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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

"CONTOS DE MENINO" 2010

CONTOS DE MENINO – AS ESCOLAS DO LARANJAL, DAS ROSAS E DOS CRAVOS


Os meninos Zézinho e Pedrinho eram alunos da Escola do LARANJAL. Era para esta escola que iam todos os meninos, filhos dos que tinham sido capatazes, guardas, encarregados e homens de confiança da Quinta do Senhor António que morreu (coitado) depois de ter caído de uma cadeira.

Havia, também, ESCOLA DOS CRAVOS, onde estavam os filhos dos trabalhadores da quinta, de encarregados e de outras profissões que não concordavam com os mandos e desmandos do senhor António e, mais tarde, dos seu herdeiros: O senhor Marcelo e o senhor Silva.

Diziam “cobras e lagartos” dos meninos da Escola dos CRAVOS: – Que eram irreverentes, mal comportados, que protestavam por tudo e por nada, que só faziam malfeitorias e até falavam que os pais deles comiam criancinhas …Vejam só!

Os anos passaram, o Zézinho fez-se José e o Pedrinho fez-se Pedro. O padrinho do José, o senhor Mário, amigo do Frank (lembram-se?) levou-o para “trabalhar” com ele. O mesmo fez o senhor Silva padrinho do Pedro, com o afilhado, que para além de lhe ensinar uns truques o levou para “trabalhar” com ele, na esperança de, no futuro, quando governasse a quinta, os “meninos do LARANJAL”, já crescidos , tomassem, com ele, conta da quinta toda ( até já tinham criando um Banco e tudo).

Numa outra escola, que era a das ROSAS, cujo diretor e gerente era o senhor Mário, que castigava expulsava quem “brincasse” ou “alinhasse” com os meninos da escola dos CRAVOS, e lhes garantia que quando, já preparados (ou não), saíssem teriam bons empregos e eram industriados para, no futuro, conjuntamente com os ex-meninos da escola do LARANJAL tomariam conta dos negócios da ex-Quinta do senhor António, alternando periodicamente a sua gerência. Se o senhor Mário não queria nada com os “meninos “ da escola dos CRAVOS ( porque quando era menino andou lá e não o deixaram ser chefe de turma), o senhor Silva tinha um sonho, ser chefe com um administrador seu discípulo da escola do LARANJAL.

Os meninos da escola dos CRAVOS, já crescidos, seguiram o caminho dos seus pais, protestando, exigindo liberdades, direitos e deveres iguais para todos. Por isso os pais deles, alunos no tempo em que a quinta era do senhor António, foram presos, deportados e espancados, mas como agora pareceria mal aos donos das grandes quintas em redor, não podem fazer o mesmo que fizeram aos pais deles. Assim os ex-meninos das escolas do Laranjal e das Rosas que podendo mandar prender quem protesta, vingam-se (são vingativos pela surra) distribuem entre si os empregos mais bem pagos e como são donos dos Bancos os outros ex-meninos têm juros mais altos a pagar, aumentam-lhes os impostos, mandam-nos para o desemprego e até lhes tiram as casas e as empresas. Protesta-se, mas eles vão sonhando com os tempos Antoniensis.

A realização do sonho do senhor Silva, foi toda tramada pela “surra” ENTRE O José o Pedro e os padrinhos. Quando o José era o gerente da quinta (com o apoio do senhor Mário) sabendo da vontade do administrador (o chefe) e lembrando-se dos tempos em que eram colegas no LARANJAL decidiu-se, chamou Pedro e disse-lhe: – … Vais continuar a fingir que estás contra mim e Pedro, agora é que vamos realizar o sonho do nosso chefe (senhor Silva), ser ele o patrão e tu o gerente. E assim foi, o José, com o apoio dos apoiantes do Pedro, fingiu quee a quinta ia à falência, pediu dinheiro emprestado a uns usurários (tipo penhoristas), acordou com eles fazer tudo o que eles mandassem e disse ao Pedro: .”…Toma conta da quinta mais o senhor Silva, continua a fingir que não és meu amigo e quando protestarem contra as malfeitorias que tiveres de fazer, dizes que a culpa foi e é toda minha, que tem de cumprir o que eu prometi, para o bem e a honra do nome da nossa QUINTA.

Assim foi, mas isto não fica por aqui, a saga dos contos de menino continuará.

ARFER

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

REPÚBLICA ~ 5 DE OUTUBRO


A REPÚBLICA – 5.10.1910 – ACONTECEU
Lembras-te daquele dia
Em que saímos da “Rotunda” de mão dada,
Depois daquela noite de luta e medo
Mas plenos de certezas e confiança?
Sim, sentíamo-nos livres como aves
Voando num céu de esperança.
Dia que já tínhamos partilhado em sonhos.
Estávamos felizes como qualquer criança
Que tinha recebido a mais valiosa prenda.
Descemos a passo estugado a “Avenida”
À qual deste o nome de “Liberdade”.
Passámos pelo “Rossio”, onde a populaça
Vinda da Mouraria, do Castelo, Alfama e Graça,
Formava um Mar de Gente e de Felicidade.
Ao fundo vimos o “Tejo” no seu caminho p’ro Mar.
O Povo em uníssono clamava por Ti.
Para Eles eras a força que os ia libertar
Das amarras da ignorância e da miséria.
Foi um dia dos mais felizes que vivi.
Quanto sentimento nele havia, não mais esqueci
Quando os nossos EUS se uniram pelo elo da verdade.
Na varanda do Município falavam de TI
Ao som da “Portuguesa” e com vivas à Liberdade.
ARFER
HÁ UM ANO ACONTECEU        5 DEOUTUBRO DE 2012 –:


A pátria está em perigo ou o país de “pantanas”, “avisou” sua Exa. o presidente da República Aníbal Cavaco Silva ao hastear a bandeira da REPÚBLICA PORTUGUESA às avessas. Foi ocasional, intencional? A mensagem foi dada. Considerando, porém, a sua intervenção, em voz suave e pausada ao indicar os caminhos da emigração para os jovens e desempregados, como já o tinha feito o 1º e outros ministros, não há dúvida, vós achais que é o caminho para ultrapassar a crise por vós criada essa é a solução encontrada.
Sendo assim, GRATOS A V. EXCELÊNCIAS pela preocupação que o futuro do país vos merece. BEM HAJA !
ARFER
EM 2013 ACONTECEU:
Pois é … o patriarca /”pai” do governo da nação, tinha razão. Muitos milhares de portugueses jovens e menos jovens com maior o menor qualificação, emigraram em busca do “PÃO” que o presente lhes rouba.
A propósito de roubar …. Lembro um caso recentemente noticiado: - Três indiciados e arguidos num processo de “desvio” ilícito de cerca de seis dezenas de milhões de euros (que dariam para financiar a cultura), foram ilibados e absolvidos por o Tribunal, que levou o processo a julgamento, não ter competência para o fazer, com a agravante do dito caso não mais poder ser julgado, noutra instância … Pode-se, isso  sim, alterar contratos legais havidos com trabalhadores e pensionistas, mas em caso algum com entidades privadas (nacionais ou multinacionais), que gerem monopólios inconvenientemente  regulados pelo Estado.
É esta a República que hoje temos.
MAS O POVO TEM MEMÓRIA
ARFER