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quarta-feira, 24 de maio de 2017

ÁFRICA - TERRA MÃE DA HUMANIDADE!


TEXTO COM PUBLICAÇÃO ANUAL ( DESDE 2005)
DEVIDO  À  IMPLEMENTAÇÃO, FORÇADA, DAS DITAS "PRIMAVERAS", TENDO EM VISTA  A  AQUISIÇÃO DE MATÉRIAS PRIMAS (A PREÇOS MÓDICOS), FOGEM DA LÍBIA, UM PAÍS VANDALIZADO, MILHARES DE CIDADÃOS,QUE MORREM ÀS CENTENAS NO "MARE NOSTRUM".




25 de Maio: Dia de África

Comemora-se a 25 de Maio, o Dia de África, a data foi instituída pela “Organização da Unidade Africana” em 1963. Em Julho de 2002, esta organização foi substituída pela “União Africana”. A União Africana (UA) foi fundada em 2002 e é a organização que sucedeu a Organização da Unidade Africana. Baseada no modelo da União Europeia (mas atualmente com atuação mais próxima à da Comunidade das Nações), ajuda na promoção da democracia, direitos humanos e desenvolvimento na África, especialmente no aumento dos investimentos estrangeiros por meio do programa “Nova Parceria para o Desenvolvimento da África”. Seu primeiro presidente foi o presidente sul-africano Thabo Mbeki.

Objetivos da Organização de Unidade Africana:

A União Africana tem como objetivos a unidade e a solidariedade africana.

Defender a soberania dos Estados africanos e a sua integração económica, além da cooperação política e cultural no continente.

25 DE MAIO -DIA DE AFRICA - 1ºTEMA

A divisão territorial do continente africano -    independências ou dependências
A destruição ou desagregação cultural de um povo pela força é como que uma agressão à natureza e pode causar danos e desequilíbrios tais, que produzirão, a médio e longo prazo, efeitos devastadores.
O Homo-Sapiens nasceu em África, partiu para a Ásia e, de lá, para o resto do mundo.
A partir do momento em que, por causas naturais, se formou a barreira arenosa do deserto, tudo se alterou. Ficaram a Norte a civilização dita mediterrânica, a Leste os nilotas (egípcios, sudaneses e etíopes) e a Sul os subsaarianos.
Os “brancos” do Norte e os “pretos” do Sul de África fizeram a sua História, com estruturas sociais, politicas e económicas próprias, factos que nos foram e vão sendo dados a conhecer através dos contextos etnográficos e de estudos científicos nas áreas da Antropologia e Arqueologia.
Na Europa, pouco se sabia de África até ao século XV. Navegadores portugueses iam explorando a costa Atlântica e os Emissários que viajaram até à Etiópia e provavelmente até às costas de Índico, deram, então, conta da existência de estados organizados, como o da Etiópia e do velho império de Kanem, com o Mali e o Songay, a maior de todas as concentrações do velho Sudão, que tinha um estrutura proto feudal, governada por doze príncipes, que dominaram esses vastos territórios, durante várias gerações.
Na costa ocidental, estabelecem-se relações amistosas com o grande reino do Congo, sendo, até, um dos seus súbditos nomeado Bispo pela Santa Sé. O primeiro Bispo da Africa Negra.
E o que dizer das prósperas cidades da costa oriental – Quelimane, Mombaça, Kilwua, Zulu e Brava – que comercializavam com todo o oriente – mundo árabe, Índia e China – ou das muralhas e torreões do grande Zimbabwé e do Império Monomotapa.
África, a sul do Saara, tinha estruturas e hierarquias próprias, provavelmente ainda sem fronteiras definidas, mas também a Europa só no século passado o conseguiu. No Sec. XV quantos europeus conheciam a escrita?
No século XIX, cerca de oitenta por cento dos europeus eram analfabetos.
A destruição de cidades, a procura desenfreada de escravos, com destino às Américas e Ásia, tal como as investidas dos europeus, ainda que até a algumas dezenas de quilómetros da costa, levaram esses povos a deslocarem-se, cada vez mais, para o interior e a combater entre si, na procura de territórios onde se pudessem fixar, o que terá sido o princípio do desmoronamento das estruturas sociais e políticas, ainda numa fase embrionária.
Mas é no século XIX que é dado o golpe de misericórdia.
Com a denominada Revolução Industrial em curso, os europeus viram África como potencial reservatório das matérias-primas de que necessitavam e em função dos seus interesses económicos decidiram retalhar o continente africano, a seu belo prazer.
Não tiveram em conta as raízes culturais, as fronteiras e as estruturas políticas e sociais dos povos de África. Sete decénios depois concederam-lhe uma falsa independência, carregada de dependências e geradora de conflitos permanentes, em geral alimentados pelas potências interessadas nas suas riquezas. De colonizadores passaram a “Clientes” e “Fornecedores” privilegiados, num crescendo aumento da exploração, a custos reduzidos.
Até que o mapa de África seja redesenhado, as hierarquias se recoloquem, porque as culturas estão lá, a situação de instabilidade mantém-se. Provavelmente será trabalho de mais de uma geração. Uma tarefa ciclópica para um povo debilitado pelas guerras, pela fome, pela SIDA, a Malária e outras maleitas.
Com elites políticas, cada vez mais ricas, profundas desigualdades sociais, cada vez mais dependente de ajudas humanitárias e outras, provenientes de entidades e países que dispensam uma pequena parte dos seus lucros vindos exactamente da exploração dos estados africanos ”independentes”. Mas, de facto, cada vez mais DEPENDENTES.

             DIA DE AFRICA - 2º TEMA

Várias etapas nas relações políticas e económicas        com ex-colonizadores e outros.

Em dezoito anos, desde a independência do Gana em 1957, à queda do império colonial português de 1974/1975, configuraram-se os mapas de quase todos os estados negros-africanos, com a excepção do Zimbabwé, em 1980, e a Namíbia, em 1990. Neste curto período de tempo sucederam vários golpes de estado, sempre quase induzidos pelas antigas potências colonizadoras. Grã-Bretanha e França com o apoio dos E.U.A, interessados no domínio económico e estratégico, nunca disfarçaram os seus actos de ingerência na política e na economia das ex-colónias. É bem visível que para estas potências colonizadoras em África o objectivo foi outorgar a independência política para confirmar e controlar melhor, eliminadas as pressões internacionais e silenciados os movimentos independentistas, sem que alguma vez tenha sido sua intenção conceder a soberania política às suas colónias africanas para que os novos estados viessem a poder usar livremente os recursos económicos, em seu (deles) benefício.
Independizar   tratou-se, evidentemente, de legalizar a submissão aos interesses do ex-colonizador, para uma exploração continuada, a custos reduzidos e proveitos a sobre dimensionar.
Se antes os jovens estudantes, licenciados e doutorados nativos, se fixavam nas colónias a expensas do colonizador, hoje os estados independentes pagam essa formação e exportam essa mais-valia sem qualquer proveito. Há centenas de milhar de africanos de diversas origens e profissões, licenciados e doutorados, médicos, enfermeiros, veterinários a trabalhar fora de África.
Excluindo os países africanos de expressão portuguesa os sistemas políticos, na História da África Negra independente, passaram por quatro etapas, por vezes com os mesmos personagens, agindo de forma diversa. Na primeira geração de dirigentes políticos eleitos democraticamente, destacam-se Kwane Nkrumah, Houphouet-Boigny, Sekou-Touré, Julis Nyerere, Mobido Keita, Joseph Kasavubu, e Leopold Sengor, dirigentes respeitados.
Alguns destes dirigentes prosseguem na segunda etapa, mas juntam-se-lhes chefe militares que tomam o poder pela via do golpe de estado, tais como Mobuto Seze-Seko, Jean Bedel Bokassa, na República Centro Africana, Idi  Amim Dada, no Uganda, Joseph Ankrah, no Gana.Todos têm princípios que são comuns. Assumem-se chefes de estado, fundam um partido único, proíbem a existência de todos os partidos ou organizações politicas, eliminam ou anulam os potenciais adversários.
Só o Gana, Botswana e o Senegal mantiveram os partidos políticos e a realização de eleições democráticas, ficando pela 1ª etapa.
Na terceira etapa, de pouca duração, surgem alguns militares, que embora assumam o poder em sequência de um golpe de estado mostram-se dispostos a governar com honestidade e respeito pelos princípios humanos, como Jerry Rawlings, Thomas Sankara e Samud Doe.
A mais recente, ou seja a quarta etapa, a actual, surge na sequência do fim da denominada guerra-fria.
O pluripartidarismo torna-se moda, com ou sem convicção, com verdade ou sem ela, o ditador torna-se democrata. É a hora dos convertidos e distinguem-se Kennett Kuanda, Omar Bongo, Mathieu Werekou, Teodoro Obiang, Sassou-Nguesso e Paul Biya.O caminho não tem obstáculos.

África tem petróleo, é um grande depósito de matérias-primas, um mercado especial a explorar e é principalmente um grande cliente de excedentes bélicos da poderosa indústria de guerra e na área dos serviços, na concentração de mercenários e conselheiros políticos e militares.
É na sequência dessa aura de democracia pluripartidária, de ventos de liberdade, que nesta quarta etapa se produz um novo fenómeno – a era do híper-banditismo e das milícias armadas, das origens mais diversas. África torna-se um “mundo” armado e armadilhado. O tráfico de armas e a criação de pequenos e grandes exércitos torna-se comum. A criança  soldado é uma circunstância comum, tal qual o são os pequenos e grandes massacres.
Quem lucra?
O Fundo Monetário Internacional, as multinacionais, os pequenos e médios ditadores e, principalmente, o país que lidera o projecto utópico do mundo global.
É um facto que os golpes de estado vão rareando, porém é evidente que o pluripartidarismo não está a ser solução. É parte do problema. As autonomias culturais e étnicas, no real sentido do seu significado, talvez sejam parte da solução.
O que acontece de facto é que há um fosso em crescendo entre o poder e as populações.
Perdeu-se a fé nos dirigentes, capazes de resolverem os seus “problemas”, mas incapazes de satisfazer as necessidades de um povo descrente.
As relações actuais, com os ex-colonizadores e os Outros ( 0s novos colonizadores”, os africanos, estão num plano de subalternidade e, nalguns casos, de quase absoluta dependência. O endividamento externo cresce ao ritmo da miséria das populações. Muitos deles encontram a solução “fugindo” em embarcações e jangadas na procura do “el-dorado” europeu e, conforme os relatos que nos vão chegando, em muitos casos encontram a morte no caminho.
Mas, tudo tem solução, os africanos encontrarão um dia o seu caminho. E, tal como grandes impérios, por mais poderosos que foram ou são, tiveram ou terão o seu fim de ciclo. África também chegará ao fim do seu pesadelo.

ARFER 2005

Portugal em África  / Moçambique

A colonização africana, levada a cabo pelos portugueses, foi um processo relativamente lento. Depois das campanhas do Norte de África, em meados do séc. XV, dão-se início às viagens exploratórias da Costa Ocidental Africana. Assim vão-se estabelecendo feitorias ao longo da orla marítima da Costa Ocidental de Africa e construindo algumas fortificações militares, como o Castelo da Mina, no Golfo da Guiné, que mais tarde serviriam como bases de apoio ao “ caminho marítimo para a Índia”, cujo objectivo se atingiu em 1498.

Durante séculos a relação com esses povos africanos, baseava-se no comércio e na evangelização, umas vezes de forma pacífica e outras de forma violenta.

Com a colonização das Américas, houve incursões ao interior, principalmente na Costa Ocidental, tendo em vista o recrutamento de braços de trabalho baratos, ou ainda a captura de indígenas com destino ao comércio de escravos, na maior parte das vezes fornecidos por chefes tribais, a troco de quase nada.

Porém, na costa Leste, a do Indico, que vou contextualizar neste trabalho, onde a perniciosa influência dos Europeus, se fez sentir, nos povos que lá viviam, no limiar do séc. XVI, quando a 2ª Armada Portuguesa, a caminho da Índia, por lá passou.

Na costa africana, banhada pelo Índico, sempre houve contactos com outros povos, árabes, africanos e asiáticos, principalmente chineses.

Escritos árabes do Sec.X, confirmam a existência de contactos, comerciais, com os povos do extremo sul do canal de Moçambique, designado por “Bilad as Sofala”.

Segundo relatos árabes e chineses, armadas constituídas de grandes barcos vindos do Império Chinês faziam comércio regular com as prósperas cidades da Costa Oriental de Africa. É, contudo, no período MING que atingem maior intensidade, em fins do Sec. XIV e durante quase todo o Sec. XV. Só três séculos depois os europeus construiriam navios de tal tamanho.

Por razões que são do foro da história chinesa e não da história africana, em fins do Sec. XV o então imperador chinês ordenou o encerramento de todos os estaleiros e a destruição de todos os barcos, mandando prender todos os marinheiros que neles navegassem.

Daí que a presença dos quatro pequenos navios, num porto que devia ter sido Quelimane, não causassem espanto, já que navios bem maiores os tinham visitado. O que acharam notável, foi terem vindo do Sul.

Passaram Kilwa e Mombaça, cidade grande e rica, de casas brancas, tão grande quanto Lisboa. De Kilwa escreve Duarte Barbosa em 1501 “ Kilwa é uma cidade mourisca com muitas e belas casas de pedra e cal, com muitas janelas à nossa moda, muito bem ordenadas as ruas.” Três séculos depois um poeta Swahili escrevia “ os nichos onde se ostentavam porcelanas, criam agora uns filhotes, as aves bravias.”

Depois destas visitas, Vasco da Gama encontra em Melinde um piloto que levará os portugueses até à Índia (Calecute).

Na 2ª viagem (1502), Vasco da Gama, desta vez com uma esquadra de mais de 20 navios, impõem que seja pago um tributo anual, em oiro, ao Rei de Portugal e obediência futura. Não vendo cumprida a sua ordem e encontrando resistência, ataca Kilwa, Mombaça, Zeila e Brava. Conta Duarte Barbosa:- “Os portugueses destruíram tudo, chacinando grande parte da população e levando alguns cativos..”. Noutro documento, uma carta do Rei de Mombaça ao Rei de Melinde, ao voltar à cidade.”Nem uma coisa viva, homem ou mulher, velho ou novo, nem sequer uma criança por mais pequena. Todos os que não tinham conseguido fugir a tempo, foram mortos ou queimados.”.

Duzentos anos passados, nos Séculos XVII a XIX, a Europa tinha evoluído na Indústria, no Comércio e na Ciência, a Africa não só não evoluiu em paralelo, como voltou atrás no tempo.

O tráfico de escravos atingiu uma escala tal, que se tornou degradante. Era necessário propagandear que o escravo preto era sub-humano, selvagem e desenraizado. Os estuários do Limpopo, do Rovuma e do Zambeze passaram a ser porto de embarque de escravos, com destinos vários, em vez de bens de uso e consumo. Moçambique passou a ser território fornecedor de escravos para  as colónias inglesas, francesas e para o Brasil, em menor escala.

Até que,  em fins do Sec. XIX, a Europa industrializada decidiu retalhar o Continente Africano, segundo os seus interesses. A Portugal coube o território (com fronteiras definidas) que é hoje Moçambique.

ARFER / 2005

segunda-feira, 22 de maio de 2017

MAGGIE POD: Episódio 11. Globos de Ouro.





APÓS 10 ÊXITOS, O 11º QUE NOS TRAZ UM POUCO DO BOLERO DE RAVEL. nÃO PERCAM E AGUARDEM PELO 12º  - A MAGGIE POD MESMO !!!

sexta-feira, 12 de maio de 2017

SEBASTIÃO JOSÉ DE CARVALHO E MELO - MARQUÊS DE POMBAL


NASCEU HÁ 318 ANOS, A 13 DE MAIO DE 1699

Com 83 anos, a 11 de MAIO de 1782, ficou para a HISTÒRIA:

                 Sebastião José de Carvalho e Melo

          CONDE DE OEIRAS E  MARQUÊS DE POMBAL

 
“O Conde, O Marquês, O “Sebastião”

 UMA PUBLICAÇÃO QUE FAÇO, TODOS OS ANOS, NA DATA DO SEU NASCIMENTO, PARA QUE SE NÃO ESQUEÇA "O HOMEM" O "ESTADISTA" E A "FIGURA".

- Filiação;
- Infância e Juventude;
- Os Amores;
- O Político / O Governante / A Nobreza ociosa;
- e a Igreja Caduca;
- Despedimento sem JUSTA CAUSA e a reabilitação;

1.Filiação

Nasceu em Lisboa, no dia 13 de Maio de 1699,  uma linda e rosada criança, que seria baptizada, a 6 de Junho do mesmo ano, na freguesia da Mercês. Ser-lhe-ia dado o nome pomposo de Sebastião José e de apelido, Carvalho do pai (capitão de cavalaria e fidalgo da casa real - Manuel de Carvalho Ataíde e Melo da sua mãe Dona Teresa Luísa de Mendonça e Melo, filha do Senhor João de Almeida Melo, dono dos Morgados dos Olivais e Souto Rei.

2. Infância e Juventude

O menino cresceu, estudioso mas rebelde. Criança forte de físico e de mente.
Acabou por ser aluno na Universidade de Coimbra, onde frequentou o 1º ano jurídico, mas o seu espírito rebelde de quem gosta de decidir e ao estar sujeito, largou a “Escola” e optou pela vida militar, assentou praça como cadete.

Porém, mais uma vez, porque inteligente e senhor de seu nariz, ser mandado por quem (carenciado de inteligência e inovação) não era com ele, pediu a demissão e para alem de se dedicar ao Estudo da Historia, da Política, e da Legislação, entregou-se à vida ociosa da capital, das tertúlias, das farras e dos namoros breves e escaldantes. É liquido que era figura no grupo dos Capotes Brancos, bando da fidalgos aventureiros que perturbavam as noites suaves, tranquilas e amenas da capital do Império (uma espécie de Tedy Boys da época).

Enérgico, Belo e decidido (um Pão) era requerido pelas damas (não seria o sedativo come tudo, mas o Sebastião o desejado).

3. Os Amores

E assim uma dama da corte, componente do séquito da Rainha D. Maria Ana de Áustria, de nome D. Teresa de Noronha e Bourbon, senhora bela e linda, viúva, dez anos mais velha do que ele, que tinha sido casada com um primo de nome António Mendonça Furtado (pelo curto período de quatro anos 1714-1718), apaixonou-se por ele, de forma que aconteceu o inevitável, contrariando a família.

Os pais (da grande nobreza, ociosa e rica) só a pedido da rainha aceitaram conceder a mão os pés e o resto, ao futuro Marquês, e assim, aquela paixão deu em casamento. Em segundas núpcias a D. Teresa casou-se com o Sebastião em 16 de Janeiro de 1723, ela com 34 anos e ele com 24, foram viver para uma quinta, que o ainda não Marquês, possuía em Soure, onde continuou os seus estudos.

Uma “cunha” do Cardeal Mota, ministro e valido de D. João V (o Barrasco), vale a Sebastião José a nomeação de sócio da Academia real da História Portuguesa, isto em 1733, tendo este a incumbência de escrever a história de alguns dos reis, deste pais onde imperava a ignorância e o analfabetismo.

Nunca acabou este trabalho, que para ele provavelmente seria redutor, como mais tarde veio a provar.

Saltando no tempo, a 27.03.1739, dezasseis anos depois de ter casado, morreu o seu primeiro grande amor - D. Teresa de Noronha, estava em Londres (falarei adiante da sua prestação como embaixador (a) ). Grande desgosto sofreu com a morte da sua querida esposa, que lhe legou todos os seus bens.

Já em Viena, apaixonou-se de novo por uma linda, doce e rica dama, Dona Leonor Ernestina Eva Wolfganga Josefa com que se casou em 18 de Dezembro de 1745.

Também este casamento foi difícil. Sebastião homem apaixonado e lutador, sempre teve de “lutar” contra as vontades dos progenitores das suas amadas.

De facto a Ernestina, filha do Conde de Daunn do Sacro-Romano Império (marechal- general) Henrique Ricardo Lourenço e de Dona Violante Josefa condessa de Bromond, em Bayusberg, não queriam de forma alguma que um rico homem casasse com a filha, preferiam um homem rico, independentemente ou não de ser vazio de saber.

Porém e mais uma vez, D. Maria Ana de Áustria, Rainha de Portugal, intercedeu e o seu querido Sebastião lá se casou de novo.

O futuro Marquês, mais uma vez se deu nota de que amores, fáceis no sentir mas difíceis no conseguir era com ele.

As bodas realizaram-se no ano de 1745 e poço tempo depois, a conselho do seu famoso médico Van Swietem regressa à Pátria amada, trazendo a sua querida.

4. O Político/O Governante/A Nobreza e a Igreja Caducas

Em 1739 é enviado para Londres como ministro plenipotenciário (uma espécie de embaixador com plenos poderes), e aí sim, a sua invulgar capacidade e prodigiosa inteligência, era revelação que tal D. Sebastião “o desejado” não sairia da Bruma, mas tinha nascido na freguesia das Mercês em Lisboa.

Começa por “arrancar” do Duque de Lencastre, o reconhecimento da reciprocidade de direitos para os negociantes portugueses, o direito de reprimir os capitães de navios ingleses que em terra e águas portuguesas cometessem excessos.

A pedido de D. João V, enviou para Portugal uma preciosa coleção de Bíblias Hebraicas, e tudo quanto se havia escrito sobre leis, ritos, costumes e politica em quantas línguas havia, que chegariam a Lisboa em 1743.

A inteligência, argúcia e modo hábil como conduziu as negociações para que fora mandatado, levou a que fosse nomeado para a hercúlea tarefa de mediador na discórdia entre as cortes de Viena de Áustria e de Roma e mais uma vez saiu coroado de êxito. O imperador Francisco I e o Papa Bento XIV a apertaram as imperiais e “santas” mãos.

Voltou para Lisboa, ainda antes do desfalecimento e posterior falecimento de D. João V, em 31 de Julho de 1750.

Subiu ao trono de D. José I (e único) e logo a rainha sua mãe, agora muito amiga da condessa de Daunn (sua Dama de Honor), aconselhou o seu filho-rei, a nomear Sebastião “ o Salvador” Secretário de Estado da Guerra e Estrangeiros.

Passado pouco tempo (10 de gosto de 1750) ardia o Hospital de Todos os Santos (obra de outro grande da História Portuguesa, D. João II ). Não sendo um pretexto, mas uma realidade, de novo a energia e a capacidade de Sebastião José se manifesta, no reerguer do Hospital. Não tardou que a sua inteligência superior se tornasse tão manifesta, quanto a sua capacidade de iniciativa e audácia.

Tornou-se o mais forte e influente, ministro do reino. Era um reformador e fã de Richilieu, como ele queria consolidar o poder do rei e o regime do estado, com o objetivo de colocar Portugal no topo da civilização europeia, ainda que para isso fosse necessário usar quaisquer meios, incluindo o direito repressivo, de forma a ultrapassar as barreiras que lhe seriam, decerto, impostas pela nobreza ociosa e caduca e a Igreja retrógrada, aliada desta.

Entre 1751 e 1755, tudo fez para regular as atividade económicas. Apesar da “aliada” Inglaterra protestar contra as medidas de Sebastião, este manteve-as, chegando a mandar prender oficiais ingleses que levavam ouro amoedado a bordo, que também foi apreendido.

Fundava por decreto a Companhia do Grão Pará e Maranhão, privilegiada no comércio com o Brasil e reagiu de tal forma energicamente aos que se lhe opunham, que muitos dos que o enfrentavam, nesta medida, foram presos.

Estava Sebastião Carvalho empenhado em transformar Portugal, quando pela 9.00h da manhã do dia de todos os Santos (sendo sempre Todos os Santos, primeiro o Hospital agora o Dia), um violento Terramoto atinge todo o Sul da Península Ibérica, seguido de um Maremoto, que inunda os destroços da Baixa da Cidade. Nas zonas mais altas lavram incêndios. Lisboa fica em ruínas.

A 2 de Novembro de 1755- Já o enérgico alfacinha, nado e batizado na freguesia das Mercês , mobiliza o exército e a policia, manda tratar da “saúde” 1 da bandidagem que pilhava na cidade destroçada e trata de iniciar o processo de reconstrução de Lisboa.

Eugénio dos Santos e Manuel da Maia, traçam a planta da nova cidade.

Alguns historiadores sugerem que a raiz do grande poder de Sebastião de Carvalho foi o Terramoto. Porém, não fosse ele o “ Desejado” que da bruma não saiu, o homem capaz, sobredotado e fiel a quem lhe concedia o poder, decerto que lhe não era dispensada a cega confiança de D. José. Para ele era insuportável uma casta de nobres agindo por conta própria e ainda pior do que isto, uma Ordem religiosa “omnipotente” como a Companhia de Jesus, vivendo e agindo à margem da autoridade do Estado.

O rei seguia todos os conselhos do Ministro, o ódio e a inveja da nobreza caduca acentuava--se.

Em 1756 era fundada a Aula de Comércio (ª), A Companhia de pesca da Baleia nas costas do Brasil, a do Atum nas costas do Algarve e a Companhia do Alto Douro, contrariando o livre comércio e os interesses dos ingleses e de grandes proprietários, o que viria a gerar um motim em 23 de Fevereiro de 1757. Sebastião considerou-o uma rebelião contra o poder de El Rei seu amo. Nomeou, então, o Desembargador D. José Mascarenhas Pacheco Pereira Coelho de Melo. Foram condenados à morte 21 homens e 9 mulheres e a várias penas 155 homens e 33 mulheres.

1) -manda levantar 100 Forcas bem altas, cada uma com o seu cadáver, e ao que parece surtiu efeito.

(a)-Uma espécie de Instituto comercial.


Quebrou, com este exemplo, todas as resistências municipais ao seu projeto de modernização e enérgica administração.

Visava (tal como D. João II) e por isso reprimiu o orgulho da Nobreza exploradora e ociosa, como mais tarde se empenhou em liquidar o “Polvo” (Máfia nobre ou burguesa) que se acoitava na super poderosa sombra da Companhia de Jesus, que acabou por ser expulsa do reino em barcos da Marinha Real.

A tentativa de assassinato do Rei, em 13 de Setembro de 1768, quando este voltava ao Palácio da Ajuda, provavelmente de uma ronda amorosa. O ataque deu-se, com tiros de bacamarte, perto da Quinta do Melo. O rei salvou-se, não por milagre da nossa Senhora de Fátima, mas porque um dos bacamartes se encravou e o cocheiro voltou para trás em vez de seguir para o paço real.

O Rei não deixou de ficar com algumas feridas que apesar de não haver antibióticos, não chegaram a infetar.

Na sequência deste acto, Sebastião cuidou do rei, e “encontrou” de imediato os principais suspeitos, o duque de Aveiro, inimigo dele próprio e de seu Amo, e seus sequazes: - Os Távoras, inimigos declarados, ainda porque a mulher do Marquês Luís Bernardo era uma querida, devota e favorita de El Rei D. José.

Procurados, presos e interrogados os inimigos e seus aliados, (Duque de Aveiro, Alornas, Autoguias e Távoras), passam a ilustres hóspedes dos Fortes à Beira Tejo, sendo condenados os mais responsáveis com pena de morte e executados em 13 de Janeiro de 1759.

Os Jesuítas, que através da confissão reinavam as consciências, controlando a educação e o ensino como trave da perpétua imobilidade e um permanente obstáculo a todas as tentativas de reforma, regeneração e modernização.

Em todos os países se sentia a forte influência da Companhia de Jesus, mas nas colónias de Portugal, principalmente no Brasil estes seguidores de Inácio de Loiola 3 eram, maioritariamente, uma praga doentia.

Já nos primórdios do seu governo, Sebastião José os tinha mandado combater, a Sul sob o comando do governador do Rei de Janeiro Gomes Freire de Andrade e no Amazonas Francisco Xavier de Mendonça. Irritado, mandou o Marquês que os governadores-gerais das colónias inquirissem e lhe dessem a saber os costumes e atos praticados pelos jesuítas. O resultado foi pior do que imaginara.

Os vícios a relaxação dos costumes, foi a sardinha que fez cair o burro, já demasiado carregado com :

-A influência perniciosa e retrógrada na educação, contrariando o progresso que se pretendia;

-A mãozinha Jesuítica que aprovou a revolta do Porto e apoiou a resistência à fundação da Companhia de Grão-Pará.

-E ainda, segundo os relatórios dos governadores a profunda corrupção existente na Companhia que defendia interesses próprios.

- Não contando com as “afirmações” Jesuíticas de que o Terramoto tinha sido castigo divino, face à governação do Marquês.

Assim a “ guerra ” surda, passou a “guerra” aberta.

Sebastião José consegue do Papa Bento XIV a nomeação de um visitador, que recaiu no Cardeal Patriarca de Lisboa. Consegue, também, a suspensão dos jesuítas nos atos de pregação e confissão em todas as dioceses portuguesas, expulsando, até do Paço real, todos os confessores Jesuítas que ali havia.

Morreu Bento XIV e a Ordem dos Capas Negras reage ao ataque do Marquês e apelam ao Novo Papa Clemente XIII, reclamando da ação do Cardeal visitador nomeado.

O Conde contra atacou, pediu ao Papa licença para processar todos os que colaboraram na tentativa de assassinato do rei e em outros atos de lesa majestade. O Papa concedeu, mas solicitou ao Rei que não o expulsasse os jesuítas dos seus domínios. O Conde esqueceu-se de tal pedido e por decreto de 3 de Setembro de 1759, o brigue “S. Nicolau” saiu com um “carregamento” de Jesuítas para Itália.

O já Conde de Oeiras (Decreto de 15 de Julho de 1759), não suporta o comportamento do apostólico representante do papado em Lisboa e manda-o embora de Portugal, fazendo regressar o embaixador em Roma, Francisco de Almada.

O Conde de Oeiras, sendo cristão, acreditava convictamente que era a “Jesuínisteca” o veio transmissor do fanatismo religioso e que a subserviência às vontades de Roma tinham conduzido Portugal a um Estado Decadente. Se o Beatério continuasse a “snifar”, metendo o nariz na politica por influencias beatas e manipulando os devotos em varias áreas de interesse social, o reino continuaria “ metendo agua”, até se afundar.

Voltando à expulsão do Núncio Cardeal Acciaioli, este foi acompanhado até à fronteira de Espanha por 30 dragões (o FCP não existia).

Quanto à Inquisição (a dita santa) o Conde de Oeiras ainda lhes concedeu o prazer da execução de um “Auto de Fé”, a vitima foi, o Padre Malagrida e pouco tempo depois o Inquisidor geral (o irmão bastardo do Rei4 ) juntamente com o seu meio irmão (menino de Palhavã), vão a banhos, desterrados para as matas do Buçaco e por lá ficaram ate que lhes deles se esquecessem.

4) Um dos muitos de D .João V

A nobreza e o clero ficaram definitivamente subjugados pelo poder real.

Seguindo o exemplo de Portugal, França, Espanha e Nápoles expulsaram, também, os Jesuítas. Clemente XIII morreu aterrado.

De novo saiu fumo branco e sucedeu-lhe Clemente XIV e em 1773 este, recém eleito, aceitou a medida proposta, pelo Marquês de Pombal (por decreto de 16.09.1769). Os Jesuítas foram definitivamente expulsos do reino, que significou a renovação moral que se ia deixando embalar na letargia e no fatalismo do castigo divino.

Por estes factos o Marquês tornar-se-ia admirado e figura de grande influência em toda a Europa.

Confrontou-se com a Espanha e a França quando o queriam obrigar a sair da neutralidade, na guerra dos sete anos, com os ingleses.

Se queriam guerra, não hesitou, mandou vir o Conde de Liphe, um dos mais conceituados oficiais de Frederico da Prússia, e encarregou-o da organização do exército e regulamentar a sua disciplina.

Fomentou a construção de novos navios que fortaleceram a nossa marinha, mercante e militar. Apoiou o favorecimento e apoio ao comércio e à agricultura.

Porém é a Indústria que lhes merece maiores cuidados e como o prova disso, a proteção que dá à Fabrica das Sedas, em Lisboa, às fábricas de Lanifícios da Covilhã, Fundão e Portalegre ou à Industria Vidreira da Marinha Grande, entre outras.

Aboliu a distinção entre cristãos velhos e novos, e suprimiu a escravatura em Portugal Continental.

Mas foi censurado, vejam só por mandar prender no forte da Junqueira o Bispo de Coimbra, um pobre velhote de nome D. Frei Miguel da Anunciação que era um dos chefes do partido reacionário que protegia uma seita de fanáticos religiosos. Um velhinho não deveria ser tratado assim.

Mas uma das maiores obras do Marquês foi o impulso que deu à instrução popular. O decreto de 6 de Novembro de 1772 organizava a instrução primária do modo mais completo para o seu tempo. Estabelecia o princípio do concurso, apoiava o ensino particular. Criava o Ensino Secundário (génese dos atuais liceus), convidava as ordens religiosas a abrir escolas nos seus conventos (mas nada de Jesuitices). Favorece o ensino superior criando o Colégio dos Nobres e tratou de reformar a Universidade de Coimbra, reforma que delegou no reitor nomeado por si, Bispo de Coimbra D. Francisco Lemos.

Deu-se uma verdadeira revolução no ensino universitário, mandando para o lixo os legados jesuíticos, colocando em prática os processos mais audaciosos da nova ciência. Foram nomeados sábios, alguns deles estrangeiros de nomeada.

Para além das escolas das Escolas e Universidades, nasceu também um Observatório Astronómico, um Jardim Botânico, um laboratório de Física e Química, um dispensário Farmacêutico, um Teatro Anatómico e um Museu de Historia Natural. Promove a 1ª Exposição Industrial, em Oeiras (talvez a 1ª da Europa e do Mundo). Elevou Aveiro à categoria de cidade, que deixara de ser no reinado do funesto rei D. João III.

De tal modo foi reconhecida a ação do Marquês que no dia 23 de Outubro de 1772, na cerimónia de abertura da Universidade lhe prestaram grandiosa e merecida homenagem. Viam-no mais como soberano do que ministro, de quem tinha a consciência de ter prestado ao país e à civilização o mais elevado e importante de todos os serviços.

A fundação da Imprensa Nacional completa a obra do Marquês no que se relaciona com o movimento intelectual. Pela sua ação Portugal tinha saído das trevas da ignorância e do atraso em que mergulhara.

Antes de 1755 Lisboa era das cidades mais beatas que se conheciam. Missas por tudo quanto era caso e todas pagas antecipadamente. Contra a ditadura clerical da Igreja que influenciava ricos e pobres, só a dita dura do Marquês fez renascer e crescer o país. A frase “enterrar os mortos e cuidar dos vivos” é reveladora da sua energia e sentido prático.

De toda a Europa “chovem” elogios. Era causa de admiração quem, neste pequeno reino à beira mar, conseguiu “plantar” 837 Escolas primárias e secundárias e reformar o Ensino, colocando-o ao nível do que melhor havia no Mundo.

Foi de facto um ditador despótico para a nobreza ociosa e caduca, para “religiosos” retrógados, para burgueses e gente do povo amigas do obscurantismo. A dita dura de Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras e Marquês de Pombal (por mérito), é daquelas que preparam o futuro e abrem as portas ao conhecimento e à liberdade. Porém ENGANOU-SE.

5. DESPEDIMENTO SEM JUSTA CAUSA:

D. JOSÉ morre a 24 de Fevereiro de 1777.

Dona Maria, sua filha, herdeira do trono, para quem o Marquês era inimigo, manipulada pela nobreza invejosa e mesquinha e seus confessores, que há muito preparavam a vingança sórdida, decidiu como que numa peça em 3 Atos, despedir SEM JUSTA CAUSA, quem tantos e bons serviços prestara a Sua Majestade seu pai.

- 1º Ato, manda avisar o Marquês de que não se ocupasse do funeral de El Rei;

- 2º Ato, manda libertar todos os presos que tinham sido oposição ao seu pai;

-3º Ato, Sem alegar justa causa, sem qualquer nota de culpa (a não ser o ódio que lhe movia as entranhas) e sem permitir contraditório ou recurso, demite o Marquês das suas funções, retira-lhe todos os privilégios e somente lhe concede o direito de receber o ordenado de 1º ministro e a renda de uma comenda.

Final – Manda retirar o medalhão da estátua equestre de seu pai e no seu lugar coloca o Brasão de Lisboa (um navio de velas cheias). O marquês, no seu retiro de Pombal, para onde tinha sido degredado, ouvia dos seus amigos a frase que corria Lisboa inteira :- “Agora é que Portugal vai à vela”

A MORTE

Depois de vexames, acusações falsas, ofensas várias, interrogatórios vis, humilhantes e recursos, teve o perdão real.

Condená-lo, a raínha, não podia, porque ao fazê-lo puniria também a memória de seu pai e REI D. JOSÈ I.

Desgostoso e humilhado o MARQUÊS (D. Sebastião “o Salvador”) morre na noite de 11 de Maio de 1782.

As exéquias solenes foram celebradas na Igreja do Convento de Santo António, em Pombal, pelo Bispo de Coimbra D. Francisco de Lemos, seu amigo fiel. Foi o monge Benedictino Frei Joaquim de Santa Clara (notável orador) que rezou a oração fúnebre.


A REABILITAÇÂO

Num acto de justiça, por decreto de 1833, a imagem de bronze do Grande Estadista, Marquês de Pombal, foi recolocada no pedestal da estátua do Rei D, José I.

No preambulo do decreto constava:- ”… Que o Marquês de Pombal fora o português que mais honrou a sua Nação no século passado……que homens por capricho…com ingratidão incrível fizeram desaparecer a sua imagem do centro da cidade que ele reergueu das cinzas e a transformou numa das mais belas capitais do mundo.”.
Este decreto foi rubricado pelo Ministro Cândido José Xavier.
ARFER

segunda-feira, 8 de maio de 2017

MAGGIE POD: Episódio 10. Baleia Azul (bebé)





 
EIS O DÉCIMO EPISÓDIO DA
TEMEROSA  E MUI VERSÁTIL SAGA  QUE A PODEROSA MAGGIE POD,
VOS VEM MOSTRANDO. VIRÃO OUTROS, NÃO SEI QUANTOS, MAS VIRÃO.




A SAGA DA MAGGIE, PODE SER E JÁ É UMA CAMINHADA
RUMO AO ÊXITO!


 


      
PARABÉNS MAGGIE !! TÁ!


  


ESTE COMEÇA AZULADO E ACABA NO VERMELHÃO,
POR ISSO TENHAM ATENÇÃO, "NÃO PERCAM O PRÓXIMO EPISÓDIO!"


 ARFER
 

sexta-feira, 5 de maio de 2017

CASA DO ARTISTA - 18 ANOS DE VIDA



Hoje comemora-se o 16º ANIVERSÁRIO da “CASA DO ARTISTA” - uma casa de "família".
Cidadãos que em comum tiveram e têm uma vida artística - do teatro à rádio, à televisão, ao fado, ao circo, ao mundo do espetáculo – e que guardam as memórias de um passado em que ser artista era diferente do que é hoje.
Mas em comum têm também o presente: a casa onde moram, um lar que os acolhe e trata como "nenhum outro o faria", onde todos entraram por opção e vivem "em família".

SEJAM SOLIDÁRIOS COM ELA, PARABÉNS !!!

Comemorando e lembrando esta data o FERNANDO ditou estas palavras:
Afinal, só tens 17 anos

Esta coisa dos números
cinco do cinco, noventa e nove,
 
pode ter toda a simbologia

 que cada um lhe pode outorgar,
a repetição cadenciada de uma qualquer crença,

o resultado até de uma conjugação astral,
mas tenho a certeza que foi, sobretudo,

a realização de um sonho
no qual se depositou uma enorme parcela de fé.

Fé, na capacidade de sonhar,
fé, na força imensa de quem foi capaz de o realizar,

 fé, enfim, na certeza interior de que valia a pena.
E valeu!

E quando um senhor, nosso colega,
chamado Luís Pinhão que, de mala na mão,

 franqueou as portas da realidade sonhada,
essa criança recém-nascida

sorriu para ele com a inocência
de quem olha enternecida para o avô

que vem partilhar com ela o resto da sua vida.
E ele, como seria de esperar num avô bem formado,

deu-lhe as primeiras lições de uma relação afectiva
com os mais velhos a quem não é permitido envelhecer.

E, à medida que foi crescendo,

a criança-lar foi aprendendo a entendê-los,
a acompanhá-los nas suas dificuldades,

a amá-los, pedindo-lhes em troca apenas
a gratidão devida ao seu amor por eles.

Hoje, na sua festa de aniversário,
irreverente, mas linda e responsável

nos seus dezassete anos,
apenas lhes faz um pedido, simples mas profundamente sentido:

Amem-na! Porque ela merece.

Viva a Casa do Artista!
Fernando Tavares Marques

segunda-feira, 1 de maio de 2017

1º DE MAIO



DIA INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES
1º de MAIO – 131 ANOS DEPOIS da revolta de 1886.

MAIO, mês colorido, de múltiplas flores
 Das papoilas, dos cravos da liberdade
Relembra todos os TRABALHADORES
Que lutaram, e lutam, pela sua  dignidade.

Em 1889 o Congresso Operário Internacional, reunido em Paris decretou o 1º de MAIO, como o DIA INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES, UM DIA DE LUTO E DE LUTA. Um ano depois (1890) os trabalhadores americanos conquistaram o direito à jornada de trabalho das 8 horas.

Nos  anos seguintes, até aos dias de hoje, essa luta continua e continuará, pelo direito ao trabalho com dignidade e com justiça, pelas centenas de milhões de trabalhadores que, neste planeta que é o nosso, sujeitos à exploração desenfreada, não usufruem dos direitos que lhes são devidos.

EM PORTUGAL É DIA DE FESTA, QUARENTA E DOIS ANOS DEPOIS DO 1º DE MAIO FESTEJADO EM LIBERDADE, EM SEQUÊNCIA DAS “PORTAS QUE ABRIL ABRIU”. (participe, do Martim Moniz à Alameda.. Evoque a LUTA pelos seus direitos.

No 1º dia de MAIO
O povo saiu à rua
Não pedia Sol, nem Lua
Via o sonho, realidade.
A minha voz e a Sua
Soltavam-se em Liberdade.
E naquela mole imensa
Estava lá, todo um país
Que teve por recompensa
A Liberdade que sempre quis.

ARFER