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domingo, 28 de abril de 2013

PALAVRAS DITAS E SENTIDAS




AS PALAVRAS DO MEDO E O MEDO DAS PALAVRAS

Oiço as palavras e começa um jogo:
Um jogo de traições e sombras;
e as pobres palavras,
repetidas até à exaustão,
começam a cansar-me
como se tivessem sido escolhidas
para definirem a indefinição
ou matarem de cansaço este cidadão indefeso.
E são atiradas de cima,
dos que se julgam liderar o que não lideram,
munidos de uma jactância superior
e as atiram ao rebanho (julgam eles)
de todos nós,
atentos, veneradores e obrigados,
como num “antigamente” repulsivo.

Martelam-nos o cérebro com o consenso
como se a palavra pudesse resolver,
por ela própria, diferenças insanáveis
na forma de encontrar o caminho comum
que nos afastasse deste “inverno do nosso descontentamento”
Mas, que de tão martelada,
nos impede de ouvir a expressão “bom senso”
que alguém mais inteligente e, sem medo das palavras,
nos fala da única forma de construir o futuro.
Outra palavra que, sem qualquer culpa própria,
é hoje usada para nos martirizar o entendimento,
e foi traída no seu mais puro sentido
pelos “vendilhões do templo” financeiro,
deve sentir-se agora muito desconfortável:
- a suave palavra conforto.
Os discursos políticos que colocam uns
na sua “zona de conforto” do poder discricionário
ou os que tentam roubar o “conforto” alternativo
aos ambiciosos desse mesmo poder
apenas nos conduzem a um desconforto colectivo
que irá desaguar, cedo ou tarde, na tal palavra
que um dia, sem medo, deveremos pronunciar
como causa maior da verdadeira luta política:
- o confronto !

Só fazendo a catarse das palavras do medo,
conseguiremos acabar com o medo das palavras.
Politicamente, o bom senso e o confronto
Salvarão mais vidas que o consenso e o conforto.
Mas isto, é apenas o que eu penso.

Abril de 2013 Fernando Tavares Marques

quinta-feira, 25 de abril de 2013

ABRIL ... UM NOVO ABRIL ...ABRIL

UM NOVO ABRIL

                                      (modesta homenagem a Ary dos Santos)

Não foi sonho, amigo, não foi sonho;

Eu vi, eu estava lá quando se fez,

Vi lágrimas nos olhos, vi risonho

O rosto de um orgulho português.

E vi crescer, por dentro, essa alegria

De quem olha o futuro de alma lavada,

Vi acordar da longa letargia

Um raio de Sol naquela madrugada.

E foi tudo diferente desde então:

Vi na Reforma Agrária tanta glória

Onde até se aumentou a produção

E é um caso único na História.

E vi tropas e jovens voluntários

Por esse País dentro alegremente

A ensinar a ler velhos operários

Que o fascismo castrara impunemente.

Vi fazer as mais lindas cantigas

Que inundavam de sonho o coração,

Música e palavras tão amigas

As chamadas “canções de intervenção”.

E foi tão lindo tudo aquilo que se fez,

Que apesar de alguns erros e revezes

Portugal foi então mais português

E foi pertença, enfim, dos portugueses.

A reacção esperou, baixou o tom,

Mas foi minando como uma toupeira

O espírito crédulo de um Povo bom

Que traído acabou desta maneira.

Nesta terra sopram ventos de vingança

(Gente que do estrangeiro é tão servil)

Retornam os ladrões da nossa esperança

Nesse ódio torpe de matar Abril!

Por isso, é tempo de acordar de novo

Correr com esta gente ingrata e vil

Mostrando-lhes que aqui existe um Povo

Que nunca deixará morrer Abril!

Abril 2013

Fernando Tavares Marques



quarta-feira, 24 de abril de 2013

25 DE ABRIL SEMPRE

ABRIL EM PORTUGAL


39 ANOS DEPOIS- LIBERDADE?!

Em 25 de Abril a ação do Povo e do MFA foi a chave que abriu as portas da esperança a um povo amordaçado. Trouxe o sabor da palavra LIBERDADE, particularmente, a todos os que nas prisões de Caxias, Aljube ou Peniche, na clandestinidade, nos campos, nas fábricas, nas escolas, nas coletividades, cooperativas e sindicatos sempre resistiram, enfrentando a intimidação e a repressão de um regime fascista, responsável por 13 anos de guerra colonial, pela emigração clandestina de centenas de milhar de portugueses e por uma taxa de analfabetismo não comparável à de qualquer outro país europeu.
A esperança que crescia com a Liberdade marcou o início de uma viragem histórica, que, hoje, mais do que uma recordação é uma luta que persiste, um caminho que, ainda, falta cumprir. Muito do que foi jurado, em 2 de Abril de 1976, com a aprovação da Constituição da República Portuguesa, não se cumpriu.
A esta distância não deixa de ser curioso e significativo pensar que no dia 26 de Abril de 1974 todo, ou quase todo o Portugal, era democrata e revolucionário, o que significaria, à priori, que o fascismo, o colonialismo, analfabetismo e a repressão, só faria parte do imaginário de alguns. Esta será a primeira das lições a tirar de como cumprir uma constituição tão progressista, com este quadro de hipocrisia?

**Se antes a ANP ou União Nacional representava o poder constitucional e legislativo, hoje são os partidos do “arco da governação”.

A segunda lição reflete-se na forma como nos acomodámos a uma democracia representativa e nos esquecemos de estar atentos e lutar, no uso do direito que a Lei Fundamental nos confere, em cada momento crucial para o cumprimento dos Direitos e as Liberdades garantes de uma vida melhor e mais justa para todos.

Com os desgovernos dos que representam os mandantes do regresso ao passado, hoje, já nem todos têm escola, hoje 100 estudantes por dia desistem dos seus cursos universitários, por não terem como pagá-los. Hoje voltámos a ter “homens que nunca foram meninos”, gente no desemprego que cresce dia a dia, fome e medo. O nosso quotidiano é gerido por uma informação distorcida e eivada de inverdades, onde há dita sem contradita e a presença de políticos e comentadores que são hábeis na utilização do tal “Manto diáfano que esconde a verdade “é constante porque o mais importante, para eles, é que todos tenhamos a certeza de que a realidade por que passamos, embora injusta é necessária, ou seja temos que aceitar ser, mais uma vez explorados, convictos de que não há outras alternativas.

Porém o direito de votar é livre, por isso a observação atenta é fundamental para que, na hora de decidir em quem votar, a cruzinha seja colocada no quadradinho certo, com a consciência de que o fazemos pensando que, ao fazê-lo, optámos pelo bem da sociedade de que fazemos parte, tendo em conta o presente e o futuro.

Mas o voto será mesmo um exercício de liberdade, neste contexto de manipulação dos portugueses? Como prenda de ABRIL corresponde a um direito que anteriormente não tínhamos, significando, deste modo uma conquista da Liberdade, mas não é a arma do Povo, como nos tentam fazer crer. Só poderá ser uma arma do Povo, quando a cidadania for um ato real de participação quotidiana na vida coletiva, quando soubermos compreender o mundo em que vivemos e formos capazes de construir um futuro melhor para todo. Nesta cruzada o conhecimento, a memória e o amor são de facto armas eficazes.

Os que nos têm desgovernado nas três décadas pós - ABRIL, contam com o apoio do poder financeiro que, por sua vez, é duplamente recompensado. Governam como se de um jogo de Xadrez se trate, basta-lhes mudar umas pedras no tabuleiro do poder. Manter o Rei, a Rainha e os Bispos, porque as Torres da resistência estão e são limitadas nas ações que o jogo de interesses impõe e, quanto aos Peões, eles jogam no pressuposto da memória curta, das crises criadas por eles próprios e dos MEDOS que levam à sujeição da Lei da Oferta e da Procura em que os peões são vistos como números e tratados como mercadoria negociável e descartável.

Se muito protestarem, sacodem-se umas migalhas da toalha da abastança do Poder, com pequenas cedências aqui e ali, a receita é conhecida. A política de benesses e comendas, da cunha institucionalizada, do compadrio e silêncios cúmplices, produtora de ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres, que tornam este canteiro à beira mar plantado (ora sujeito à ingerência externa – autoridade que o povo não lhe conferiu) no país europeu onde as desigualdades sociais são mais evidentes e se acentuam passo a passo.

Como se não bastasse fazem um ataque sem precedentes ao Poder Local, uma das conquistas mais significativas de ABRIL.

HÁ QUE DIZER BASTA!... 39 Anos depois onde está a Liberdade?!

O conhecimento e o empenho coletivo são as armas mais eficazes para combater o obscurantismo, as ditaduras camufladas que levam às desigualdades sociais, tenham o nome que tiverem.

Recordar e Viver o ABRIL que floresceu em MAIO, é ter esperança num futuro mais justo, mais fraterno e mais igual. É CONTINUAR A LUTAR PELA LIBERDADE.

ARFER

terça-feira, 23 de abril de 2013

DIA MUNDIAL DO LIVRO

23 de ABRIL - DIA MUNDIAL DO LIVRO


Celebra-se hoje, em todo o Mundo, o dia Mundial do LIVRO, iniciativa destinada a promover o livro e combater a iliteracia (palavra distinta). Em todos os dias do ano, nasceram e morreram grandes escritores, só os autores de língua latina e as suas obras preencheriam o desígnio de, em vez do dia Mundial, comemorarmos o ANO MUNDIAL DO LIVRO.

Inicialmente a data escolhida foi 7 de Outubro de 1926, para comemorar o nascimento do autor MIGUEL CERVANTES. Em 1930, a data passou para 23 de ABRIL, dia da morte de CERVANTES. O mundo é assim, é depois da morte que comemora a vida, o reconhecimento do grande valor de muitas obras literárias e artísticas (alguns autores morreram na miséria) só é concedido depois da morte física.

Este dia emblemático escolhido pela UNESCO, assinala a morte de MIGUEL CERVANTES, o nascimento de VLADIMIR NABOKOV e, também, o nascimento e a morte de WILLIAM SHAKESPEARE. Vá lá…morte e nascimento.

MAS LOUVE-SE O LIVRO E A MAGIA QUE ELE CONTÉM, A PALAVRA QUE ELE NOS TRAZ, AQUELE SENTIMENTO DE PARTILHA E CUMPLICIDADE QUE NOS TRANSMITE QUANDO O FOLHEAMOS. TRANSMITIR ÀS NOVAS GERAÇÕES O VALOR DO LIVRO É UMA RESPONSABILIDADE QUE NOS CABE.

VIVA O LIVRO, O LEITOR E O AUTOR, GÉNIO CRIADOR DE ESCRITOS QUE NOS TRANSMITEM CONHECIMENTO, NOS FAZEM SONHAR E POR VEZES VOAR NUM INFINITO MÁGICO.

ARFER

segunda-feira, 22 de abril de 2013

DIA MUNDIAL DA TERRA


HA CEM ANOS ÉRAMOS 1700 MILHÕES, HOJE SOMOS QUATRO VEZES MAIS.

A àgua é cada vez mais escassa e a poluição vai aumentando. Curiosamente é do país que mais polui a nossa atmosfera e que mais intensamente tem explorado os recursos do PLANETA AZUL, que nasceu a ideia de que é preciso salvar a Terra. Isto há 43 anos, em 22 de Abril de 1970.

Acham que a Biodiversidade, a Mãe Natureza, teve melhoras desde essa data?

Ou, por ventura de alguns e desgraça de todos, os indíces de poluição têm aumentado assustadoramente, com o derrube das florestas (pulmão da nossa Mâe TERRA. MEDITEM...Mas façam qualquer coisa, se nada fizerem, ao menos passem a mensagem. FIM À EXPLORAÇÂO INTENSIVA DA TERRA, QUE È DE TODOS.

SíNTESE

Tudo tem um ciclo de vida
A TERRA também o tem.
Não é preciso ser sábio
para isto se entender
Mas "matar" antes do tempo
é dificil, alguem perceber.
Há que travar a ganância
e a vil exploração.
Se um dia todos quisermos
unidos pelo mesmo amor.
A Terra será para todos
e o Mundo será melhor.

ARFER

"..Sempre que o Homem sonha
o Mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança."

Do poema "Pedra Filosofal" ÁNTÓNIO GEDEÃO (POETA), pseudónimo de Rómulo de Carvalho (Quimico e Professor)
Poema cantado por MANUEL FREIRE e tanta gente.

GLOBALIZAÇÃO - UMA ETAPA DO CAMINHO.

22 de ABRIL O DIA DO ENCONTRO COM O FUTURO  *   Interrogações e certezas.


- Será que El-Rei D. João II, ao firmar o Tratado de Tordesilhas, já sabia da existência de novas terras a Ocidente e a Sul do Equador? – A norte tinha a certeza. E como prova, as idas à Terra Nova dos portugueses na demanda do Bacalhau.
O Caminho da Índia era conhecido devido às informações trazidas por Diogo Cão e pelo seu espião de serviço (007) Pero da Covilhã.
Porque terá rejeitado os serviços que lhe foram propostos por Cristóvão Colombo?
Quanto ao dia de hoje, 513 anos após o achamento do que chamaram de Monte Pascoal, depois Terras de Vera Cruz e mais tarde 1511 (finalmente) Brasil. Esse primeiro contacto entre povos com culturas e hábitos diferentes é descrito de forma brilhante pelo cronista PERO VAZ DE CAMINHA, escrivão de bordo , no qual consta, cito:-“E assim seguimos nosso caminho, por este mar, de longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, estando da dita Ilha obra de 660 ou 670 léguas, segundo os pilotos diziam, topamos alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, assim como outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam fura-buxos. “
Dia 22 de ABRIL:
“Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome – o Monte Pascoal e à terra – a Terra da Vera Cruz” ………………………...
“Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.” Pero Vaz de Caminha” ”(aconselho a leitura do texto integral deste documento histórico, felizmente restaurado).
Este nóvel encontro de povos viria a dar origem à grande amplitude e importância que a língua portuguesa tem, no Mundo.
(Gilberto Freyre justifica o porquê de tão poucos, conseguirem dar origem a esta amplitude do português falado: - “ …a mobilidade e a miscigenação…).
 Cá vai a síntese:

A Ocidente o BRASIL, a Oriente Timor.
No meio Angola, Moçambique e Guiné.
Não julguem que me esqueci de Goa, Macau e S. Tomé
E, também, de Cabo Verde, ponto de encontro no Mar.
Povos que têm em comum, o português no Falar.

ARFER

quinta-feira, 18 de abril de 2013

PATRIMÓNIO+CULTURA=IDENTIDADE

DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS”


Anualmente é eleito um tema para celebração, relativo à importância do PATRIMÒNIO (material e imaterial) que deveria contar com a participação de todos como ato de cidadania (obrigatório), em defesa da CULTURA e da IDENTIDADE.

Ainda que o tempo seja escasso, não deixo de lembrar o dia de hoje, a sua importância simbólica e os temas eleitos desde 2010.

“O Património que temos, no campo ou na cidade
E que ao longo da vida nós retemos na Memória
Foi marcando gerações, deu-lhes uma Identidade.
São os Monumentos e Sítios que contam a nossa História.”

EM 2013 – EDUCAÇÃO+CULTURA=IDENTIDADE;

Este ano para o “Dia internacional dos Monumentos e Sítios”, o ICOMOS Internacional (Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios) elegeu como tema de celebração, para 2013, o Património da Educação, tendo em atenção o vastíssimo legado relacionado com a aprendizagem e o conhecimento, que encontra a sua materialização em inúmeros conjuntos e elementos de património arquitetónico, património móvel e património imaterial, de diferentes escalas e valor, e em diversos contextos, espalhados por todo o país.

Nos bens imateriais considera-se a literatura, a música, o folclore, a linguagem e os costumes. A identidade cultural de um povo é reflexo da sua relação com o Mundo, a Natureza, o seu passado, da sua relação com outros povos e outras culturas e do acumular do conhecimento, ao longo da sua história. Não ignorando as suas raízes, a interculturalidade no seu relacionamento com outras realidades culturais, promotoras do desenvolvimento e criadoras da sua riqueza patrimonial.

EM 2012 –“DO PATRIMÓNIO MUNDIAL AO PATRIMÓNIO LOCAL”:-partilhar e digerir a mudança”: -

É um dever de cidadania, seja no nosso bairro, aldeia, vila ou cidade alertar para o cumprimento das Leis que obrigam os poderes instituídos a salvaguardar e preservar os legados patrimoniais, marcas identitárias da sociedade de que fazemos parte.

Em 2011 – “A ÀGUA – A CULTURA E O PATRIMÓNIO”:-

Da muralha olho o estuário do Tejo, rio que irmana cidades e foi ponto de encontro, ao longo de séculos, de povos de todo o Mundo, com culturas e credos diversos, criadores de património cultural que devemos preservar.

Do tema eleito : “Agua, Cultura e Património”. Sem água não haveria vida tal como a conhecemos, não teríamos monumentos, nem florestas. A água, fonte de vida, o bem mais valioso, que a ganância do lucro fácil têm desprezado. A poluição atmosférica dos cursos de água e dos mares tem sido intensa, desde o século passado, por isso a cada um de nós cabe a responsabilidade de tudo fazer para garantir a preservação deste bem precioso.

A água é um património que urge, a cada instante, preservar. É um bem público, é de todos e para todos, por isso, insisto, defender este património é lutar pela VIDA.

Sem água não havia vida e assim não havia história
Nem rios, lagos, riachos, ribeiros ou oceanos
Não haveria, presente, nem futuro, nem memória.”

Em 2010 - “Património Rural / Paisagens Culturais”.

O terceiro “Calhau” que tem entre si e o SOL, Vénus e Mercúrio, é tão belo visto do espaço que o cognominaram de Planeta Azul, mas que de facto se chama TERRA e é nela e dela que o HOMEM vive e é parte integrante da sua PAISAGEM.

Com a sedentarização começou a “tirar” da terra 0 seu sustento, primeiro coletivamente, mais tarde “nasceu” o conceito de propriedade e aí foi o princípio do MAL, que veio a dar lugar a contendas, de maior ou menor amplitude, que com a evolução demográfica se vão agravando nos tempos que correm.

A terra, posse de poucos, por vezes ao abandono, contrasta com o interesse de muitos que dela precisam para dela cuidar e tirar dela o seu sustento.

A Floresta e Paisagens Naturais são destruídas por poucos em função do lucro fácil, em contraste com a luta que muitos vêm fazendo na defesa deste Património Natural, que é de TODOS.

LUTEM NA DEFESA DA TERRA, PATRIMÓNIO (material e imaterial) QUE È DE TODOS !!

ARFER



domingo, 14 de abril de 2013

CAFÉ - DIA DO CAFÉ, SÃO TODOS OS DIAS


VIVA O CAFÉ "PERFUME DE LIBERDADE"

Seja "Robusta" ou "Arábico"
do Brasil ou de Timor.
Seja forte ou aromático,
quando é feito com carinho,
tem o aroma da FLOR,
no sentido figurado.

No presente e no passado,
sabemos que é verdade,
que é à volta do CAFÉ
que nasce tanta amizade.
Sendo assim já faz sentido,
O convite que te faço ...
VEM TOMAR CAFÉ COMIGO !!!!

ARFER



sábado, 6 de abril de 2013

MOÇAMBIQUE - DIA DA MULHER


E COM UM POUCO DE MÚSICA E RITMO COM “CHEIRO” DE MOÇAMBIQUE.


É DIA FESTIVO !!!

DATA DA MORTE FÍSICA DE UMA MULHER QUE LUTOU PELA SUA EMANCIPAÇÃO


Josina Machel (em solteira, Josina Muthemba) foi uma das jovens que na juventude fugiu de Moçambique para se integrar na Frelimo e lutar pela independência do seu país. Em 1969, Josina casou-se com Samora Machel Primeiro presidente de Moçambique, a quem deu um filho, mas morreu no dia 7 de Abril de 1971, vítima de doença. Com a independência de Moçambique, este dia foi consagrado como o Dia da Mulher Moçambicana.

A cidadania é muito mais que o direito de votar, implica a igualdade de oportunidades, principio que vigora desde a primeira Constituição de Moçambique (1975) mas que é melhor explicitado no artigo 67º da Constituição de 1990, cito: - “O homem e a mulher são iguais perante a lei em todos os domínios da vida política, económica, social e cultural.”

Malangatana Valente Ngwenya, DEDICA GRANDE PARTE DA SUA OBRA À mulher MOÇAMBICANA, vê-a como um pilar da sociedade, assumindo frequentemente o papel de pai e MÃE, enfrentando no dia-a-dia a parte maior das dificuldades que a vida impõe. Nesta frase, o Mestre, revela o seu sentir “não estou desiludido com a mulher com quem casei. Ela é superior a mim".

Hoje é dia de celebração, é feriado em Moçambique, que seja, também, de consolidação e esclarecimento quanto à caminhada a fazer para que augurem, num futuro próximo, a equidade de oportunidades a que têm direito.

ARFER

Escolhi estas palavras de JOSÉ CRAVEIRINHA, Extraídas de: “CRAVEIRINHA, José. Obra Poética. Maputo: Direcção de Cultura, Universidade Eduardo Mondlane, 2002. .


REMENDOS DE ESTRELAS

Remendos de estrelas

passajadas no espaço

reconstroem todo o céu.

Mãe:

E se não houvesse estrelas

se o teu ventre me não gerasse

e se o céu em vez de infinito

fosse de pergamóide azul?


Que espécie de poesia, mãe

faria um poeta que não renuncia

exatamente como eu

à cor com que nasceu?

JOSE CRAVEIRINHA