhorados.



E de NA...TAL influência,

Por decisão dos “mercados”

Assentem NA...TAL imprudência

De nos manter penhorados

Os “brindes” deste NATAL,

São os decretos guardados.

ARFER



domingo, 2 de outubro de 2011

O POVO SAIU À RUA



PARA VENCER É PRECISO QUERER, NUMA AFIRMAÇÃO PERMANENTE DE QUE O SER É BEM MAIS IMPORTANTE QUE O TER. O "cifrão" é efémero o SABER é eterno. A força da RAZÂO vencerá. Isto é e será bandeira dos trabalhadores e de todos os povos para quem a LIBERDADE é um valor supremo.                      

" ... A vida que é sonho, luta, amor ardente / Desígnio que partilho em paridade / Com todos os que são a minha gente/ Que caminham almejando a LIBERDADE./ Que o Mundo seja do SER e não do TER / Onde frutifique a AMIZADE/ Que rejeite a tirania do PODER / Nesta TERRA que é de todos, na VERDADE !!" ARFER

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A DISSECAÇÂO DO BEIJO.


Com tanta crise, tanta violência, tanta ganância, tanta exploração, com tanto de tanta coisa, com tanto beijo a vida seria bem melhor. E já agora para os portugueses do que significa o kiss do JUDAS, mobilizem-se para o dia 1 de Outubro.

O BEIJO

O BEIJO no bom sentido

È um beijo com valor.

Pode ser um beijo amigo,

Como pode ser de Amor.



Mas beijar só por beijar,

É tornar banal o beijo.

Mas o beijar com vontade,

Intensifica o desejo.



Dizem que beijo de Judas

É o beijo (ou não é) da traição.

Com um beijo não te iludas,

Pode ser pura ilusão.



Para quem recebe ilusão,

Porque pode imaginar

Que outros tantos virão

Da boca que o quis dar.



Desse momento vivido

De apenas um fugaz beijo,

Talvez vazio, sem sentido

Continua a ser desejo.



Só com duas consoantes

E as três vogais que tem,

Seja longo ou por instantes.

Um beijo sempre faz bem.



Se é dado por breve instante

Pode ser por amizade.

Então parta já para outro

E sinta-se em liberdade.



Se é longo o trato muda

E então se for prolongado

Meu amigo não se iluda

Porque já foi apanhado.



ARFER

terça-feira, 23 de agosto de 2011

HÁ 37 ANOS OS CRAVOS FLORIRAM!! E AGORA?

ESCRITAS EM OUTUBRO DE 1985. A memória colectiva por vezes é curta, daí a intenção de as publicar. (Lembram-se? Quem foi eleito primeiro ministro e tomou posse em Novembro desse ano? ) Quem se lembrar, faça o enquadramento.
Evitei as 13, daí serem 14 as QUADRAS SOLTAS:
1.Tal como antigamente/os outros são todos maus/se eu não for presidente/o país será um caos.
2.Já, também, o SALAZAR/e depois Marcelo Caetano/repetiam esta frase/cem vezes em cada ano.
3.Assim tentam demonstrar/os “democratas” que são/os outros são todos maus/nós é que temos razão.
4. Pois, que importa o desemprego?/A  injustiça social?/São coisas sem importância!/Tudo isso é natural.
5.Parem-se barcos e fábricas,/reduzam-se a produções./Nós pagamos subsídios,/a CEE dá milhões.
6.Nós concedemos favores/desde que haja sossego/somos país de “setoures”/que vão para o desemprego.
7.Aos reformados só basta,/na véspera das eleições,/oferecer-lhes umas férias/e dar-lhes mais uns tostões.
8.Aos estudantes, é fácil./Prometer não custa nada./É manter-lhes por um tempo/ a vida facilitada.
9.Também aos desempregados,/nós faremos referência./Falaremos da “retoma”/e de empregos com urgência.
10.aos filiados da CAP,/agricultores e rendeiros,/no direito aos subsídios/serão vocês os primeiros.
11.Este é o nosso programa,/com o PEDIP e o FEDER/construímos muita estrada/e ficamos a dever.
12.E quando o dia chegar/de pagarmos, sem apelo,/cederemos o poder/e outros virão faze-lo.
13.Nessa altura, então seremos/verdadeira oposição,/bastando que os acusemos/de uma má governação.
14.E como é falha a memória,/só alguns se irão lembrar./Então, repete-se a história/VOLTAMOS A GOVERNAR!
ARFER
OUTUBRO será o mês para reavivar as memórias.






sexta-feira, 1 de julho de 2011

BIBLIOTECA - UMA JANELA DE HOJE PARA O PASSADO E O FUTURO

                  HOJE UM DE JULHO É 0 DIA DAS BIBLIOTECAS
"MAS LOUVE-SE O LIVRO E A MAGIA QUE ELE CONTÉM, A PALAVRA QUE ELE NOS TRAZ, AQUELE SENTIMENTO DE PARTILHA E CUMPLICIDADE QUE NOS TRANSMITE QUANDO O FOLHEAMOS. TRANSMITIR ÀS NOVAS GERAÇÕES O VALOR DO LIVRO É UMA RESPONSABILIDADE QUE NOS CABE.

VIVA O LIVRO, O LEITOR E O AUTOR, GÉNIO CRIADOR DE ESCRITOS QUE NOS TRANSMITEM CONHECIMENTO, NOS FAZEM SONHAR E POR VEZES VOAR NUM INFINITO MÁGICO.”

Encontrei a BIBLIOTECA e perguntei:

- QUEM ÉS TU BIBLIOTECA??

- Eu sou a guardiã do passado, do presente e do futuro …

Tenho no meu seio, as Memórias dos Homens, o seu imaginário criador da esgrima da palavra, em prosa e poesia.

Guardo dicionários de todas as línguas, enciclopédias e livros temáticos das ciências e artes.

Sou um elo da transmissão do SABER e da CULTURA, alimento regenerador e formador de gerações. O meu conteúdo é o “adubo” que fortalece o HOMEM face aos “ditadores de vão de escada” e de todos aqueles que fomentam a ignorância , tendo em vista a dominação e usurpação da LIBERDADE dos povos.

A CULTURA E O SABER SÃO SINÓNIMO DE LIBERDADE.

- Sabes, disse-me a BIBLIOTECA, agora tenho a minha irmã digital que chega a todos os cantos do MUNDO e me tem ajudado neste “trabalho” incessante, de séculos, que vai resistindo aos que aqui e ali, em diferentes épocas mandaram destruir algumas “células” do meu corpo.

Mas nós resistiremos e em cada canto do PLANETA AZUL HÁ E HAVERÁ SEMPRE UMA BIBLIOTECA QUE ESPERA POR TI !!!
ARFER

domingo, 12 de junho de 2011

AS FESTAS POPULARES E AS "DITAS"

AS “DITAS” E AS FESTAS



Após longo cavaquear
Sobre a “crise” consumada
Foi facílimo chegar
À mudança antecipada.


E tal como em 33:


Venha a festa, venha o verão,
Venham férias e festança
Que com tanta distração
As “DITAS” de contenção
Quando postas na “balança”
No prato do SIM ou NÃO
Ainda que, com prudência
Nem S. Pedro ou S. João
Demovem, em consciência
Aqueles que dizem NÃO!


Mudou-se só para mudar
E manter o que está mal
Por isso há que lembrar
O que o “TRIO” ditou ao “TRIO”
De forma falada e escrita,
Com anuência e compadrio.
Mas como há  sempre “CONTRADITA”
Seja a DITA mole ou DURA
Estamos certos que contra a “DITA”
Esta luta continua
No Parlamento ou na RUA!


HÁ DIAS OUVI DIZER:


Não é “Tríade”, chamam-lhe “Troika”
Não confundam meus senhores,
Nem com casas de penhores
Onde se empenha a NAÇÂO.


Mas com custos superiores
Aos ganhos da produção,
Só nos resta uma saída ,,,
VAMOS MUDAR, COM RAZÃO!

ARFER



E AGORA O TEXTO QUE VENHO PUBLICANDO DESDE 2002.

FOLCLORE REINVENTADO, A SABER.



MARCHAS POPULARES OU INVENÇÃO DO FOLCLORE CITADINO

Todos os anos faço lembrar que:
As Festas Populares eram manifestações culturais que espelhavam a identidade de quem as produzia.
Os Arraiais eram comuns nas aldeias, vilas ou bairros da cidade, estavam associados ao SOLSTÍCIO de Verão, de origem Pagã. Era tradição queimar as coisas velhas, e daí a origem das fogueiras juninas.
Nos casos específicos dos bairros da cidade de LISBOA, as festividades populares não fogem à regra e têm, nas mais variadas representações, a sua identidade, no FADO, nas CEGADAS (representações teatrais de rua), nas rodas e cantares à volta da fogueira, 0nde, também, a simbologia do bairro estava presente.
A partir de fins do Sec. XVIII surge o culto do Santo António, que o Clero e o governo da cidade elegeram como patrono popular, passando S. Vicente a mero símbolo da cidade.
Apesar do contacto e interligação com outras culturas e outros hábitos, as “marcas” bairristas vão sendo representadas nas festas tradicionais da cidade onde o culto de Santo António prevaleceu. As marchas “ditas”populares que sucederam às marchas “Aux Flambeaux”, popularmente chamadas de “Fulambó”que percorriam as ruas do bairro e dos bairros adjacentes, em grandes filas, acompanhadas das bandas filarmónicas do bairro ou das designadas “troupes”( estas sim, as marcadamente de raiz popular).
Assim, as marchas populares, deixaram de o ser, ainda que aparentemente o sejam. A partir do Mês de Junho de 1932 passaram a ser um produto de folclore urbano, com obediência a regras e princípios, devidamente regulamentados e com a encenação adequada aos propósitos regimentais, como que um complemento da “CASA PORTUGUESA” de Raul Lino, é mais uma peça do puzle inserida no projecto de folclorização do Estado Novo Português.
É na sequência das comemorações do 28 de Maio, em 1932, que o “Notícias Ilustrado”no seu número especial sobre a efeméride, anuncia o 1º concurso das marchas. Um espectáculo capaz de mobilizar a atenção dos Lisboetas. No dia 12 de Junho de 1932 a sala do “Capitólio”enchia. Um êxito popular, segundo a imprensa da época.
O director do “Noticias Ilustrado”era, nem mais nem menos, José Leitão de Barros, também realizador de cinema, promotor cultural e muito ligado a ANTÓNIO FERRO o responsável pela política de PROPAGANDA do Regime, criador do Secretariado da Propaganda Nacional. A “ideia-proposta”de Leitão de Barros vai no sentido de satisfazer a vontade de Campos Figueira, director do Parque Mayer, no sentido de criar em Junho desse ano (1932) um espectáculo capaz de mobilizar a atenção dos lisboetas, pensado, dito e feito, caiu como sopa no mel. Foram convidadas a participar as colectividades de cada bairro, sendo que a produção estaria a cargo do Parque Mayer .
A propaganda de promoção foi intensa e a mobilização popular aconteceu.
Este projecto, apresentado como que fazendo parte da tradição, era o ideal, numa altura em que bem mais importante que veicular ideias, importava, isso sim, distrair o POVO, em cumprimento da Cartilha Cultural de ANTÓNIO FERRO.
Pouco importará se as marchas que se apresentaram no palco do “Capitólio”, em 12 de Junho, foram as do Alto do Pina, de Campo de Ourique, Bairro Alto ou Alfama, o que conta foi o sucesso popular que teve e principalmente porque foi um veículo de apoio à propaganda do regime Salazarista.
O concurso das marchas populares regressou, em força, no ano de 1934, concorreram então 12 Bairros. O Município de Lisboa chamou a si a organização e integrou-as no que designou por Festas da Cidade.
Se em 1934 as marchas celebraram o 10 de Junho (como Dia da Raça); em 1940 assinalaram os Descobrimentos Portugueses; de 1941 a 1946 não desfilaram, foi o tempo da 2ª Guerra Mundial; em 1947 comemorou-se a conquista de Lisboa aos Mouros por D. Afonso Henriques e em 1973 o tema foi o Grande Desfile Popular do Mundo Lusíada.
A cidade acabou por se apropriar das marchas como símbolo de uma identidade perdida, entre o rural (Ex. m. de Benfica) mas quanto à celebração das festas e dos santos populares constitui uma novidade, acabando até por potenciar a tradição dos arraiais e dos bailes populares.
As CEGADAS, essas, foram politicamente extintas e a representação transferida para os palcos, onde o controle da censura era mais eficaz.
Desta forma, tento fazer lembrar que as “Marchas (ditas) Populares”foram uma encenação criada com objectivos concretos, tal como muito do folclore rural que foi criado (a partir dos anos 30) e que hoje representam um espectáculo que, conjuntamente com outros, fazem parte do programa das festas da cidade. Não são uma tradição cultural, mas um espectáculo em que através de simbologia própria manifesta o propósito de nos mostrar algo que tem ou teve a ver com o Bairro que representam.

ARFER 2002

quarta-feira, 1 de junho de 2011

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA


                                      HOJE É O DIA MUNDIAL DA CRIANÇA




Em 1946 nasceu a UNICEF e, em 1950, a Federação Democrática Internacional das Mulheres propôs, na ONU, que se criasse um dia dedicado às crianças de todo o Mundo.

Este dia foi comemorado pela 1ª vez em 1 de Junho de 1950.

Então os estados membros da ONU, reconheceram às crianças de todo o Mundo, os seguintes direitos: - Afecto, Compreensão, Amor e Alimentação adequada;

- Cuidados Médicos e Educação Gratuita;
- Protecção contra todas as formas de exploração;

- Crescer num Clima de Paz e Fraternidade Universal.

Estes direitos só passaram a documento escrito e aprovado em 1959. Em 20 de Novembro desse ano a Assembleia Geral da ONU aprova a “Declaração dos Direitos da Criança”, que a serem cumpridos, todos os meninos e meninas deste Planeta Azul, seriam felizes.

Porque a “Declaração” não bastasse para se fazer cumprir, na ONU foi, em 1989, aprovada a “Convenção sobre os Direitos da Criança”, documento com um conjunto de Leis para protecção daqueles que serão os homens e mulheres de amanhã.

ESTA CONVENÇÃO TORNOU-SE LEI INTERNACIONAL EM 1990 !!!!!

Agora saiamos do cor de rosa e tentemos saber quantas crianças estão fora desta LEI, dita Internacional.

Mas acautelem-se, porque a LEI INTERNACIONAL DA HIPOCRISIA ESTÁ EM VIGOR, COM CARÁCTER PERMANENTE

ARFER


HÁ !!!!

Há meninos, sem pai nem mãe, ao abandono.

Produtos da Guerra, da Fome e da Hipocrisia.

Tratados como cães rafeiros, sem um dono,

São a triste realidade e não fruto da minha fantasia.


Há meninos vendidos, comprados e usados.

Há meninos que nunca brincaram ou foram à escola.

Há meninos que trabalham, são explorados e pedem esmola.


Mas em cada menino haverá sempre uma criança,

Que se tornará Homem “Cavaleiro da Esperança”

Mensageiro de Amor, de Paz e de Luta.

Que acabará de vez com os filhos da TAL.

ARFER

domingo, 24 de abril de 2011

25 DE ABRIL- 37 ANOS DEPOIS

LIBERDADE ??  37 ANOS DEPOIS

              ABRIL EM PORTUGAL- ESTE É O PAÍS ONDE NASCI E HABITO.

Em 25 de Abril, a acção do Povo e do MFA, foram a chave que abriu as portas da esperança de um povo amordaçado. De todos aqueles que: nas prisões de Caxias, Aljube ou Peniche, na clandestinidade, nos campos, nas fábricas, nas escolas, nas colectividades, cooperativas e sindicatos sempre resistiram, enfrentando a intimidação e a repressão de um regime fascista, responsável por 13 anos de guerra colonial, pela emigração clandestina de centenas de milhar de portugueses e responsável por uma taxa de analfabetismo não comparável á de qualquer país europeu.
A luta persistente dos patriotas que nos trouxe a aura de Liberdade que os cravos de Junho, fixados nos canos das espingardas em 25 de Abril, foi o sinal de um novo caminho a percorrer, o início de uma viragem histórica, que mais do que uma recordação é preciso lembrar e fazer cumprir.
Muito do que foi jurado cumprir, quando em 2 de Abril de 1976 foi aprovada a Constituição da República Portuguesa, não se cumpriu.
A primeira lição advém de que no dia 26 de Abril de 1974 todo, ou quase todo o Portugal, era democrata e revolucionário, o que significaria, á priori, que o fascismo, o colonialismo, analfabetismo e a repressão, só faria parte do imaginário de alguns.
A segunda lição, face aos incumprimentos da Lei Fundamental, é estar atento e lutar para que se façam cumprir os Direitos e as Liberdades nela inscritos
Apesar dos desgovernos dos que representam os mandantes do regresso ao passado, hoje todos têm escola, não haverá mais “homens que nunca foram meninos” , porém a informação é muitas vezes distorcida e eivada de meias verdades, onde há dita sem contradita e plena da presença de políticos e comentadores que são hábeis na utilização do tal “Manto diáfano que esconde a verdade”.
Porém o direito de votar é livre, por isso a observação atenta é fundamental para que, na hora de decidir em quem votar, a cruzinha seja colocada no quadradinho certo, com a consciência de que o fazemos pensando que, ao fazê-lo, optámos pelo bem da sociedade de que fazemos parte, tendo em conta o presente e o futuro.
O VOTO é livre (prenda de ABRIL que ainda não nos foi negada) mas não é a arma do Povo, como nos tentam fazer crer. A participação na prática da cidadania, o conhecimento, o sentimento e a memória é que são de facto as armas mais eficazes.
Os que nos têm desgovernado nas três décadas pós - ABRIL, contam com o apoio de “Grandes Famílias Grandes Empresas” (Edições D. Quixote), que como se de um jogo de Xadrez se trate, basta-lhes mudar umas pedras no tabuleiro do poder, manter o Rei, a Rainha e os Bispos, porque as Torres da resistência estão e são limitadas nas acções que o jogo de interesses impõe e, quanto aos Peões, jogam no pressuposto da memória curta, da crises criadas por eles próprios e dos MEDOS da sujeição à Lei da Oferta e da Procura em que os peões são vistos e tratados como mercadoria negociável e descartável. Se muito protestarem, sacodem-se umas migalhas da toalha da abastança do Poder, com pequenas cedências aqui e ali. Receita é conhecida. A política de benesses e comendas, da cunha institucionalizada, do compadrio e silêncios cúmplices, produtora de ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres, torna este canteiro à beira mar plantado (ora sujeito à ingerência externa – autoridade que o povo não lhes conferiu) no país europeu onde as desigualdades sociais são mais evidentes e se acentuam passo a passo.
HÁ QUE DIZER BASTA !!!!
A Cultura, o Conhecimento e o Saber, são as armas mais eficazes para combater o obscurantismo, as ditaduras camufladas que levam às desigualdades sociais, tenham o nome que tiverem.
Recordar e Viver o ABRIL que floresceu em MAIO, é ter esperança num futuro mais justo, mais fraterno e mais igual. É LUTAR PELA LIBERDADE.

ARFER


sábado, 23 de abril de 2011

DIA MUNDIAL DO LIVRO E DOS DIREITOS DE AUTOR

23 de ABRIL - DIA MUNDIAL DO LIVRO E DOS DIREITOS DE AUTOR


Celebra-se hoje, em todo o Mundo, o dia Mundial do LIVRO, iniciativa destinada a promover o livro e combater a iliteracia (palavra distinta). Em todos os dias do ano, nasceram e morreram grandes escritores, só os autores de língua latina e as suas obras preencheriam o desígnio de, em vez do dia Mundial, comemorarmos o ANO MUNDIAL DO LIVRO.

Inicialmente a data escolhida foi 7 de Outubro de 1926, para comemorar o nascimento do autor MIGUEL CERVANTES. Em 1930, a data passou para 23 de ABRIL, dia da morte de CERVANTES. O mundo é assim, é depois da morte que comemora a vida, o reconhecimento do grande valor de muitas obras literárias e artísticas (alguns autores morreram na miséria) só é concedido depois da morte física.

Este dia emblemático escolhido pela UNESCO, assinala a morte de MIGUEL CERVANTES, o nascimento de VLADIMIR NABOKOV e, também, o nascimento e a morte de WILLIAM SHAKESPEARE. Vá lá…morte e nascimento.

TRADIÇÕES: O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril, dia de São Jorge. Esta data foi escolhida para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas uma rosa vermelha de São Jorge e recebem em troca um livro.

MAS LOUVE-SE O LIVRO E A MAGIA QUE ELE CONTÉM, A PALAVRA QUE ELE NOS TRAZ, AQUELE SENTIMENTO DE PARTILHA E CUMPLICIDADE QUE NOS TRANSMITE QUANDO O FOLHEAMOS. TRANSMITIR ÀS NOVAS GERAÇÕES O VALOR DO LIVRO É UMA RESPONSABILIDADE QUE NOS CABE.

VIVA O LIVRO, O LEITOR E O AUTOR, GÉNIO CRIADOR DE ESCRITOS QUE NOS TRANSMITEM CONHECIMENTO, NOS FAZEM SONHAR E POR VEZES VOAR NUM INFINITO MÁGICO.

ARFER

sexta-feira, 22 de abril de 2011

DIA INTERNACIONAL DA MÃE TERRA




         HÁ CEM ANOS ÉRAMOS 1700 MILHÕES, HOJE SOMOS QUATRO VEZES MAIS.

A àgua é cada vez mais escassa e a poluição vai aumentando. Curiosamente é do país que mais polui a nossa atmosfera e que mais intensamente tem explorado os recursos do PLANETA AZUL, que nasceu a ideia de que é preciso salvar a Terra. Isto há 40 anos, em 22 de Abril de 1970.

No ano passado, o presidente da Bolívia, Evo Morales, na Assembleia Geral das Nações Unidas, inspirado na tradição boliviana de chamar o planeta de Pacha Mama, que na linguagem quíchua quer dizer “Mãe do Mundo”, em referência à divindade máxima dos povos andinos. sugeriu que data fosse denominada “Dia Internacional da Mãe Terra”, proposta que foi aprovada por unanimidade.

Acham que a Biodiversidade, a Mãe Natureza, teve melhoras desde essa data?

Ou, por ventura de alguns e desgraça de todos, os indíces de poluição têm aumentado assustadoramente, com o derrube das florestas, pulmão da nossa MÃE TERRA. MEDITEM...Mas façam qualquer coisa, se nada fizerem, ao menos passem a mensagem. FIM À EXPLORAÇÂO INTENSIVA DA TERRA, QUE È DE TODOS.

ARFER

SINTESE

Tudo tem um ciclo de vida

A TERRA também o tem.

Não é preciso ser sábio

para isto se entender

Mas "matar" antes do tempo

é difícil, alguém perceber.

Há que travar a ganância

e a vil exploração.

Se um dia todos quisermos

unidos pelo mesmo amor.

A Terra será para todos

e o Mundo será melhor.

ARFER

segunda-feira, 18 de abril de 2011

DIA INTERNANCIONAL DOS MONUMENTOS E SITIOS


18.04 –“DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS”




Ainda que o tempo seja escasso, não deixo de lembrar o dia de hoje e a sua importância simbólica.

Através desta janela vislumbra-se a Natureza pujante, o rio, a foz do Tejo que irmana cidades e foi ponto de encontro, ao longo de séculos, de povos de todo o Mundo, com culturas e credos diversos.



Sem água não havia vida e assim não havia história

Nem rios, lagos, riachos, ribeiros ou oceanos

Não haveria, presente, futuro nem memória.



Em 2011 o tema eleito é a “Agua, Cultura e Património” .no terceiro “Calhau” que tem entre si e o SOL, Vénus e Mercúrio, é tão belo visto do espaço que o cognominaram de Planeta Azul, mas que de facto se chama TERRA e é nela e dela que o HOMEM vive e é parte integrante da sua PAISAGEM, como sem água não haveria vida tal como a conhecemos, não teríamos monumentos, nem florestas. Sem água, fonte de vida, o bem mais valioso, que a ganância do lucro fácil têm desprezado. A poluição atmosférica dos cursos de água e dos mares tem sido intensa desde o século passado, por isso a cada um de nós cabe a responsabilidade de tudo fazer para garantir a preservação deste bem precioso.

A água é um património que urge, a cada instante, preservar. É um bem público, é de todos e para todos, por isso, insisto, defender este património é lutar pela VIDA.



ARFER

Dois clips retirados do youtube, relativos à temática, que pela sua importância resolvi introduzir nesta publicação:



quarta-feira, 13 de abril de 2011

DIA INTERNACIONAL DO CAFÉ

VIVA O CAFÉ "PERFUME DE LIBERDADE"



Seja "Robusta" ou "Arábico"

Do Brasil ou de Timor.

Seja forte ou aromático,

quando é feito com carinho,

tem o aroma da FLOR,

no sentido figurado.

No presente e no passado,

Sabemos que é verdade,

que é à volta do CAFÉ

Que nasce tanta amizade.

Sendo assim já faz sentido,

O convite que te faço ...

VEM TOMAR CAFÉ COMIGO !!!!

Se vieres como desejo

Para me fazer companhia

O que, aliás, sempre quis

E pôr a conversa em dia

Sobre a crise financeira

Que assola o meu país.

Uma “crise” preparada

Por “agências”, que á distância

De uma forma programada

Plena de usura e ganância

Governam sem ser eleitos

Da forma que lhes “apetece”

Por culpa de maus governos

Mas o PAÍS não merece.

Mas no fim fica o ditado

Diz o povo com razão

“ quando o mar bate na rocha,

Quem se trama é o mexilhão”

Mas não percamos a esperança

Pois com café, alegria e amizade

Virão tempos de bonança

Que com fé e solidariedade

Consigamos a tal mudança

Que nos traga a igualdade

Pelo qual tantos lutaram

E que lembro com carinho

Não esquecendo os que ficaram

Para trás, nessse “caminho”.

Levantemo-nos da mesa

Do CAFÉ, com amizade

Porque ficou a certeza

Que o que se disse é verdade.

ARFER

quarta-feira, 6 de abril de 2011

DIA MUNDIAL DA SAUDE


HOJE, SETE DE ABRIL, É DIA MUNDIAL DA SAÚDE


SAÚDE DO “EU” DEPENDE DO BEM-ESTAR DA “EMBALAGEM”, OU VICE-VERSA.




A SAÚDE TEM CINCO LETRAS


TAL COMO OS DEDOS DA MÃO


E CINCO SÃO OS SENTIDOS


DIZ-NOS A VOZ DA RAZÃO,


QUE:


SORRIR FAZ BEM À SAÚDE


MAS SÓ SE TIVER SENTIDO


PORQUE UM SORRISO FORÇADO


É UM SORRISO VENDIDO.




SE A SAÚDE NÃO SE COMPRA


UM SORRISO NÃO SE VENDE


TER SAÚDE E SER FELIZ


É ISSO QUE SE PRETENDE.




SAÚDE, BEM-ESTAR E VIDA DE QUALIDADE


SÃO PROMESSAS DOS ELEITOS


PORQUE DEFENDEM CONCEITOS


ONDE NÃO CONSTA A IGUALDADE.




POR ISSO AMIGO, AMIGA


CAMARADA, COMPANHEIRO


LUTA PELO QUE ACREDITAS


QUE A SAÚDE ESTÁ PRIMEIRO.


ARFER


Dando continuidade ao que foi escrito em sete de ABRIL de 2009, segue:


BRINCANDO


É património guardado


recordações que guardamos


De frases que nos são ditas


E todos lembram, aposto


O “JÁ TE TRATO DA SÁUDE!!”


E eu desse trato não gosto.



Com a SAÚDE não de brinca


Dizem uns, só por dizer,


Porque brincar só faz bem


DÁ SAÚDE E FAZ CRESCER!




Agora, por me lembrar


De um país adoentado


Vou escrever sobre o tema


Dos ataques do “mercado”


E do “rating”, um mal recente


Que agindo à sua maneira


Torna um país dependente


Afectando-lhe fortemente


A SAÚDE FINANCEIRA.




E MAIS:


Sujeito a tanta usura


E a golpes na perfeição


Fica o “povão” na “pendura”


Dizem que por má gestão


MAS BEM SABEMOS QUE NÃO!




E neste canto à SAÚDE


Penso eu, amargurado


Que deste CANTO saiu


PORTUGAL DESENCANTADO!




ARFER

sábado, 26 de março de 2011

NANCY VIEIRA- DIA DA MULHER CABOVERDIANA




27 DE MARÇO - dia em que se comemora o dia da mulher cabo-verdiana e os 29 anos da OMCV - Organização das MULHERES de Cabo Verde.

Mudjer é expreçom
Mudjer é kuraçom
Mudjer é harmonia
Mudjer é alegria

Mudjer é multiplikaçom di verdadi
Mudjer é soma di amizadi
Mudjer é morabeza saltianti
Mudjer é beleza di frenti
Mudjer é futuru Prisenti

27 DE MARÇO – DIA DA MULHER CABOVERDIANA.

MULHER de um PAÍS onde do quase nada se faz quase tudo e da DIÁSPORA que suplanta quantitativamente os que lá vivem.
MULHER MÃE, MULHER DE TRABALHO, MULHER QUE EDUCA, MULHER DE LUTA, MULHER SUSTENTÁTUCULO DO FUTURO DO PAÍS, que foi e é ponto de encontro de muitas culturas, ele próprio detentor de uma imensa cultura, eivada de multiculturalidade.
Na paz e MORABEZA fica a SODADE que a mulher traz consigo e que, esteja onde estiver, espalha o perfume desse berço de dez pérolas do Atlântico.
Deixo um POEMA de AMÍLCAR CABRAL, palavras de uma HOMEM, dedicado à mulher da terra que tanto amou.

ARFER

ROSA NEGRA
Rosa,
Chamam-te Rosa, minha preta formosa
E na tua negrura
Teus dentes se mostram sorrindo.

Teu corpo baloiça, caminhas dançando,
Minha preta formosa, lasciva e ridente
Vais cheia de vida, vais cheia de esperanças
Em teu corpo correndo a seiva da vida
Tuas carnes gritando
E teus lábios sorrindo...

Mas temo tua sorte na vida que vives,
Na vida que temos...
Amanhã terás filhos, minha preta formosa
E varizes nas pernas e dores no corpo;
Minha preta formosa já não serás Rosa,
Serás uma negra sem vida e sofrente
Ser’as uma negra
E eu temo a tua sorte!

Minha preta formosa não temo a tua sorte,
Que a vida que vives não tarda findar...
Minha preta formosa, amanhã terás filhos
Mas também amanhã...
... amanhã terás vida!

AMILCAR CABRAL

Que todas as Mulheres e Homens de CABO VERDE se sintam iguais e lutem por isso.
ARFER

segunda-feira, 21 de março de 2011

A FLORESTA * A POESIA * A AGUA * A IGUALDADE


                                                           DIAS 21 e 22 de MARÇO


Dias plenos de crer e intensidade

Onde tudo se relaciona, porque na verdade

Se todos entendessem o seu significado,

Bem seria para toda a humanidade.



ALGUMAS INTERROGAÇÕES:

- Serão as desigualdades fruto da injustiça ou é a injustiça fruto das desigualdades?

- Será que a liberdade é possível havendo fome? Para onde caminha o planeta azul que até podia ser vermelho se o planeta Marte não tivesse já esse cognome?

O que pensamos nós, se sabemos que:

Muito poucos poluem o que muitos limpam. Uns, poucos, sacodem as migalhas da mesa farta e com esses restos muitos outros enganam a fome. Uns, poucos, arrasam florestas e muitos outros fazem campanhas para as plantar. Muito poucos são donos de terras por cultivar e muitos camponeses morrem por as querer trabalhar. Por fim, porque hoje é o dia Mundial da ÁGUA lembro: Muito poucos poluem a atmosfera, os rios, as ribeiras, os lençóis aquíferos e ainda outros enchem piscinas diariamente, enquanto outros vivem (ou sobrevivem) com dois litros de água por dia.



DIA VINTE E UM : É o dia que assinalou o chegar da Primavera (no hemisfério norte do planeta Terra), o renascer dos campos floridos e, já agora, que seja também o reavivar das memórias e nos traga um sentimento de esperança de um Mundo mais fraterno. É, também, o DIA MUNDIAL DA FLORESTA, que tem como objectivo lembrar e sensibilizar os cidadãos de todo o Mundo para a importância que a sua preservação tem para a manutenção da VIDA no planeta Terra, palco da humanidade. Palco onde cada um de nós é um actor, de uma peça continuada, desempenhando papéis diferenciados das obras de muitos autores. Foi o DIA MUNDIAL DO TEATRO, um dia de todos nós, que participamos em dramas, tragédias e comédias no dia a dia das nossas vidas.

É, também, o DIA INTERNACIONAL CONTRA A DESCRIMINAÇÃO RACIAL, instituído pela ONU, que marca a data trágica de um massacre havido na África do Sul em 21 de Março de 1960. Não gosto de abordar o tema quanto ao facto, à data ou à cor da pele, porque qualquer dia, dos 365 ou 366 do ano, podia exigir este avivar da memória. Ao longo da história da humanidade povos de todas as raças e credos foram sujeitos à escravatura, à descriminação social e racial, por isso desejo que todos os dias sejam dias de todas as causas e evocações.

E porque a poesia marcou o DIA fica uma pequena quadra, sem rima. – quatro versos apenas:



Ao chegar a Primavera , cuidámos da Floresta.

É dia da Poesia e do Teatro, por isso, dia festivo.

Da igualdade entre os povos de cor e credos diferentes.

Pois da vontade do outro, nenhum de nós é cativo.



HOJE 22 DE MARÇO - Data em que a ONU determinou que fosse o dia MUNDIAL DA ÀGUA (o tema deste ano é a água para as cidades), o bem mais precioso, sem ele não haveria dias da poesia, do teatro, da árvore, nem carnavais ou Natais, simplesmente não haveria VIDA, tal como a conhecemos, ficam as imagens da poluição e da seca, para que todos não esqueçam que o BEM MAIS VALIOSO DE TODOS OS BENS É A ÁGUA.

ARFER

21 DE MARÇO – DIA MUNDIAL DA POESIA

Neste dia, em todo o Mundo haverá tertúlias, récitas e encontros, falar-se-á de poesia, dos grandes poetas, relegando a poesia popular para segundo plano.

No espaço da lusofonia há e sempre houve grandes poetas, com obras de rara dimensão, como: os portugueses - Luiz Vaz de Camões, Cesário Verde, Fernando Pessoa - Os brasileiros Drumond de Andrade, Vinicius de Moraes e Castro Alves, de Moçambique José Craveirinha, de Angola Agostinho Neto e de Cabo Verde (Terra de tantos poetas) Amílcar Cabral e Eugénio Tavares. Estes são alguns de grandes poetas de língua portuguesa. Mas hoje quero lembrar ANTÓNIO ALEIXO, UM POETA POPULAR, cauteleiro e pastor de rebanhos, cantor popular de feira em feira, pelas redondezas de Loulé ( Algarve - Portugal )que é um caso singular, bem digno de atenção de quantos se interessam pela poesia. Para reflexão faço uma postagem de algumas quadras da obra “ESTE LIVRO QUE VOS DEIXO”, em parte improvisações registadas, carregadas de sensibilidade, experiência de vida e análise profunda. O SENTIR DO POVO.



ARFER

QUADRAS SOLTAS


Que importa perder a vida

Em luta contra a traição,

Se a Razão mesmo vencida,

Não deixa de ser Razão


Embora os meus olhos sejam,

Os mais pequenos do Mundo

O que importa é que eles vejam

O que os homens são no fundo


Da guerra os grandes culpados

Que espalham a dor da terra,

São os menos acusados

Como culpados da guerra.


Não sou esperto nem bruto

Nem bem nem mal educado;

Sou simplesmente o produto

Do meio em que fui criado.

ANTONIO ALEIXO

A POESIA É ISTO. É SÍNTESE, É RELATO, É OPINIÃO, É SENTIMENTO. MESMO QUE DISTANCIADA TEMPORALMENTE, É SEMPRE ACTUAL.


Ao desconcerto do Mundo

Os bons vi sempre passar

No Mundo grandes tormentos;

E pera mais me espantar,

Os maus vi sempre nadar

Em mar de contentamentos.

Cuidando alcançar assim

O bem tão mal ordenado,

Fui mau, mas fui castigado:

Assim que, só pera mim,

Anda o Mundo concertado.


LUÍS VAZ DE CAMÕES


A POESIA

Poesia brota do nada e traz tudo

Não se constrói, nem se arquitecta.

Para a criar, não é preciso ter“canudo”

É do sentir de cada um, não se projecta.



É como semente que se torna raiz.

Tronco ou folhagem

E o fruto é cada verso, com ou sem rima.

É o sentir que a palavra tem e o que nos diz.

É a teia que o poeta tece e que assina.

Uns poemas trazem mensagem, outros não.

Outros falam de lutas, vidas e amor.

Outros, ainda, de mitos, dor ou ilusão

De sonhos, liberdade, campos em flor.

Dos cravos, das rosas, das papoilas

De tanta coisa falam, mas também

Das formas belas e suaves das moçoilas

Que nos “levam” nos sonhos para o além.

Ainda que alguns, sejam plenos de fantasias,

Trazem-nos a esperança nas palavras e

Doses imensas de alegrias

ARFER

E por achar curioso e relacionado com a LIBERDADE (igualdade de direitos e deveres), é dia de EQUINÓCIO (do latim aequinoctiu = aequus, igual + nox, noite) em que o DIA é igual à noite e este é um ano em que a LUA está tão próxima da TERRA que só daqui a 18 anos repetirá essa “viagem de aproximação, resta-me o sonho, a vontade, utopia ou não de que nessa altura a igualdade seja uma conquista (consumada) de todos os povos.

ARFER

segunda-feira, 7 de março de 2011

À MULHER ANÓNIMA



Á
Mulher anónima, mulher mãe.


Universo em si, fonte de vida.


Lutadora, sempre cuidando de alguém.


Havendo em ti a força da verdade,


Ergue-te das brumas que te oprimem,


Reclama o teu direito à igualdade




8 de Março Dia Internacional da Mulher

- Factos da história: -

No dia 8 de Março do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas para as 10 horas diárias. Estas operárias recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". Em 1977, as Nações Unidas proclamam o dia 8 de Março como o:- Dia Internacional dos Direitos da Mulher e da Paz.



Como era em Portugal, para que a memória não seja curta.


O retrato da mulher durante o Estado Novo

A constituição de 1933, que vigorou até 1974, estabelecia um princípio de falsa igualdade, material e imaterial. A mulher praticamente não tinha direitos. Se se tratasse de uma mulher casada, os direitos eram exercidos pelo chefe de família.

A lei portuguesa designava o marido como chefe de família, donde resultava uma série de incapacidades para a mulher casada, contrariamente à mulher solteira, de maioridade, que era considerada cidadã de plenos direitos, ainda que limitados. A mulher não tinha direito de voto, não tinha possibilidade de exercer nenhum cargo político, e, mesmo em termos da família, a mulher não tinha os mesmos direitos na educação dos filhos.

Nesse tempo, a Lei atribuía à mulher casada uma função específica: o governo doméstico, o que se traduzia pela imposição dos trabalhos domésticos como obrigação. E os poderes especiais do pai e da mãe em relação ao filho resultavam na sobrevalorização do pai e subalternidade da mãe, que, como recomendava a lei, apenas devia ser ouvida.

Outro dos problemas que a mulher enfrentava na altura acontecia nas situações de reconstituição da família. O divórcio era proibido, devido ao acordo estabelecido com a Igreja Católica na Concordata de 1944, pelo que todas as crianças nascidas de uma nova relação, posterior ao primeiro casamento, eram consideradas ilegítimas. E havia duas alternativas no acto do registo: a mulher ou dava à criança o nome do marido anterior ou assumia o estatuto de "mãe incógnita". O que não podia era dar o seu nome e o do marido actual. No que diz respeito à questão profissional, a mulher não tinha direito de acesso a determinados lugares que se considerava que deviam ser ocupados por homens. A magistratura, a diplomacia e a política são apenas alguns dos exemplos de sectores profissionais a que a mulher não podia aceder.

A Mulher era sujeita a restrições sociais impeditivas da sua liberdade de escolha, as casadas não podiam mexer na sua propriedade, as enfermeiras não podiam casar, uma professora só podia casar com um homem que tivesse um vencimento e estatuto superior ao seu, tinham que pedir autorização para casar, autorização que seria publicada em Diário da República.

Uma mulher casada não podia ir para o estrangeiro e trabalhar onde bem entendesse sem autorização do marido. O marido podia chegar a uma empresa ou estabelecimento público e dizer: eu não autorizo a minha esposa a trabalhar. E ela tinha que vir embora, tinha que ser despedida"

E por último, a violência doméstica era votada às “malvas” considerada tabu como sendo normalidade na vivência das famílias. ANORMALIDADES DE OUTROS TEMPOS.

Infelizmente (por enquanto) em muitas sociedades deste Planeta Azul, os direitos da mulher não estão globalizados, pelo que lutar pela paridade de direitos e deveres seja um propósito e um dever de cidadania de todos e para todos.

ARFER

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

MALANGATANA NO BARREIRO . O MONUMENTO OFERECIDO À CIDADE

MALANGATANA


Cheguei a casa, cerca das 21h00, sentei-me para jantar e vi a notícia, via TV, em rodapé: “ …faleceu Malangatana …”, não queria crer mas, logo após, confirmei.

Lá fora chovia copiosamente, como se do céu caíssem lágrimas de tristeza. Decidi escrever e fazer lembrar em poucas palavras, quem foi o Pintor, o Poeta, o Escultor, amante da Antropologia e Etnologia, mas, principalmente, amava a natureza, a humanidade e todos quantos com ele conviviam.

Em 6 de Junho de 1936, nasceu em MATALANA (província de Maputo).

Em 1960 tornou-se artista profissional.

No período colonial foi preso pela PIDE (polícia política) juntamente com os poetas José Craveirinha, Rui Nogar e outros cidadãos. Julgado dois anos depois e sem culpa formada (o que era comum) é julgado, absolvido e libertado.

Aderiu à FRELIMO, impulsionou diversos projectos culturais, colaborou intensamente com a UNICEF em acções culturais direccionadas à criança.

Um imenso rol de países de todo o Mundo guarda obras suas.

Estão presentes nas suas obras o “papão”, o povo e a criança mas em grande parte delas é a MULHER MOÇAMBICANA que está em destaque e dele guardo esta frase: “ …Não estou desiludido com a mulher com quem casei, ela é superior a mim ….”

O MUNDO FICOU MAIS POBRE

BEM HAJA

ARFER

MALANGATANA NGWENYA


Não teve berço, nem brinquedo

Dormiu na esteira, no chão

E de noite sentia medo

Que ali chegasse o “papão”.

Em moleque, criado de meninos

Apanha bolas e pastor

Aprendiz de “nyamossoro”

Ansiava um Mundo melhor

Trazia em si a Arte, em cada poro.

Foi em Matalana que nasceu

E experimentou a arte de pintar

Desenhou e fez-se escultor

Dedicou-se à vida com trabalho

E deixou nele todo o seu amor.

Hoje cidadão do Mundo

Venerado em toda a parte

Não só pelo HOMEM que é

Mas também pela sua ARTE.



Em vez de um ADEUS, ATÉ JÁ !!!

ARFER