N A T A L
Nada melhor do que ter
AMOR, PÃO e AMIZADE
Também é bom não esquecer
Aqueles que neste MUNDO
Lutam pela igualdade.
Sendo assim, que este NATAL
Nos sirva de reflexão
Sobre a tristeza que assola
As muitas casas sem PÃO
E os meninos sem ESCOLA.
SES:
Se acham bem o que digo
Se certos e do meu lado
Levem a quem não consigo
O que vai neste “RECADO”.
Se ao nascer há IGUALDADE
Se na morte é tal e qual,
Porque é que durante a vida
Não há “espírito” de NATAL.
ARFER
PS. Isto sem falar daqueles que nos vêm como números sabendo que somos gente.
NATAL 2
Basta que sejas tu a construir
Os caminhos futuros da Verdade;
A paz, que interiormente irás sentir
Será o campo onde semeias felicidade.
Faz, despertar p’ra a vida, meigamente,
Essa flor que tens por coração;
Sorri, menino, aos homens que te dão
Tanta tristeza em vez de muito amor;
Afinal, o Mundo, só pode ser diferente
Se, com amor, Tu o tornares melhor.
Fernando Tavares Marques
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
CULTURA E O PODER
Os Poderes e a Cultura e o Poder da Cultura
Os poderes, políticos, religiosos ou outros, podem, de forma intencional e em função dos interesses que os movem influenciar e evolução, fruição ou divulgação da Cultura, mas em caso algum a podem, globalmente, controlar.
Os problemas na área da política cultural são múltiplos, complexos e diversificados, mas provavelmente de simples resolução para um governo para quem o património cultural (material e imaterial) nem sequer exige ministro, cabendo ao gabinete de um secretário a má distribuição das “migalhas” orçamentadas para a CULTURA que apesar de “miseráveis” em 2012, consta que no Orçamento Geral do Estado português para 2013 serão reduzidas para metade. Pretenderão o regresso ao obscurantismo do passado? Talvez não, depende da dita e da resistência da contradita.
A Cultura e o Poder, sendo dois pilares da organização das sociedades, que emergem do tecido social e, consequentemente, a orientação das politicas são, de grosso modo, o reflexo do poder instituído.
A Cultura é um modo de vida, é a expressão do sentir, do pensar e do agir de um povo, tal qual a política. O fazer e o agir intencionalmente ou não, são atos políticos ou culturais, são uma constante da vida.
Sendo que as politicas Culturais do Poder central devam ser, na sua essência, um garante de regulação da pluralidade, da cidadania ativa e da liberdade criativa, assente basicamente no princípio da democratização da cultura, conforme O INSTITUIDO CONSTITUCIONALMENTE que o governo de Portugal não cumpre e com base num falso pretexto (a crise financeira por outros criada), relega a CULTURA para o fim da tabela das prioridades.
A LIBERDADE é sinónimo de criatividade cultural e potenciadora da divulgação do SABER e do conhecimento, o que torna um POVO mais atento à defesa do seu património cultural, material ou imaterial.
Tal como as relações humanas, pela sua complexidade, definir Cultura, sendo um tema aparentemente fácil, torna-se difícil, porque Ela é vida, são sentimentos, modo de estar do HOMEM como criador e produtor cultural.
Os Poderes autárquicos diferem quanto à forma e os objetivos no desenvolvimento das suas políticas culturais e moldes de gestão que lhes são inerentes no que concerne ao interesse concelhio e, também, quanto ao património material e imaterial que lhes são afetos, ainda que dentro dos parâmetros ditados pela Lei geral e do direito constitucional.
Desde 1974, a sociedade portuguesa, sofreu profundas alterações, relativamente ao Monolitismo partidário de quarenta e oito anos, de ditadura. O polipartidarismo veio assegurar a representatividade da globalidade dos sectores de opinião. A Liberdade de expressão e o fim da censura permitiram a livre circulação dos bens culturais, tais como livros, filmes, ideias, teatro livre de censura e uma representatividade alargada, exponencialmente, ao usufruto dos bens culturais.
Nos primeiros anos de livre poder autárquico, ainda que sem uma linha programática pré-definida, a força e a criatividade que a liberdade produz, deu origem a múltiplas iniciativas de âmbito cultural.
As autarquias em parceria com o movimento associativo e a comunidade escolar, têm desenvolvido, após o 25 de Abril, projetos de cariz cultural multifacetado e interculturais, face ao facto de Portugal que, ao longo de décadas, foi um pais de emigrantes, se tornar com fim da ditadura e da guerra colonial, depois de “ orgulhosamente sós”, num espaço geográfico que recebeu centenas de milhar de regressados das ex-colónias e de exilados emigrantes (fugidos à guerra e a ditadura).
Nos anos oitenta deu-se uma inversão, de emigrantes, passámos a ser um país acolhedor e atrativo para centenas de milhar de imigrantes dos quatro cantos do mundo, da Ásia, Africa, América do Sul e Europeus (principalmente do Leste da Europa), com raízes culturais, comportamentos sociais e religiosos, bem diferenciados.
Como se depreende, um facto histórico pode ser causa, em determinado momento, de rutura com algumas tradições e ser “explosão” de criatividade artística e de produção cultural. Como exemplo disso são a Revolução Francesa (século XVIII), a Revolução Industrial (séc. XIX) e a revolução Russa de 1917 (séc. XX), que deram origem, a seu tempo, de uma evolução artística e de divulgação cultural, sem precedentes, influenciadores de politicas sócio - culturais, de tal modo, que muitos Estados se viram na necessidade de legislar no sentido de proteger, apoiar e adequar, nalguns casos, a produção de arte e divulgação cultural em função dos seus objetivos políticos.
Os novos conhecimentos, novas tecnologias, produtos da revolução foram fatores determinantes de uma evolução sócio económica. A rádio, a fotografia, o cinema, a televisão e mais recentemente a comunicação da era digital, são hoje elementos fundamentais ao serviço da democratização da cultura, na sua divulgação e fruição, se utilizados com justa imparcialidade.
Se os Nacionalismos exacerbados e os Poderes ditatoriais e monolíticos foram e são entrave ao desenvolvimento da produção cultural, nos tempos de hoje, só uma “cultura contextualizada” pode restituir o homem a si mesmo. Assim a Cultura será julgada pela sua capacidade de realizar o homem no mundo e com os outros, pois ela não é senão aquilo que, é criado pelo Homem. A cultura é a via para a globalização de Humanidades, promotora de uma “nova” ética de compressão, tolerância e fraternidade entre os homens. Não há culturas maiores ou menores, superiores ou inferiores, mas apenas diferentes, sejam populares ou ditas eruditas que, de facto, tiveram origem popular, tais com o Canto, a Musica, o Teatro, tudo tem origem nas bases, sendo o principal fator na formação da riqueza do SER e a fundamentação das raízes do PERTENCER.
Por isso, face ao que nos é dado a entender, é da responsabilidade de todos os cidadãos amantes da sua CULTURA, marca identitária que define o seu sentimento de PERTENÇA, uma tomada de posição contra todos os tipos de austeridade que ameaçam os seus direitos e os que visem, subtil e disfarçadamente, a mercantilização e consequente elitização da CULTURA.
Pelos princípios que estão consignados no “MANIFESTO EM DEFESA DA CULTURA” lanço um apelo a todos os cidadãos, trabalhadores da cultura e das artes, a todas as estruturas de criação e produção culturais que partilham e lutam por estes objetivos, que se unam nesta luta que é todos e por todos.
O SABER E A CULTURA SÃO SINÓNIMO DE LIBERDADE E O ANTÍDOTO MAIS EFICAZ CONTRA OS APRENDIZES DA DITA.
ARFER
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
sábado, 6 de outubro de 2012
VIVA A REPÚBLICA !! 5 DE OUTUBRO
5 DEOUTUBRO DE 2012 – A
pátria está em perigo ou o país de “pantanas” “avisou” sua Exa. o presidente da
República Aníbal Cavaco Silva ao hastear a bandeira da REPÚBLICA PORTUGUESA às
avessas. Foi ocasional, intencional? A mensagem foi dada. Considerando, porém, a
sua intervenção, em voz suave e pausada ao indicar os caminhos da emigração
para os jovens e desempregados, como já o tinha feito o 1º e outros ministros,
não há dúvida, vós achais que é o caminho para ultrapassar a crise por vós
criada essa é a solução encontrada.
Sendo assim, GRATOS A
V. EXCELÊNCIAS pela preocupação que o futuro do país vos merece. BEM HAJA !
MAS O POVO TEM MEMÓRIA
A REPÚBLICA – 5.10.1910 – ACONTECEU
Lembras-te daquele dia
Em que saímos da “Rotunda” de mão dada,
Depois daquela noite de luta e medo
Mas plenos de certezas e confiança?
Sentíamo-nos livres como aves
Voando num céu de esperança.
Dia que já tínhamos partilhado em sonhos.
Estávamos felizes como qualquer criança
Que tinha recebido a mais valiosa prenda.
Descemos a passo estugado a “Avenida”
À qual deste o nome de “Liberdade”.
Passámos pelo “Rossio”, onde a populaça
Vinda da Mouraria, do Castelo, Alfama e Graça,
Era um Mar de Gente e de Felicidade.
Ao fundo vimos o “Tejo” no seu caminho p’ro Mar.
O Povo em uníssono clamava por Ti.
Para Eles eras a força que os ia libertar
Das amarras da ignorância e da miséria.
Foi um dia dos mais felizes que vivi.
Quanto sentimento nele havia, não mais esqueci
Quando os nossos EUS se uniram pelo elo da verdade.
Na varanda do Município falavam de TI
Ao som da “Portuguesa” e com vivas à Liberdade.
ARFER
Lembras-te daquele dia
Em que saímos da “Rotunda” de mão dada,
Depois daquela noite de luta e medo
Mas plenos de certezas e confiança?
Sentíamo-nos livres como aves
Voando num céu de esperança.
Dia que já tínhamos partilhado em sonhos.
Estávamos felizes como qualquer criança
Que tinha recebido a mais valiosa prenda.
Descemos a passo estugado a “Avenida”
À qual deste o nome de “Liberdade”.
Passámos pelo “Rossio”, onde a populaça
Vinda da Mouraria, do Castelo, Alfama e Graça,
Era um Mar de Gente e de Felicidade.
Ao fundo vimos o “Tejo” no seu caminho p’ro Mar.
O Povo em uníssono clamava por Ti.
Para Eles eras a força que os ia libertar
Das amarras da ignorância e da miséria.
Foi um dia dos mais felizes que vivi.
Quanto sentimento nele havia, não mais esqueci
Quando os nossos EUS se uniram pelo elo da verdade.
Na varanda do Município falavam de TI
Ao som da “Portuguesa” e com vivas à Liberdade.
ARFER
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
PALAVRAS DITAS
CÁ ESTOU DE NOVO COM UM ABRAÇO FRATERNO PARA TODOS !
PALAVRAS DITAS
Sentou-se e, em voz pausada, disse:
-Sou do Teatro, herdeiro de Moliére
E num gesto largo, pleno de brejeirice,
Arrematou : … falta-me um compére!
O meu palco é o chão que piso,
É nele que represento dia-a-dia,
Guardando a tristeza, mostrando um sorriso,
Como luz de esperança, na tarde sombria.
Às treze pancadas, corre o pano.
Estamos no palco …é o 1º ato.
Parecemos felizes … puro engano.
O que corre nas almas, não está no retrato.
Vós, sentados no balcão e na plateia,
Atentos, expectantes na espera, com esperança
Nos sonhos e ditos que a gente semeia.
Ontem, hoje, amanhã, futuro incerto …
No seio de multidões ou no deserto.
A tentação se ser o outro é evidente,
Troca-se o passado e o futuro pelo presente.
Depois logo se vê … diz o ator
É preciso, sim, viver intensamente
Com amizade, fé e muito amor.
Porém, na passerelle do governo
A “música” que nos dão é bem diferente,
Pior que o purgatório e o inferno,
Numa prosa carregada de mentira.
E quando palra a pega e o papagaio, fala o ministro,
Sendo a “voz do dono” e com ar sinistro,
Representa o papel que lhe é dado.
Porém, se da plateia ou do balcão
Acontece, a certa altura, o pateado,
Retira-se o ator, há nova encenação.
Por instantes se pensa que tudo foi mudado.
Mas não! … A “voz do dono, perante tal pretexto,
Apresenta outro ator, com novo texto.
É ASSIM QUE O “PAGANTE “ É ENGANADO!
ARFER
quarta-feira, 13 de junho de 2012
TRADICIONAIS ? MARCHAS POPULARES
MARCHAS
DITAS POPULARES DE LISBOA … A BANDA PASSA …QUEM LEMBRA A DESGRAÇA?
Q espetáculo JUNINO, mas não genuíno, repete-se cada
vez mais sofisticado. Oitenta anos depois, marchantes, padrinhos, arcos e
balões desfilaram na avenida da LIBERDADE. Foram dezoito os bairros
apresentados a concurso, desta vez a marcha do Alto do Pina foi a vencedora,
parabéns.
Dezoito bairros marcharam / recriaram tradições
imaginadas / Em frente ao Parque Mayer / Música, dança, arcos e balões / Um
espetáculo a não perder.
E porque, gente coisa é outra fina / o prémio coube
ao Alto do Pina. Para que não falhe a memória / cá vai um pouco de história.
Os Arraiais eram comuns nas aldeias, vilas ou bairros da cidade, estavam associados ao SOLSTÍCIO de Verão, de origem Pagã. Era tradição queimar as coisas velhas, e daí a origem das fogueiras juninas.
Nos casos específicos dos bairros da cidade de LISBOA, as festividades populares não fogem à regra e têm, nas mais variadas representações, a sua identidade, no FADO, nas CEGADAS (representações teatrais de rua), nas rodas e cantares à volta da fogueira, 0nde, também, a simbologia do bairro estava presente.
A partir de fins do Sec. XVIII surge o culto do Santo António, que o Clero e o governo da cidade elegeram como patrono popular, passando S. Vicente a mero símbolo da cidade.
Apesar do contacto e interligação com outras culturas e outros hábitos, as “marcas” bairristas vão sendo representadas nas festas tradicionais da cidade onde o culto de Santo António prevaleceu. As marchas “ditas”populares que sucederam às marchas “Aux Flambeaux”, popularmente chamadas de “Fulambó”que percorriam as ruas do bairro e dos bairros adjacentes, em grandes filas, acompanhadas das bandas filarmónicas do bairro ou das designadas “troupes”( estas sim, as marcadamente de raiz popular).
Assim, as marchas populares, deixaram de o ser, ainda que aparentemente o sejam. A partir do Mês de Junho de 1932 passaram a ser um produto de folclore urbano, com obediência a regras e princípios, devidamente regulamentados e com a encenação adequada aos propósitos regimentais, como que um complemento da “CASA PORTUGUESA” de Raul Lino, é mais uma peça do puzle inserida no projecto de folclorização do Estado Novo Português.
É na sequência das comemorações do 28 de Maio, em 1932, que o “Notícias Ilustrado”no seu número especial sobre a efeméride, anuncia o 1º concurso das marchas. Um espectáculo capaz de mobilizar a atenção dos Lisboetas. No dia 12 de Junho de 1932 a sala do “Capitólio”enchia. Um êxito popular, segundo a imprensa da época.
O director do “Noticias Ilustrado”era, nem mais nem menos, José Leitão de Barros, também realizador de cinema, promotor cultural e muito ligado a ANTÓNIO FERRO o responsável pela política de PROPAGANDA do Regime, criador do Secretariado da Propaganda Nacional. A “ideia-proposta”de Leitão de Barros vai no sentido de satisfazer a vontade de Campos Figueira, director do Parque Mayer, no sentido de criar em Junho desse ano (1932) um espectáculo capaz de mobilizar a atenção dos lisboetas, pensado, dito e feito, caiu como sopa no mel. Foram convidadas a participar as colectividades de cada bairro, sendo que a produção estaria a cargo do Parque Mayer .
A propaganda de promoção foi intensa e a mobilização popular aconteceu.
Este projecto, apresentado como que fazendo parte da tradição, era o ideal, numa altura em que bem mais importante que veicular ideias, importava, isso sim, distrair o POVO, em cumprimento da Cartilha Cultural de ANTÓNIO FERRO.
Pouco importará se as marchas que se apresentaram no palco do “Capitólio”, em 12 de Junho, foram as do Alto do Pina, de Campo de Ourique, Bairro Alto ou Alfama, o que conta foi o sucesso popular que teve e principalmente porque foi um veículo de apoio à propaganda do regime Salazarista.
O concurso das marchas populares regressou, em força, no ano de 1934, concorreram então 12 Bairros. O Município de Lisboa chamou a si a organização e integrou-as no que designou por Festas da Cidade.
Se em 1934 as marchas celebraram o 10 de Junho (como Dia da Raça); em 1940 assinalaram os Descobrimentos Portugueses; de 1941 a 1946 não desfilaram, foi o tempo da 2ª Guerra Mundial; em 1947 comemorou-se a conquista de Lisboa aos Mouros por D. Afonso Henriques e em 1973 o tema foi o Grande Desfile Popular do Mundo Lusíada.
A cidade acabou por se apropriar das marchas como símbolo de uma identidade perdida, entre o rural (Ex. m. de Benfica) mas quanto à celebração das festas e dos santos populares constitui uma novidade, acabando até por potenciar a tradição dos arraiais e dos bailes populares.
As CEGADAS, essas, foram politicamente extintas e a representação transferida para os palcos, onde o controle da censura era mais eficaz.
Desta forma, tento fazer lembrar que as “Marchas (ditas) Populares”foram uma encenação criada com objectivos concretos, tal como muito do folclore rural que foi criado (a partir dos anos 30) e que hoje representam um espectáculo que, conjuntamente com outros, fazem parte do programa das festas da cidade. Não são uma tradição cultural, mas um espectáculo em que através de simbologia própria manifesta o propósito de nos mostrar algo que tem ou teve a ver com o Bairro que representam.
ARFER 2002
domingo, 27 de maio de 2012
BARREIRO BONITO
AS FLORES SÃO POEMAS COLORIDOS DE MULTIPLOS SIGNIFICADOS. HÁ SEMPRE ALGO DE BELO À NOSSA VOLTA ..QUE
NEM SEMPRE ENXERGAMOS....
HÁ PATRIMÓNIO A PRESERVAR ---HÁ GARANTIA DE UM BARREIRO COM FUTURO.
HÁ PATRIMÓNIO A PRESERVAR ---HÁ GARANTIA DE UM BARREIRO COM FUTURO.
A POESIA
Poesia brota do nada e traz tudo
Não se constrói, nem se arquitecta.
Para a criar, não é preciso ter“canudo”
É do sentir de cada um, não se projecta.
É como semente que se torna raiz,
Tronco ou folhagem.
O fruto é cada verso, com ou sem rima.
É o sentir que a palavra tem e o que nos diz.
É a teia que o poeta tece e que assina.
Uns poemas trazem mensagem, outros não.
Outros falam de lutas, vidas e amor.
Outros, ainda, de mitos, dor ou ilusão,
De sonhos, liberdade, campos em flor.
Dos cravos, das rosas, das papoilas
De tanta coisa falam, mas também
Das formas belas e suaves das moçoilas
Que nos “levam” nos sonhos para o além.
Ainda que alguns, sejam plenos de fantasias,
Trazem-nos a esperança nas palavras e
E luz que ilumina os nossos dias.
Poesia brota do nada e traz tudo
Não se constrói, nem se arquitecta.
Para a criar, não é preciso ter“canudo”
É do sentir de cada um, não se projecta.
É como semente que se torna raiz,
Tronco ou folhagem.
O fruto é cada verso, com ou sem rima.
É o sentir que a palavra tem e o que nos diz.
É a teia que o poeta tece e que assina.
Uns poemas trazem mensagem, outros não.
Outros falam de lutas, vidas e amor.
Outros, ainda, de mitos, dor ou ilusão,
De sonhos, liberdade, campos em flor.
Dos cravos, das rosas, das papoilas
De tanta coisa falam, mas também
Das formas belas e suaves das moçoilas
Que nos “levam” nos sonhos para o além.
Ainda que alguns, sejam plenos de fantasias,
Trazem-nos a esperança nas palavras e
E luz que ilumina os nossos dias.
ARFER
sexta-feira, 11 de maio de 2012
MARQUÊS DE POMBAL
HÁ 303 ANOS –a 13 DE MAIO – NASCEU;
83 anos depois, a 11 de MAIO, ficou para a HISTÒRIA.
Sebastião
José de Carvalho e Melo
Filiação
Infância e
Juventude
Os Amores
O Político / O
Governante / A Nobreza ociosa
e a Igreja Caduca.
Despedimento
sem justa e a reabilitação.
1.Filiação
Nasceu
em Lisboa, no dia 13 de Maio de 1699 (ainda a senhora de Fátima estava em
hibernação) uma linda e rosada criança, que seria baptizada, a 6 de Junho do
mesmo ano, na freguesia da Mercês. Ser-lhe-ia dado o nome pomposo de Sebastião José e de apelido, Carvalho do pai (capitão de cavalaria e
fidalgo da casa real - Manuel de Carvalho
Ataíde e Melo da sua mãe Dona
Teresa Luísa de Mendonça e Melo, filha do Senhor João de Almeida Melo, dono dos
Morgados dos Olivais e Souto Rei.
2. Infância e Juventude
O menino
cresceu, estudioso mas rebelde.
Criança forte
de físico e de mente.
Acabou por ser
aluno na Universidade de Coimbra, onde frequentou o 1º ano jurídico, mas o seu
espírito rebelde de quem gosta de decidir e ao estar sujeito, largou a “Escola”
e optou pela vida militar, assentou praça como cadete.
Porém, mais
uma vez, porque inteligente e senhor de seu nariz, ser mandado por quem
(carenciado de inteligência e inovação) não era com ele, pediu a demissão e
para alem de se dedicar ao Estudo da Historia, da Política, e da Legislação,
entregou-se à vida ociosa da capital, das tertúlias, das farras e dos namoros
breves e escaldantes. É liquido que era figura no grupo dos Capotes Brancos, bando da fidalgos
aventureiros que perturbavam as noites suaves, tranquilas e amenas da capital
do Império (uma espécie de Tedy Boys da época).
Enérgico, Belo
e decidido (um Pão) era requerido pelas damas (não seria o sedativo come tudo,
mas o Sebastião o desejado).
3. Os Amores
E assim uma
dama da corte, componente do séquito da Rainha D. Maria Ana de Áustria, de nome
D. Teresa de Noronha e Bourbon,
senhora bela e linda, viúva, dez anos mais velha do que ele, que tinha sido
casada com um primo de nome António Mendonça Furtado (pelo curto período de
quatro anos 1714-1718), apaixonou-se por ele, de forma que aconteceu o
inevitável, contrariando a família.
Os pais (da
grande nobreza, ociosa e rica) só a pedido da rainha aceitaram conceder a mão
os pés e o resto, ao futuro Marquês, e assim, aquela paixão deu em casamento.
Em segundas núpcias a D. Teresa casou-se com o Sebastião em 16 de Janeiro de
1723, ela com 34 anos e ele com 24, foram viver para uma quinta, que o ainda
não Marquês, possuía em Soure, onde continuou os seus estudos.
Uma “cunha” do
Cardeal Mota, ministro e valido de D. João V (o Barrasco), vale a Sebastião
José a nomeação de sócio da Academia real da História Portuguesa, isto em 1733,
tendo este a incumbência de escrever a história de alguns dos reis, deste pais
onde imperava a ignorância e o analfabetismo.
Nunca acabou este trabalho, que para ele provavelmente seria redutor, como mais tarde veio a provar.
Nunca acabou este trabalho, que para ele provavelmente seria redutor, como mais tarde veio a provar.
Saltando no
tempo, a 27.03.1739, dezasseis anos depois de ter casado, morreu o seu primeiro
grande amor - D. Teresa de Noronha, estava em Londres (falarei adiante da sua
prestação como embaixador (a) ). Grande
desgosto sofreu com a morte da sua querida esposa, que lhe legou todos os seus
bens.
Já em Viena,
apaixonou-se de novo por uma linda, doce e rica dama, Dona Leonor Ernestina Eva Wolfganga Josefa com
que se casou em 18 de Dezembro de 1745.
Também este
casamento foi difícil. Sebastião homem apaixonado e lutador, sempre teve de
“lutar” contra as vontades dos progenitores das suas amadas.
De facto a
Ernestina, filha do Conde de Daunn do Sacro-Romano Império (marechal- general)
Henrique Ricardo Lourenço e de Dona Violante Josefa condessa de Bromond, em
Bayusberg, não queriam de forma alguma que um rico homem casasse com a filha,
preferiam um homem rico, independentemente ou não de ser vazio de saber.
Porém e mais
uma vez, D. Maria Ana de Áustria, Rainha de Portugal, intercedeu e o seu
querido Sebastião lá se casou de novo.
O futuro
Marquês, mais uma vez se deu nota de que amores, fáceis no sentir mas difíceis
no conseguir era com ele.
As bodas
realizaram-se no ano de 1745 e poço tempo depois, a conselho do seu famoso
médico Van Swietem regressa à Pátria amada, trazendo a sua querida.
4. O Político / O Governante / A Nobreza e a Igreja Caducas
Em 1939 é
enviado para Londres como ministro plenipotenciário (uma espécie de embaixador
com plenos poderes), e aí sim, a sua invulgar capacidade e prodigiosa
inteligência, era revelação que tal D. Sebastião “o desejado” não sairia da
Bruma, mas tinha nascido na freguesia das Mercês em Lisboa.
Começa por
“arrancar” do Duque de Lencastre, o reconhecimento da reciprocidade de direitos
para os negociantes portugueses, o direito de reprimir os capitães de navios
ingleses que em terra e águas portuguesas cometessem excessos.
A pedido de D.
João V, enviou para Portugal uma preciosa colecção de Bíblias Hebraicas, e tudo
quanto se havia escrito sobre leis, ritos, costumes e politica em quantas
línguas havia, que chegariam a Lisboa em 1743.
A
inteligência, argúcia e modo hábil como conduziu as negociações para que fora
mandatado, levou a que fosse nomeado para a hercúlea tarefa de mediador na
discórdia entre as cortes de Viena de Áustria e de Roma e mais uma vez saiu
coroado de êxito. O imperador Francisco I e o Papa Bento XIV a apertaram as
imperiais e “santas” mãos.
Voltou para
Lisboa, ainda ante do desfalecimento e posterior falecimento de D. João V, em
31 de Julho de 1750.
Subiu ao trono
de D. José I (e único) e logo a rainha sua mãe, agora muito amiga da condessa
de Daunn (sua Dama de Honor), aconselhou o seu filho-rei, a nomear Sebastião “
o Salvador” Secretário de Estado da Guerra e
Estrangeiros.
Passado pouco
tempo (10 de gosto de 1750) ardia o Hospital de Todos os Santos (obra de outro
grande da Historia Portuguesa, D. João II ). Não sendo um pretexto, mas uma
realidade, de novo a energia e a capacidade de Sebastião José se manifesta, no
reerguer do Hospital. Não tardou que a sua inteligência superior se tornasse
tão manifesta, quanto a sua capacidade de iniciativa e audácia.
Tornou-se o
mais forte e influente, ministro do reino.
Era um
reformador e fã de Richilieu, como ele queria consolidar o poder do rei e o
regime do estado, com o objectivo de colocar Portugal no topo da civilização
europeia, ainda que para isso fosse necessário usar quaisquer meios, incluindo
o direito repressivo, de forma a ultrapassar as barreiras que lhe seriam,
decerto, impostas pela nobreza ociosa e caduca e a Igreja retrógrada, aliada
desta.
Entre 1751 e
1755, tudo fez para regular as actividade económicas. Apesar da “aliada”
Inglaterra protestar contra as medidas de Sebastião, este manteve-as, chegando
a mandar prender oficiais ingleses que levavam ouro amoedado a bordo, que
também foi apreendido.
Fundava por
decreto a Companhia do Grão Pará e Maranhão, privilegiada no comércio com o
Brasil e reagiu de tal forma energicamente aos que se lhe opunham, que muitos
dos que o enfrentavam, nesta medida, foram presos.
Estava
Sebastião Carvalho empenhado em transformar Portugal, quando pela 9.00h da
manhã do dia de todos os Santos (sendo sempre Todos os Santos, primeiro o
Hospital agora o Dia), um violento Terramoto atinge todo o Sul da Península
Ibérica, seguido de um Maremoto, que inunda os destroços da Baixa da Cidade.
Nas zonas mais altas lavram incêndios. Lisboa fica em ruínas.
A 2 de Novembro de 1755- Já o enérgico alfacinha,
nado e baptizado na freguesia das Mercês , mobiliza o exército e a policia,
manda tratar da “saúde” 1 da bandidagem que pilhava na cidade
destroçada e trata de iniciar o processo
de reconstrução de Lisboa.
Eugénio dos Santos e Manuel da Maia, traçam a
planta da nova cidade.
Alguns
historiadores sugerem que a raiz do grande poder de Sebastião de Carvalho foi o
Terramoto. Porém, não fosse ele o “o
Desejado” que da bruma não saiu, o homem capaz, sobredotado e fiel a quem lhe
concedia o poder, decerto que lhe não era dispensada a cega confiança de D.
José. Para ele era insuportável uma casta de nobres agindo por conta própria e
ainda pior do que isto, uma Ordem religiosa “omnipotente” como a Companhia de
Jesus, vivendo e agindo à margem da autoridade do Estado.
O rei seguia
todos os conselhos do Ministro, o ódio e a inveja da nobreza caduca
acentuava-se.
Em 1756 era
fundada a Aula de Comércio 2 A Companhia de
pesca da Baleia nas costas do Brasil, a do Atum nas costas do Algarve e a
Companhia do Alto Douro, contrariando o livre comércio e os interesses dos
ingleses e de grandes proprietários, o que viria a gerar um motim em 23 de
Fevereiro de 1757. Sebastião considerou-o uma rebelião contra o poder de El Rei
seu amo.
Nomeou então o
Desembargador D. José Mascarenhas Pacheco Pereira Coelho de Melo. Foram
condenados à morte 21 homens e 9 mulheres e a várias penas 155 homens e 33
mulheres.
1-manda
levantar 100 Forcas bem altas, cada uma com o seu cadáver, e ao que parece
surtiu efeito.
2-Uma
espécie de Instituto comercial.
Quebrou, com este exemplo, todas as
resistências municipais ao seu projecto de modernização e enérgica
administração.
Visava (tal como D. João II) e por isso
reprimiu o orgulho da Nobreza exploradora e ociosa, como mais tarde se empenhou
em liquidar o “Polvo” (Máfia nobre ou burguesa) que se acoitava na super
poderosa sombra da Companhia de Jesus, que acabou por ser expulsa do reino em
barcos da Marinha Real.
A tentativa de assassinato do Rei, em 13
de Setembro de 1768, quando este voltava ao Palácio da Ajuda, provavelmente de
uma ronda amorosa. O ataque deu-se com tiros de bacamarte perto da Quinta do
Melo. O rei safou-se, não por milagre da nossa Senhora de Fátima, mas porque um
dos bacamartes se encravou e o cocheiro voltou para trás em vez de seguir para
o paço real.
O Rei não deixou de ficar com algumas
feridas que apesar de não haver antibióticos, não chegaram a infectar.
Na sequência deste acto, Sebastião cuidou
do rei, e “encontrou” de imediato os principais suspeitos. O duque de Aveiro,
inimigo fidagal dele próprio e de seu
Amo, e seus sequazes: - Os Távoras, inimigos declarados, ainda porque a mulher
do Marquês Luís Bernardo era uma querida, devota e favorita de El Rei D. José.
Procurados, presos e interrogados os
inimigos e seus aliados, (Duque de Aveiro, Alornas, Autoguias e Távoras),
passam a ilustres hóspedes dos Fortes à
Beira Tejo, sendo condenados os mais responsáveis com pena de morte e executados
em 13 de Janeiro de 1759.
Agora a 2ª parte. Os Jesuítas, que
através da confissão reinavam as consciências, controlando a educação e o
ensino como travo da perpétua imobilidade e um permanente obstáculo a todas as
tentativas de reforma, regeneração e modernização.
Em todos os países se sentia a forte
influência da Companhia de Jesus,
mas nas colónias de Portugal,
principalmente no Brasil estes seguidores de Inácio de Loiola 3 eram, quase na sua totalidade, uma praga
doentia.
Já nos primórdios do governo de Sebastião
José já os tinha mandado combater, a Sul sob o comando do governador do Rei de
Janeiro Gomes Freire de Andrade e no Amazonas Francisco Xavier de Mendonça.
Irritado, mandou o Marquês que os governadores-gerais das colónias inquirissem
e lhe dessem a saber os costumes e actos dos jesuítas.
O resultado foi pior do que imaginara.
Os vícios a relaxação dos costumes, foi a
sardinha que fez cair o burro, já demasiado carregado com :
-A influência perniciosa e retrógrada na
educação, contrariando o progresso que se pretendia;
-A mãozinha Jesuítica que aprovou a
revolta do Porto e apoiou a resistência à fundação da Companhia de Grão-Pará.
-E ainda, segundo os relatórios dos
governadores a profunda corrupção existente na Companhia que defendia interesses
próprios.
- Não contando com as “afirmações”
Jesuíticas de que o Terramoto tinha sido castigo divino, face à governação do
Marquês.
E assim a “ guerra ” surda, passou a “guerra” aberta.
Sebastião José consegue do Papa Bento XIV
a nomeação de um visitador, que recaiu no Cardeal Patriarca de Lisboa. Consegue
também a suspensão dos jesuítas nos actos de pregação e confissão em todas as
dioceses portuguesas, expulsando até do Paço, todos os confessores Jesuítas que
ali havia.
Morreu Bento XIV e a Ordem dos Capas
Negras reage ao ataque do Marquês e
dirige ao Novo Papa Clemente XIII reclamando da acção do Cardeal visitador
nomeado (eram eles que jusuíticamente puxavam os cordelinhos das marionetas e
agora estavam a tirar-lhes os fios.).
O Conde contra atacou, pediu ao Papa
licença para processar todos os que colaboraram na tentativa de assassinato do
rei e em outros actos de lesa majestade. O Papa concedeu, mas solicitou ao Rei
que não o expulsasse os jesuítas dos seus domínios. O Conde esqueceu-se de tal pedido
e por decreto de 3 de Setembro de 1759, o brigue “S. Nicolau” saiu com o
carregamento de Jesuítas para Itália.
O já Conde de Oeiras (Decreto de 15 de
Julho de 1759), não suporta o comportamento do apostólico representante do
papado em Lisboa e manda-o embora de Portugal, fazendo regressar a Lisboa o
embaixador em Roma, Francisco de Almada.
Confrontação com o Papa, era manifesto
que a sua inteligência superior não ligava com mentes redutoras.
O Conde de Oeiras acreditava
convictamente que era na Jenisteca que transmitia um espírito de fanatismo e
que a subserviência às vontades de Roma tinham conduzido Portugal a um Estado
Decadente. Se o Beatério continuasse a snifar, metendo o nariz na politica por
influencias beatas e manipulando os devotos em varias áreas de interesse
social, o reino continuaria “ metendo agua”, até se afundar.
Voltando à expulsão do Núncio Cardeal
Acciaioli, foi acompanhado ate a fronteira de Espanha por 30 dragões (o FCP não
existia).
Quanto à Inquisição (a data santa) o
Conde de Oeiras ainda lhes concedeu o prazer da execução de um C??? de Fé, a
vitima foi, o Padre Malagrida e pouco tempo depois o Inquisidor geral (o irmão
bastardo do Rei4 ) juntamente com ou m seu irmão seu irmão
(menino de Palhavã), vão a banhos desterrados para as matas do Buçaco e por lá
ficaram ate que lhes deles se esquecessem.
4 Um dos muitos de D .João
V
A nobreza e o clero ficaram
definitivamente subjugados pelo poder real.
Seguindo o exemplo de Portugal, a Françça,
a Espanha e Nápoles expulsando os Jesuítas e Clemente XIII morreu aterrado (o que vem a ser isto? E
pimba caiu de lado) .
De novo saiu fumo branco e sucedeu-lhe
Clemente XIV e em 1773 este, recém eleito, aceitou a medida proposta, pelo
Marquês de Pombal (por decreto de 16.09.1769). Os Jesuítas foram
definitivamente expulsos do reino, que significou a renovação moral que Seia
deixando embalar na letargia e no fatalismo do castigo divino.
Por estes factos o Marquês tornar-se-ia
admirado e figura de grande influência em toda a Europa.
Confrontou-se com a Espanha e a França
quando o queriam obrigar a sair da neutralidade, na guerra dos sete anos, com
os ingleses.
Se queriam guerra, não hesitou, mandou
vir o Conde de Liphe, um dos mais conceituados oficiais de Frederico da Prússia,
e encarregou-o da organização do exército e regulamentar a sua disciplina.
Fomentou a construção de novos navios que
fortaleceram a nossa marinha, mercante e militar. Apoiou o favorecimento e
apoio ao comércio e à agricultura.
Porém é a Industria que lhes merece
maiores cuidados e como o prova a protecção que dá à Fabrica das Sedas, em
Lisboa, às fábricas de Lanifícios da Covilhã, Fundão e Portalegre ou à Industria
Vidreira da Marinha Grande e outras.
Aboliu a distinção entre cristãos velhos
e novos, e suprimio a escravatura em Portugal Continental.
Mas foi censurado, vejam só por mandar
prender no forte da Junqueira o Bispo de Coimbra, um pobre velhote de nome D.
Frei Miguel da Anunciação que era um dos chefes do partido reaccionário que
protegia uma seita de fanáticos religiosos. Um velhinho não devia ser tratado
assim.
Mas uma das maiores obras do Marquês foi
o impulso que deu à instrução popular. O decreto de 6 de Novembro de 1772
organizava a instrução primária do modo mais completo para o seu tempo.
Estabelecia o princípio do concurso, apoiava o ensino particular. Criava o
Ensino Secundário (viajem dos actuais liceus), convidava as ordens religiosas a
abrir escolas nos seus conventos (mas nada de Jesuitices). Favorecem o ensino superior
criando o Colégio dos Nobres e tratou de reformar a Universidade de Coimbra,
reforma que delegou no reitor nomeado por si, Bispo de Coimbra D. Francisco
Lemos.
Deu-se uma verdadeira revolução no ensino
universitário, para o lixo os legados jesuíticos, e pôr em pratica os processos
mais audaciosos da nova ciência. Foram nomeados sábios, alguns deles
estrangeiros de nomeada.
Para alem das escolas das Escolas e
Universidades nasceu também um Observatório Astronómico, um Jardim Botânico, um
laboratório de Física e Química, um dispensário Farmacêutico, um Teatro
Anatómico e um Museu de Historia Natural. Promove a 1ª Exposição Industrial, em
Oeiras (talvez a 1ª da Europa e do Mundo). Elevou Aveiro à categoria de cidade,
que deixara de ser no reinado do funesto rei D. João III.
De tal modo foi reconhecida a acção do
Marquês que o dia 23 de Outubro de 1772.
A cerimónia de abertura da Universidade
foi a maior homenagem que lhe prestaram. Viam-no como mais como soberano do que
ministro, de quem tinha a consciência de ter prestado ao país e à civilização o
mais elevado e importante de todos os serviços.
A fundação da Imprensa Nacional completa
a obra do Marquês no que se relaciona com o movimento intelectual. Pela sua
acção Portugal tinha saído das trevas da ignorância e do atraso em que
mergulhara.
Antes de 1755 Lisboa era das cidades mais
beatas que se conheciam. Missas por tudo quanto era caso e todas pagas
antecipadamente. Contra a ditadura clerical da Igreja que influenciava ricos e
pobres, só a dita dura do Marquês que fez crescer o país. A frase “enterrar os
mortos e cuidar dos vivos” é reveladora da sua energia e sentido prático.
De toda a Europa “chovem” elogios. Era
causa de admiração quem, neste pequeno reino à beira mar, conseguiu “plantar”
837 Escolas primárias e secundárias e reformar o Ensino, colocando-o ao nível
do que melhor havia no Mundo.
Foi de facto um ditador despótico para a
nobreza ociosa e caduca, para “religiosos” retrógados, para burgueses e gente
do povo amigas do obscurantismo. A dita dura de Sebastião José de Carvalho e
Melo, Conde de Oeiras e Marquês de Pombal (por mérito), é daquelas que preparam
o futuro e abrem as portas ao conhecimento e à liberdade. Porém ENGANOU-SE.
DESPEDIMENTO SEM JUSTA CAUSA:
D. JOSÉ morre a 24 de Fevereiro de 1777.
Dona Maria, sua filha, herdeira do trono,
para quem o Marquês era inimigo, manipulada pela nobreza invejosa e mesquinha e
seus confessores, que há muito preparavam a vingança sórdida, decidiu como que
numa peça em 3 Actos, despedir SEM JUSTA CAUSA, quem tantos e bons serviços
prestara a Sua Majestade seu pai.
- 1º Acto, manda avisar o Marquês de que
não se ocupasse do funeral de El Rei;
- 2º Acto, manda libertar todos os presos
que tinham sido oposição ao seu pai;
-3º Acto, Sem alegar justa causa, sem
qualquer nota de culpa (a não ser o ódio que lhe movia as entranhas) e sem
permitir contraditório ou recurso, demite o Marquês das suas funções,
retira-lhe todos os privilégios e somente lhe concede o direito de receber o
ordenado de 1º ministro e a renda de uma comenda.
Final – Manda retirar o medalhão da
estátua equestre de seu pai e no seu lugar coloca o Brasão de Lisboa (um navio
de velas cheias). O marquês, no seu
retiro de Pombal, para onde tinha sido degredado, ouvia dos seus amigos a frase que corria Lisboa inteira
:- “Agora é que Portugal vai à vela”
A MORTE
Depois de vexames, acusações falsas,
ofensas várias, interrogatórios vis, humilhantes e recursos, teve o perdão
real.
Condená-lo não podia, porque ao fazê-lo
puniria também a memória de seu pai e REI D. JOSÈ I.
Desgostoso e humilhado o MARQUÊS (D.
Sebastião “o Salvador”) morre na noite de 11 de Maio de 1782.
As exéquias solenes foram celebradas na
Igreja do Convento de Santo António, em Pombal, pelo Bispo de Coimbra D.
Francisco de Lemos, seu amigo fiel. Foi
o monge Benedictino Frei Joaquim de Santa Clara
(notável orador) que rezou a oração fúnebre.
A REABILITAÇÂO
Num acto de justiça, por decreto de 1833,
a imagem de bronze do Grande Estadista, Marquês de Pombal, foi recolocada no
pedestal da estátua do Rei D, José I.
No preambulo do decreto constava...”..Que
o Marquês de Pombal fora o português que mais honrou a sua Nação no século
passado……que homens por capricho…com ingratidão incrível fizeram desaparecer a
sua imagem do centro da cidade que ele
reergueu das cinzas e a transformou numa das mais belas capitais do mundo.”
Este decreto foi rubricado pelo Ministro
Cândido José Xavier.
ARFER
Bibliografias :
“Romance
Histórico” de António de Campos Júnior;
O Marquez de
Pombal” de Teófilo Braga;
Textos de
Pinheiro Chagas.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
25 DE ABRIL (1974/2012)
ABRIL EM PORTUGAL
38 ANOS DEPOIS- LIBERDADE?!
Em 25 de Abril a ação do Povo e do MFA foi a chave que abriu as portas da esperança a um povo amordaçado. Trouxe o sabor da palavra LIBERDADE, particularmente, a todos os que nas prisões de Caxias, Aljube ou Peniche, na clandestinidade, nos campos, nas fábricas, nas escolas, nas coletividades, cooperativas e sindicatos sempre resistiram, enfrentando a intimidação e a repressão de um regime fascista, responsável por 13 anos de guerra colonial, pela emigração clandestina de centenas de milhar de portugueses e por uma taxa de analfabetismo não comparável à de qualquer outro país europeu.
Uma esperança que crescia com a Liberdade, feita cravo de junho em 25 de Abril nos canos das espingardas. Este era o sinal de um novo caminho, o início de uma viragem histórica, que mais do que uma recordação é uma luta que persiste, um caminho que, ainda, falta cumprir.
Muito do que foi jurado, em 2 de Abril de 1976, com a aprovação da Constituição da República Portuguesa, não se cumpriu.
E a esta distância não deixa de ser curioso e significativo pensar que no dia 26 de Abril de 1974 todo, ou quase todo o Portugal, era democrata e revolucionário, o que significaria, à priori, que o fascismo, o colonialismo, analfabetismo e a repressão, só faria parte do imaginário de alguns. Esta será uma das primeiras lições a tirar, como cumprir uma constituição tão progressista, com este quadro de hipocrisia?
A segunda lição reflete-se na forma como nos acomodámos a uma democracia representativa e nos esquecemos de estar atentos e lutar, no uso do direito que a Lei Fundamental nos confere, em cada momento crucial para o cumprimento dos Direitos e as Liberdades garantes de uma vida melhor e mais justa para todos.
Com os desgovernos dos que representam os mandantes do regresso ao passado, hoje, já nem todos têm escola, hoje 100 estudantes por dia desistem dos seus cursos universitários, por não terem como pagá-los. Hoje voltámos a ter “homens que nunca foram meninos”, gente no desemprego, fome e medo. O nosso quotidiano é gerido por uma informação distorcida e eivada de inverdades, onde há dita sem contradita e a presença de políticos e comentadores que são hábeis na utilização do tal “Manto diáfano que esconde a verdade “é constante porque o mais importante, para eles, é que todos tenhamos a certeza de que a realidade por que passamos, embora injusta é necessária, ou seja temos que aceitar ser, mais uma vez explorados, convictos de que não há outras alternativas.
Porém o direito de votar é livre, por isso a observação atenta é fundamental para que, na hora de decidir em quem votar, a cruzinha seja colocada no quadradinho certo, com a consciência de que o fazemos pensando que, ao fazê-lo, optámos pelo bem da sociedade de que fazemos parte, tendo em conta o presente e o futuro.
Mas o voto será mesmo um exercício de liberdade, neste contexto de manipulação dos portugueses? Como prenda de ABRIL corresponde a um direito que anteriormente não tinhamos, significando, deste modo uma conquista da Liberdade, mas não é a arma do Povo, como nos tentam fazer crer. Só poderá ser uma arma do Povo, quando a cidadania for um ato real de participação quotidiana na vida coletiva, quando soubermos compreender o mundo em que vivemos e formos capazes de construir um futuro melhor para todo. Nesta cruzada o conhecimento, a memória e o amor são de facto armas eficazes.
Os que nos têm desgovernado nas três décadas pós - ABRIL, contam com o apoio de “Grandes Famílias Grandes Empresas” (Edições D. Quixote), que como se de um jogo de Xadrez se trate, basta-lhes mudar umas pedras no tabuleiro do poder. Manter o Rei, a Rainha e os Bispos, porque as Torres da resistência estão e são limitadas nas ações que o jogo de interesses impõe e, quanto aos Peões, jogam no pressuposto da memória curta, das crises criadas por eles próprios e dos MEDOS que levam à sujeição à Lei da Oferta e da Procura em que os peões são vistos e tratados como mercadoria negociável e descartável.
Se muito protestarem, sacodem-se umas migalhas da toalha da abastança do Poder, com pequenas cedências aqui e ali. Receita conhecida. A política de benesses e comendas, da cunha institucionalizada, do compadrio e silêncios cúmplices, produtora de ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres, torna este canteiro à beira mar plantado (ora sujeito à ingerência externa – autoridade que o povo não lhe conferiu) no país europeu onde as desigualdades sociais são mais evidentes e se acentuam passo a passo.
HÁ QUE DIZER BASTA!... 38 Anos depois onde está a Liberdade?!
O conhecimento e o empenho coletivo são as armas mais eficazes para combater o obscurantismo, as ditaduras camufladas que levam às desigualdades sociais, tenham o nome que tiverem.
Recordar e Viver o ABRIL que floresceu em MAIO, é ter esperança num futuro mais justo, mais fraterno e mais igual. É CONTINUAR A LUTAR PELA LIBERDADE.
ARFER
domingo, 22 de abril de 2012
MÃE TERRA
HÁ CEM ANOS ÉRAMOS 1700 MILHÕES, HOJE SOMOS QUATRO VEZES MAIS.
A água é cada vez mais escassa e a poluição vai aumentando. Curiosamente é do país que mais polui a nossa atmosfera e que mais intensamente tem explorado os recursos do PLANETA AZUL, que nasceu a ideia de que é preciso salvar a Terra. Isto há 40 anos, em 22 de Abril de 1970.
Em 2010, o presidente da Bolívia, Evo Morales, na Assembleia Geral das Nações Unidas, inspirado na tradição boliviana de chamar o planeta de Pacha Mama, que na linguagem quíchua quer dizer “Mãe do Mundo”, em referência à divindade máxima dos povos andinos. sugeriu que data fosse denominada “Dia Internacional da Mãe Terra”, proposta que foi aprovada por unanimidade.
Acham que a Biodiversidade, a Mãe Natureza, teve melhoras desde essa data?
Ou, por ventura de alguns e desgraça de todos, os índices de poluição têm aumentado assustadoramente, com o derrube das florestas, pulmão da nossa MÃE TERRA. MEDITEM...Mas façam qualquer coisa, se nada fizerem, pelo menos passem a mensagem: “ FIM À EXPLORAÇÂO INTENSIVA DA TERRA, QUE È DE TODOS”.
ARFER
SINTESE
Tudo tem um ciclo de vida
A TERRA também o tem.
Não é preciso ser sábio
Para isto se entender
Mas "matar" antes do tempo
Não é fácil perceber.
Há que travar a ganância
E a vil exploração.
Se um dia todos quisermos
unidos pelo mesmo amor.
A Terra será para todos
e o Mundo será melhor.
ARFER
domingo, 8 de abril de 2012
DOMINGO DE PASCOA
SEIS LETRAS APENAS
Podemos ser o que quisermos.
Antes de mais, somos o que somos,
Seremos lembrados por tudo o que fizermos,
Com a certeza de que também erramos.
O princípio e o fim é o certo que nós temos.
A razão porque somos seres humanos.
Que o “P” de Páscoa signifique: - Pão, Paz e Paridade.
ARFER
E COMO "OFERTA", UM POEMA DE:
* FERNANDO TAVARES MARQUES*
PÁSCOA
Era sexta-feira.
Mataram o Homem
porque os incomodava.
Nessa sexta-feira
mataram a vida
que não conseguiam entender.
Um gesto gerador
de tanta “mea-culpa”
que foi capaz de corroer a História
até hoje.
E quantos “matamos” nós
simplesmente porque os não entendemos?
A quantos “julgamentos”
Somos chamados a presidir,
apenas vestidos
Da nossa precária condição de seres humanos?
Saibamos assumir a justiça
da vida plena do outro,
antes que a solidão nos mate,
por falta de eco
no coração de alguém
a quem possamos dizer:
- ALELUIA!
De FERNANDO TAVARES MARQUES
Podemos ser o que quisermos.
Antes de mais, somos o que somos,
Seremos lembrados por tudo o que fizermos,
Com a certeza de que também erramos.
O princípio e o fim é o certo que nós temos.
A razão porque somos seres humanos.
Que o “P” de Páscoa signifique: - Pão, Paz e Paridade.
ARFER
E COMO "OFERTA", UM POEMA DE:
* FERNANDO TAVARES MARQUES*
PÁSCOA
Era sexta-feira.
Mataram o Homem
porque os incomodava.
Nessa sexta-feira
mataram a vida
que não conseguiam entender.
Um gesto gerador
de tanta “mea-culpa”
que foi capaz de corroer a História
até hoje.
E quantos “matamos” nós
simplesmente porque os não entendemos?
A quantos “julgamentos”
Somos chamados a presidir,
apenas vestidos
Da nossa precária condição de seres humanos?
Saibamos assumir a justiça
da vida plena do outro,
antes que a solidão nos mate,
por falta de eco
no coração de alguém
a quem possamos dizer:
- ALELUIA!
De FERNANDO TAVARES MARQUES
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