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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

AUTARQUIAS DO DISTRITO DE SETÚBAL – POLITICAS CULTURAIS.

As Autarquias do Distrito de Setúbal, têm optado pela via da “Democracia Cultural”, estimulando o aprofundamento das actividades culturais, numa interacção permanente entre os pólos de produção e divulgação cultural e as populações, dedicando especial importância à Memória Colectiva e à História Local, reavivando as tradições (para os eruditos a chamada cultura menor) que são factores de coesão identitária.

NO DISTRITO DE SETÚBAL:

É comum em cada um dos Concelhos haver colectividades com projectos culturais de interesse público que, por falta de espaço adequado ao evento, não conseguem pô-los em prática. Por outro lado há clubes e Associações que têm espaços vocacionados para tal e não estão a ser aproveitados.

Daí a necessidade de, nalguns Concelhos, as Autarquias juntamente com o Movimento Associativo, em parceria, poderem dinamizar esses espaços e ao mesmo tempo implementar, dinamizar, interagir e promover uma interacção programada dessas actividades. Muitas Associações têm os seus próprios programas, mas não há o intercâmbio desejável, não há um ponto centralizado, uma espécie de agenda do movimento associativo, que até poderia estar integrado num outro tipo de agenda cultural, para consultar tudo o que o movimento associativo, na sua globalidade, tem disponível para, no fundo, se saber qual é a carteira de iniciativas no Concelho e levá-las a mais do que uma Associação. Pelo menos leva-los até àquelas que até têm espaço mas que não estão a dinamiza-lo, com custos muito reduzidos.

Isto não é uma crítica, é uma constatação, o que acontece muitas vezes nos grandes equipamentos e que têm óptima qualidade, é que existe um certo elitismo.

O que se nota é que as crianças e as pessoas de uma faixa etária mais avançada, ou outras que pela sua profissão e habilitações literárias não assistem a determinados espectáculos ou eventos, mas, muito provavelmente, seriam capazes de ir se essas iniciativas fossem projectadas numa Associação do Bairro.

As Associações têm um papel importante perto das populações, para as despertar e as levar a contrair certos hábitos culturais, pois só se gosta daquilo que se conhece


NO BARREIRO:

O Associativismo no Barreiro tem sido ao longo de décadas, um suporte activo na formação de gerações, nas áreas da cultura, do desporto, do saber e , também, em tempos de Partido único, teve um papel de reconhecida importância no apoio a todos os que clandestinamente auguravam por uma sociedade mais justa, fraterna e livre, sem guerra, opressão ou tortura. Em cada Associação ou Colectividade, os livros proibidos passavam de mão em mão, faziam-se encontros e reuniões à socapa, a informação sindical ou política então clandestina era distribuída.
O saber e a cultura são o obstáculo maior à arrogância e aos grandes e pequenos poderes eivados de autoritarismo bacoco, disfarçado mas sempre à espera de uma oportunidade, que normalmente lhe é proporcionada por crises geradas pelo poder financeiro.
O Barreiro tem sido uma base de resistência às crises ou ditas crises, parciais ou globais (a dos anos 80 foi bem pior), e a forte sentido colectivo dos barreirenses cimentado no seu movimento associativo, como espaço de cultura e cidadania, foi fundamental para as ultrapassar.
A política cultural da Autarquia, ainda que paulatinamente face aos meios disponíveis, tem gerado incentivos na agilização de processos que visam a salvaguarda do património (excelente o trabalho do pessoal do Arquivo Municipal, dos Museus e reserva museológica),bem como apoiando activamente as acções culturais promovidas pelas Associações e Cooperativas numa relação próxima, tanto quanto possível, com a comunidade escolar.
Com muito pouco se faz muito. O capital humano é o mais importante.
BEM HAJA
ARFER

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