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terça-feira, 28 de abril de 2015

PUBLICAÇÕES, POR SER ANO DE ELEIÇÕES.


CONTOS DE MENINO – AS ESCOLAS DO LARANJAL, DAS ROSAS E DOS CRAVOS


Os meninos Zézinho e Pedrinho eram alunos da Escola do LARANJAL. Era para esta escola que iam todos os meninos, filhos dos que tinham sido capatazes, guardas, encarregados e homens de confiança da Quinta do Senhor António que morreu (coitado) depois de ter caído de uma cadeira.

Havia, também, ESCOLA DOS CRAVOS, onde estavam os filhos dos trabalhadores da quinta, dos encarregados e de outras profissões que não concordavam com os mandos e desmandos do senhor António e, mais tarde, dos seu herdeiros: O senhor Marcelo e o senhor Silva.

Diziam “cobras e lagartos” dos meninos da Escola dos CRAVOS: – Que eram irreverentes, mal comportados, que protestavam por tudo e por nada, que só faziam malfeitorias e até falavam que os pais deles comiam criancinhas …Vejam só!

Os anos passaram, o Zézinho fez-se José e o Pedrinho fez-se Pedro. O padrinho do José, o senhor Mário, amigo do Frank (lembram-se?) levou-o para “trabalhar” com ele. O mesmo fez o senhor Silva padrinho do Pedro, com o afilhado, que para além de lhe ensinar uns truques o levou para “trabalhar” com ele, na esperança de, no futuro, quando governasse a quinta, os “meninos do LARANJAL”, já crescidos , tomassem, com ele, conta da quinta toda ( até já tinham criando um Banco e tudo).

Numa outra escola, que era a das ROSAS, cujo diretor e gerente era o senhor Mário, que castigava expulsava quem “brincasse” ou “alinhasse” com os meninos da escola dos CRAVOS, e lhes garantia que quando, já preparados (ou não), saíssem teriam bons empregos e eram industriados para, no futuro, conjuntamente com os ex-meninos da escola do LARANJAL tomarem conta dos negócios da ex-Quinta do senhor António, alternando periodicamente a sua gerência. Se o senhor Mário não queria nada com os “meninos “ da escola dos CRAVOS ( porque quando era menino andou lá e não o deixaram ser chefe de turma), o senhor Silva tinha um sonho, ser chefe com um administrador seu discípulo da escola do LARANJAL.

Os meninos da escola dos CRAVOS, já crescidos, seguiram o caminho dos seus pais, protestando, exigindo liberdades, direitos e deveres iguais para todos. Por isso os pais deles, alunos no tempo em que a quinta era do senhor António, foram presos, deportados e espancados, mas como agora isso pareceria mal aos donos das grandes quintas em redor, não podem fazer o mesmo que fizeram aos pais deles. Assim os ex-meninos das escolas do Laranjal e das Rosas não podendo mandar prender quem protesta, vingam-se (são vingativos pela surra) distribuem entre si os empregos mais bem pagos e como são donos dos Bancos os outros ex-meninos têm juros mais altos a pagar, aumentam-lhes os impostos, mandam-nos para o desemprego e até lhes tiram as casas e as empresas. Protesta-se, mas eles vão sonhando com os tempos Antoniensis.

A realização do sonho do senhor Silva, foi toda tramada pela “surra” ENTRE O José o Pedro e os padrinhos. Quando o José era o gerente da quinta (com o apoio do senhor Mário) sabendo da vontade do administrador (o chefe) e lembrando-se dos tempos em que eram colegas no LARANJAL decidiu-se, chamou Pedro e disse-lhe: – … Vais continuar a fingir que estás contra mim e Pedro, agora é que vamos realizar o sonho do nosso chefe (senhor Silva), ser ele o patrão e tu o gerente. E assim foi, o José, com o apoio dos apoiantes do Pedro, fingiu que a quinta ia à falência, pediu dinheiro emprestado a uns usurários (tipo penhoristas), acordou com eles fazer tudo o que eles mandassem e disse ao Pedro: .”…Toma conta da quinta mais o senhor Silva, continua a fingir que não és meu amigo e quando protestarem contra as malfeitorias que tiveres de fazer, dizes que a culpa foi e é toda minha, que tem de cumprir o que eu prometi, para o bem e a honra do nome da nossa QUINTA.

Assim foi, mas isto não fica por aqui, a saga dos contos de menino continuará.
ARFER - 2010

EM 2011

 ACONTECE A TAL CONVERSA HAVIDA NA PRAÇA  "1º DE MAIO".

CONVERSAS DA PRAÇA " 1º DE MAIO"

Estavam dois homens falando 
Na esquina daquela praça
Completamente alheados
Da gente que por lá passa.
Provavelmente falavam
De casos das suas vidas
Mas quando passei por eles
No espaço de um segundo,
Escutei…não foi por mal
Que a conversa afinal
Que eu pensava ser banal
Tinha um interesse profundo.
Falavam de indignidade,
Da fome que há no Mundo.
Parei disfarçadamente
Um pouco distanciado.
Ouvi então um dizer:
“Aprovou-se o “Orçamento”
Discute-se agora o PEC 
Eu penso a cada momento
Que é preciso outro PREC.
E disse o outro:
Estas crises financeiras
Maquinadas à distância
Não são mais que roubalheiras
Fruto de muita ganância
Dos donos do Capital.
Os pobres ficam mais pobres
E o desemprego aumenta
Se isto continua assim
A gente não aguenta.
Então disfarçadamente
Passo a passo dali saio.
E recordei aquele ABRIL (74)
E os cravos do mês de Maio.

ARFER

ESCRITAS EM OUTUBRO DE 1985. A memória coletiva por vezes é curta, daí a intenção de as publicar. Lembram-se? Quem foi eleito primeiro ministro e tomou posse em Novembro desse ano? Quem se lembrar, faça o enquadramento. Para melhor enquadrar (porque vêm aí as eleições) é quem, protegendo até aos limites da inconstitucionalidade o atual governo, vê a sua “obra”, delineada em pensamento, quase completa. Felizmente ainda não completa.

Evitei as 13, daí serem 14 as QUADRAS SOLTAS:

1.Tal como antigamente/os outros são todos maus/se eu não for presidente/o país será um caos.

2.Já, também, o SALAZAR/e depois Marcelo Caetano/repetiam esta frase/cem vezes em cada ano.

3.Assim tentam demonstrar/os “democratas” que são/os outros são todos maus/nós é que temos razão.

4.Pois, que importa o desemprego?/A injustiça social?/São coisas sem importância!/Tudo isso é natural.

5.Parem-se barcos e fábricas,/reduzam-se a produções./Nós pagamos subsídios,/a CEE dá milhões.

6.Nós concedemos favores/desde que haja sossego/somos país de “setoures”/que vão para o desemprego.

7.Aos reformados só basta,/na véspera das eleições,/oferecer-lhes umas férias/e dar-lhes mais uns tostões.

8.Aos estudantes, é fácil./Prometer não custa nada./É manter-lhes por um tempo/ a vida facilitada.

9.Também aos desempregados,/nós faremos referência./Falaremos da “retoma”/e de empregos com urgência.

10.aos filiados da CAP,/agricultores e rendeiros,/no direito aos subsídios/serão vocês os primeiros.

11.Este é o nosso programa,/com o PEDIP e o FEDER/construímos muita estrada/e ficamos a dever.

12.E quando o dia chegar/de pagarmos, sem apelo,/cederemos o poder/e outros virão faze-lo.

13.Nessa altura, então seremos/verdadeira oposição,/bastando que os acusemos/de uma má governação.

14.E como é falha a memória,/só alguns se irão lembrar./Então, repete-se a história/VOLTAMOS A GOVERNAR!

ARFER


sexta-feira, 24 de abril de 2015

25 DE ABRIL - 1974/2015

2015 -ABRIL EM PORTUGAL
           
          14975 dias DEPOIS - LIBERDADE?!                                                                 
Parece que foi “ontem” que aquela madrugada aconteceu e  nos deu a conhecer o sabor da palavra LIBERDADE, particularmente, aos que nas prisões de Caxias, Aljube ou Peniche, na clandestinidade, nos campos, nas fábricas, nas escolas, nas coletividades, cooperativas e sindicatos sempre resistiram, enfrentando a intimidação e a repressão de um regime fascista, responsável por 13 anos de guerra colonial, pela emigração clandestina de centenas de milhar de portugueses e por uma taxa de analfabetismo não comparável à de qualquer outro país europeu. 

A esperança que crescia com a Liberdade marcou o início de uma viragem histórica que, hoje, mais do que uma recordação, é uma luta que persiste, um caminho que, ainda, falta cumprir. Muito do que foi jurado em 2 de Abril de 1976, com a aprovação da Constituição da República Portuguesa, não se cumpriu.


A esta distância não deixa de ser curioso e significativo pensar que no dia 26 de Abril de 1974 todo, ou quase todo o Portugal, era democrata e revolucionário, o que significaria, à priori, que o fascismo, o colonialismo, analfabetismo e a repressão, só faria parte do imaginário de alguns. Esta será a primeira das lições a tirar de como não cumprir a Constituição, por todos votada (com o não do CDS de Freitas do Amaral, delfim de Marcelo Caetano, hoje à esquerda do PS actual) que opinião ter com este quadro de hipocrisia?


Se antes a ANP ou União Nacional representava o poder constitucional e legislativo, hoje são os partidos do “arco da governação” detentores desse poder, que hoje já falam em “EXAME PRÉVIO” a ações a praticar pelos órgãos de informação, como prenúncio da entrada ao serviço da COMISSÃO DE CENSURA  extinta, exactamente, há 41 anos.


A segunda lição reflete-se na forma como nos acomodámos a uma democracia representativa e nos esquecemos de estar atentos e lutar, no uso do direito que a Lei Fundamental nos confere, em cada momento crucial para o cumprimento dos Direitos e as Liberdades garantes de uma vida melhor e mais justa para todos.


Com os desgovernos dos que representam os mandantes do regresso ao passado, hoje há filas de cidadãos à espera de uma sopa,  hoje já nem todos têm escola, hoje 100 estudantes por dia desistem dos seus cursos universitários, por não terem como pagá-los. Receio que neste HOJE voltemos a ter “homens que nunca foram meninos”, em que o volume de gente no desemprego  cresce dia a dia, tal como a fome e medo.                                                             

O nosso quotidiano é gerido por uma informação distorcida e eivada de inverdades ( deturpação ou omissão da verdade), onde há dita sem contradita e a presença de políticos e comentadores, hábeis na utilização do tal “Manto diáfano”, que esconde a verdade, é predominantemente usado, porque o mais importante, para eles, é que todos tenhamos a certeza de que a realidade por que passamos, embora injusta é necessária, ou seja temos que aceitar ser, mais uma vez explorados, convictos de que não há outras alternativas. 


Este ano (2015) é ano de eleições e, por enquanto, direito de votar é livre.  Assim a observação atenta é fundamental (que a memória não seja curta) para que, na hora de decidir em quem votar, a cruzinha seja colocada no quadradinho certo, com a consciência de que o fazemos pensando que, ao fazê-lo, optámos pelo bem da sociedade de que fazemos parte, tendo em conta o presente e o futuro.


Mas o voto será mesmo um exercício de liberdade, neste contexto de manipulação dos portugueses? Como prenda de ABRIL (que foi) corresponde a um direito que anteriormente não tínhamos, significando, deste modo uma conquista da Liberdade, mas  não é a arma do Povo, como nos tentam fazer crer, e só poderá ser uma arma do Povo, quando a cidadania for um ato real de participação quotidiana na vida coletiva, quando soubermos compreender o mundo em que vivemos e formos capazes de construir um futuro melhor para todos. Nesta cruzada o conhecimento, a memória e o amor são de facto armas eficazes. 


Os que nos têm desgovernado nas quatro décadas pós - ABRIL, contam com o apoio do poder financeiro que,  por sua vez, tem sido duplamente recompensado. Porem nos últimos anos de crise programada, esse poder financeiro descapitalizou o país (em benefício de alguns) lesando gravemente a grande maioria dos portugueses.     Governam como se de um jogo de Xadrez se trate, basta-lhes mudar umas pedras no tabuleiro do poder. Manter o Rei, a Rainha e os Bispos, porque as Torres da resistência estão e são limitadas nas ações que o jogo de interesses impõe e, quanto aos Peões, eles jogam no pressuposto da memória curta, das crises criadas por eles próprios e dos MEDOS que levam à sujeição da Lei da Oferta e da Procura em que os peões são vistos como números e tratados como mercadoria negociável e descartável. 

Se muito protestarem, sacodem-se umas migalhas da toalha da abastança do Poder, com pequenas cedências aqui e ali, a receita é conhecida. A política de benesses e comendas, da cunha institucionalizada, do compadrio e silêncios cúmplices, produtora de ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres, que tornam este canteiro à beira mar plantado (ora sujeito à ingerência externa – autoridade que o povo não lhe conferiu) no país europeu onde as desigualdades sociais são mais evidentes e se acentuam passo a passo.

Como se não bastasse fazem um ataque sem precedentes ao Poder Local, uma das conquistas mais significativas de ABRIL.

HÁ QUE DIZER BASTA!...(ã mentira, arrogância e prepotência) - 41 Anos depois onde está a Liberdade?

O conhecimento e o empenho coletivo são as armas mais eficazes para combater o obscurantismo, as ditaduras camufladas que levam às desigualdades sociais, tenham o nome que tiverem.

Recordar e Viver o ABRIL que floresceu em MAIO, é ter esperança num futuro mais justo, mais fraterno e mais igual. É CONTINUAR A LUTAR PELA LIBERDADE.

ARFER



quarta-feira, 22 de abril de 2015

DIA MUNDIAL DO LIVRO


            23 de ABRIL - DIA MUNDIAL DO LIVRO                         E DOS DIREITOS DE AUTOR
Celebra-se hoje, em todo o Mundo, o dia Mundial do LIVRO, iniciativa destinada a promover o livro e combater a iliteracia (palavra distinta). Em todos os dias do ano, nasceram e morreram grandes escritores, só os autores de língua latina e as suas obras preencheriam o desígnio de, em vez do dia Mundial, comemorarmos o ANO MUNDIAL DO LIVRO.

Inicialmente a data escolhida foi 7 de Outubro de 1926, para comemorar o nascimento do autor MIGUEL CERVANTES. Em 1930, a data passou para 23 de ABRIL, dia da morte de CERVANTES. O mundo é assim, é depois da morte que se comemora a vida, o reconhecimento do grande valor de muitas obras literárias e artísticas (alguns autores morreram na miséria) só é concedido depois da morte física.

Este dia emblemático escolhido pela UNESCO, assinala a morte de MIGUEL CERVANTES, o nascimento de VLADIMIR NABOKOV e, também, o nascimento e a morte de WILLIAM SHAKESPEARE. Vá lá…morte e nascimento.

TRADIÇÕES: O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril, dia de São Jorge. Esta data foi escolhida para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas uma rosa vermelha de São Jorge e recebem em troca um livro.

MAS LOUVE-SE O LIVRO E A MAGIA QUE ELE CONTÉM, A PALAVRA QUE ELE NOS TRAZ, AQUELE SENTIMENTO DE PARTILHA E CUMPLICIDADE QUE NOS TRANSMITE QUANDO O FOLHEAMOS. TRANSMITIR ÀS NOVAS GERAÇÕES O VALOR DO LIVRO É UMA RESPONSABILIDADE QUE NOS CABE.

VIVA O LIVRO, O LEITOR E O AUTOR, GÉNIO CRIADOR DE ESCRITOS QUE NOS TRANSMITEM CONHECIMENTO, NOS FAZEM SONHAR E POR VEZES VOAR NUM INFINITO MÁGICO.


Depois, encontrei a BIBLIOTECA e perguntei: 
- QUEM ÉS TU BIBLIOTECA?


- Eu sou a guardiã do passado, do presente e do futuro …

Tenho no meu seio, as Memórias dos Homens, o seu imaginário criador da esgrima da palavra, em prosa e poesia.

Guardo dicionários de todas as línguas, enciclopédias e livros temáticos das ciências e artes.

Sou um elo da transmissão do SABER e da CULTURA, alimento regenerador e formador de gerações. O meu conteúdo é o “adubo” que fortalece o HOMEM face aos “ditadores de vão de escada” e de todos aqueles que fomentam a ignorância , tendo em vista a dominação e usurpação da LIBERDADE dos povos.

A CULTURA E O SABER SÃO SINÓNIMO DE LIBERDADE.

- Sabes, disse-me a BIBLIOTECA, agora tenho a minha irmã digital que chega a todos os cantos do MUNDO e me tem ajudado neste “trabalho” incessante, de séculos, que vai resistindo aos que aqui e ali, em diferentes épocas mandaram destruir algumas “células” do meu corpo.

Mas nós resistiremos e em cada canto do PLANETA AZUL HÁ E HAVERÁ SEMPRE UMA BIBLIOTECA QUE ESPERA POR TI !!!

ARFER

GLOBALIZAÇÃO - 1ª ETAPA DE UM CAMINHO

22 de ABRIL O DIA DO ENCONTRO COM O FUTURO * Interrogações e certezas.
- Será que El-Rei D. João II, ao firmar o Tratado de Tordesilhas, já sabia da existência de novas terras a Ocidente e a Sul do Equador? – A norte tinha a certeza. E como prova, as idas à Terra Nova dos portugueses na demanda do Bacalhau.

O Caminho da Índia era conhecido devido às informações trazidas por Diogo Cão e pelo seu espião de serviço (007) Pero da Covilhã.

Porque terá rejeitado os serviços que lhe foram propostos por Cristóvão Colombo?

Quanto ao dia de hoje, 515 anos após o achamento do que chamaram de Monte Pascoal, depois Terras de Vera Cruz e mais tarde 1511 (finalmente) Brasil. Esse primeiro contacto entre povos com culturas e hábitos diferentes é descrito de forma brilhante pelo cronista PERO VAZ DE CAMINHA, escrivão de bordo , no qual consta, cito:-“E assim seguimos nosso caminho, por este mar, de longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, estando da dita Ilha obra de 660 ou 670 léguas, segundo os pilotos diziam, topamos alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, assim como outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam fura-buxos. “

Dia 22 de ABRIL:

“Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome – o Monte Pascoal e à terra – a Terra da Vera Cruz” ………………………...

“Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.” Pero Vaz de Caminha” ”(aconselho a leitura do texto integral deste documento histórico, felizmente restaurado).

Este nóvel encontro de povos viria a dar origem à grande amplitude e importância que a língua portuguesa tem, no Mundo.

(Gilberto Freyre justifica o porquê de tão poucos, conseguirem dar origem a esta amplitude do português falado: - “ …a mobilidade e a miscigenação…).

Cá vai a síntese:

A Ocidente o BRASIL, a Oriente Timor.

No meio Angola, Moçambique e Guiné.

Não julguem que me esqueci de Goa, Macau e S. Tomé

E, também, de Cabo Verde, ponto de encontro no Mar.

Povos que têm em comum, o português no Falar.


ARFER

terça-feira, 14 de abril de 2015

CAFÉ - TAMBÉM TEM DIREITO AO SEU DIA!



VIVA O CAFÉ !
"PERFUME DE LIBERDADE"

Seja "Robusta" ou "Arábico"
do Brasil ou de Timor.
Seja forte ou aromático,
quando é feito com carinho,
tem o aroma da FLOR,
no sentido figurado.
No presente e no passado,
sabemos que é verdade,
que é à volta do CAFÉ
que nasce tanta amizade.
Sendo assim já faz sentido,
O convite que te faço ...
VEM TOMAR CAFÉ COMIGO !!!!

ARFER

segunda-feira, 13 de abril de 2015

DIA MUNDIAL DO BEIJO - É HOJE, NÃO OLVIDAR E BEIJAI!

O BEIJO É UMA TERAPIA ACONSELHÁVEL ... HOJE É O DIA MUNDIAL, E NÃO É FERIADO. ASSIM APROVEITAI OS TEMPOS LIVRES NÃO SÓ NESTE DIA, MAS EM TODOS OS DIAS DO ANO.

SENDO ASSIM, PORQUE CONVÉM REPETIR E LEMBRAR, FICAM AS PALAVRAS DITAS, TODOS OS ANOS.
O BEIJO
 O BEIJO no bom sentido
 È um beijo com valor.
 Pode ser um beijo amigo,
 Como pode ser de Amor.

 Mas beijar só por beijar,
 É tornar banal o beijo.
 Mas o beijar com vontade,
 Intensifica  o desejo.

 Dizem que beijo de Judas
 É o beijo da traição.
 Com um beijo não te iludas,
 Pode ser pura ilusão.

 Para  quem recebe ilusão,
 Porque pode imaginar
 Que outros tantos virão
 Da boca que o quis dar.

 Desse momento vivido
 De apenas um fugaz beijo,
 Talvez vazio, sem sentido
 Continua a ser desejo.

 Só com duas consoantes
 E as três vogais que tem,
 Seja longo ou por instantes.
 Um beijo sempre faz bem.

 Se é dado por breve instante
 Pode ser por amizade.
 Então parta já para outro
 E sinta-se em liberdade.

 Se é longo o trato muda
 E então se for prolongado
 Meu amigo não se iluda
 Porque já foi apanhado.


 ARFER



quarta-feira, 8 de abril de 2015

LA LYS - 9 DE ABRIL DE 1918 * A BATALHA

RECORDAR OS QUE VOLTARAM

       9 ABRIL DE 1918 – “BATALHA DE LA LYS”          1ª GUERRA MUNDIAL (1914/1918)

Em 9 de Abril de 1918, nas trincheiras aguardava-se o ataque do exército alemão. Cerca das quatro horas da madrugada o bombardeamento pesado começa a cair sobre as tropas portuguesas (mal armadas e mal alimentadas). Ainda assim, suportam muitas horas de terror e sofrimento, mas resistem e, com essa atitude, atrasam o avanço das tropas alemãs. Morreram, num dia só, mais de dois mil. Terá sido uma derrota útil para os aliados porque atrasou a ofensiva alemã.
AS GUERRAS SÃO E SERÃO SEMPRE UMA DERROTA PARA A HUMANIDADE.                                   


 ARFER 

RECORDAR OS QUE FICARAM


terça-feira, 7 de abril de 2015

SAÚDE NÃO SE COMPRA,NEM SE VENDE.

7 de ABRIL de 2015- Tema "Segurança Alimentar"

O governo "carinhosamente" cuida da SEGURANÇA ALIMENTAR DOS PORTUGUESES


É DIA MUNDIAL DA SAÚDE

SAÚDE DO “EU” DEPENDE DO BEM-ESTAR DA “EMBALAGEM”, OU VICE-VERSA.


A SAÚDE TEM CINCO LETRAS
TAL COMO OS DEDOS DA MÃO
E CINCO SÃO OS SENTIDOS
DIZ-NOS A VOZ DA RAZÃO,

QUE:


SORRIR FAZ BEM À SAÚDE

MAS SÓ SE TIVER SENTIDO
PORQUE UM SORRISO FORÇADO
É UM SORRISO VENDIDO.

SE A SAÚDE NÃO SE COMPRA

UM SORRISO NÃO SE VENDE
TER SAÚDE E SER FELIZ
É ISSO QUE SE PRETENDE.

SAÚDE, COM QUALIDADE

SÃO PROMESSAS DOS ELEITOS
PORQUE DEFENDEM CONCEITOS
ONDE NÃO CONSTA A IGUALDADE.


POR ISSO AMIGO, AMIGA
CAMARADA, COMPANHEIRO
LUTA PELO QUE ACREDITAS
QUE A SAÚDE ESTÁ PRIMEIRO.


ARFER

segunda-feira, 6 de abril de 2015

MOÇAMBIQUE . MULHER

É DIA FESTIVO !!!

DATA DA MORTE FÍSICA DE UMA MULHER QUE LUTOU PELA SUA EMANCIPAÇÃO



Josina Machel (em solteira, Josina Muthemba) foi uma das jovens que na juventude fugiu de Moçambique para se integrar na Frelimo e lutar pela independência do seu país. Em 1969, Josina casou-se com Samora Machel Primeiro presidente de Moçambique, a quem deu um filho, mas morreu no dia 7 de Abril de 1971, vítima de doença. Com a independência de Moçambique, este dia foi consagrado como o Dia da Mulher Moçambicana.
 

A cidadania é muito mais que o direito de votar, implica a igualdade de oportunidades, principio que vigora desde a primeira Constituição de Moçambique (1975) mas que é melhor explicitado no artigo 67º da Constituição de 1990, cito: - “O homem e a mulher são iguais perante a lei em todos os domínios da vida política, económica, social e cultural.”

Malangatana Valente Ngwenya, DEDICA GRANDE PARTE DA SUA OBRA À mulher MOÇAMBICANA, vê-a como um pilar da sociedade, assumindo frequentemente o papel de pai e MÃE, enfrentando no dia-a-dia a parte maior das dificuldades que a vida impõe. Nesta frase, o Mestre, revela o seu sentir “não estou desiludido com a mulher com quem casei. Ela é superior a mim".

Hoje é dia de celebração, é feriado em Moçambique, que seja, também, de consolidação e esclarecimento quanto à caminhada a fazer para que augurem, num futuro próximo, a equidade de oportunidades a que têm direito.

ARFER

Escolhi estas palavras de JOSÉ CRAVEIRINHA, Extraídas de: “CRAVEIRINHA, José. Obra Poética. Maputo: Direcção de Cultura, Universidade Eduardo Mondlane, 2002. .
 


REMENDOS DE ESTRELAS

Remendos de estrelas

passajadas no espaço

reconstroem todo o céu.

Mãe:

E se não houvesse estrelas

se o teu ventre me não gerasse

e se o céu em vez de infinito

fosse de pergamóide azul?


Que espécie de poesia, mãe

faria um poeta que não renuncia

exatamente como eu

à cor com que nasceu?

JOSE CRAVEIRINHA