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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

PALAVRAS DITAS

CÁ ESTOU DE NOVO COM UM ABRAÇO FRATERNO PARA TODOS !


PALAVRAS DITAS


Sentou-se e, em voz pausada, disse:

-Sou do Teatro, herdeiro de Moliére

E num gesto largo, pleno de brejeirice,

Arrematou : … falta-me um compére!

O meu palco é o chão que piso,

É nele que represento dia-a-dia,

Guardando a tristeza, mostrando um sorriso,

Como luz de esperança, na tarde sombria.

Às treze pancadas, corre o pano.

Estamos no palco …é o 1º ato.

Parecemos felizes … puro engano.

O que corre nas almas, não está no retrato.

Vós, sentados no balcão e na plateia,

Atentos, expectantes na espera, com esperança

Nos sonhos e ditos que a gente semeia.

Ontem, hoje, amanhã, futuro incerto …

No seio de multidões ou no deserto.

A tentação se ser o outro é evidente,

Troca-se o passado e o futuro pelo presente.

Depois logo se vê … diz o ator

É preciso, sim, viver intensamente

Com amizade, fé e muito amor.

Porém, na passerelle do governo

A “música” que nos dão é bem diferente,

Pior que o purgatório e o inferno,

Numa prosa carregada de mentira.

E quando palra a pega e o papagaio, fala o ministro,

Sendo a “voz do dono” e com ar sinistro,

Representa o papel que lhe é dado.

Porém, se da plateia ou do balcão

Acontece, a certa altura, o pateado,

Retira-se o ator, há nova encenação.

Por instantes se pensa que tudo foi mudado.

Mas não! … A “voz do dono, perante tal pretexto,

Apresenta outro ator, com novo texto.

É ASSIM QUE O “PAGANTE “ É ENGANADO!


ARFER